Sinopse

Detenta que trabalha como telefonista em um presídio atende uma ligação de um homem e descobre que era engano. Pelo pouco que conversam, e apenas pelas suas vozes, os dois se apaixonam sem nunca terem se visto.

Todavia, ele, o advogado Larry, não imagina a condição da moça, Emily, uma presidiária.

Excelsior – 19h30
de 22 de julho a setembro de 1963
42 capítulos

novela de Dulce Santucci
baseada no original de Alberto Migré
direção de Tito Di Miglio

Novela posterior
Aqueles que Dizem Amar-se

GLÓRIA MENEZES – Emily
TARCÍSIO MEIRA – Larry
LOLITA RODRIGUES
NEUZA AMARAL
CÉLIA COUTINHO
MARIA APARECIDA ALVES
LÍDIA COSTA
DINAH RIBEIRO
ELENIVE FAYON
LOURDES ROCHA
WILMA DE AGUIAR

A primeira diária

Novela mais lembrada por ter sido a primeira diária da televisão brasileira do que por repercussão ou qualidade de produção.

Na verdade, quando estreou, em 22/07/1963, era exibida apenas às segundas, quartas e sextas-feiras. Ao longo do tempo é que passou a ser transmitida diariamente. Como, na época, as transmissões não eram em rede, as fitas de videoteipe eram enviadas às outras capitais depois da exibição em São Paulo, pela TV Excelsior.

Com 42 capítulos, de 20 minutos de duração cada, a novela foi apresentada em São Paulo de 22 de julho a setembro de 1963. A Excelsior do Rio de Janeiro começou a exibir a novela diariamente a partir de 09/09/1963. (*)

O número

O texto e o diretor eram argentinos e a adaptação seguiu as normas do que fora apresentado no país de origem. O título original era 0597 da Ocupado. No Brasil, o número do título foi mudado. (*)

O número era semelhante ao do telefone do Teatro Cultura Artística de São Paulo na época, onde a TV Excelsior realizava seus shows: 36-5499. (*)

Um rapaz, no sul do país, mudou o número de seu telefone por coincidir com o título da novela.

Texto péssimo

Primeira novela a reunir o casal romântico Tarcísio Meira e Glória Menezes, que tinham se casado no ano anterior (1962).

Em 1963, Boni – José Bonifácio de Oliveira Sobrinho – foi contratado por Edson Leite, executivo da TV Excelsior, para trabalhar na emissora. Em seu “Livro do Boni”, assim ele se refere a 2-5499 Ocupado:
“Em uma viagem à Argentina, o Edson viu uma novela que fazia sucesso e resolveu comprá-la. Era a 2-5499 Ocupado, um texto péssimo e brega. (…) O produto era ruim demais e fez sucesso nas costas do Tarcísio Meira e da Glória Menezes. Ainda bem que só estreou quando eu não estava mais lá. (…) a primeira novela diária da televisão brasileira e uma das piores já exibidas por aqui.”

Produção precária

A novela foi lançada pela Excelsior com a parceria da Colgate-Palmolive. A prática na época era que fabricantes de cosméticos e produtos de limpeza e higiene pessoal (Colgate-Palmolive e Gessy-Lever, por exemplo) patrocinavam e viabilizavam as novelas, com escalação de elencos e seleção de roteiros e diretores. As emissoras entravam com os estúdios e a parte técnica e tinham a exclusividade na exibição.

Apesar de o videoteipe já existir na época, a produção de 2-5499 Ocupado era muito precária. As cenas externas, por exemplo, eram realizadas dentro dos estúdios da TV Excelsior mesmo, com improvisações de chuva e vento. Até o guarda-roupa dos personagens era arrumado pelo próprio elenco. Entretanto, a produção chegou a gravar cenas na Casa de Detenção de São Paulo.

Sobre as gravações, revelou a atriz Lolita Rodrigues em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo de 22/07/2013:
“Fazíamos a novela no Teatro Cultura Artística (alugado pela Excelsior para gravações). A gente esperava a TV fazer os programas e gravávamos à noite inteira, até de manhã. Tínhamos de esperar a montagem e desmontagem dos cenários. Era muito desgastante.”

Remake

Em 1999, a TV Record exibiu Louca Paixão, baseada no mesmo texto argentino, com Maurício Mattar no papel do advogado e Karina Barum como a presidiária.

(*) “Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa.

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