Sinopse

Um grupo parte em um luxuoso transatlântico, o Monte Real, do nordeste em direção ao sul do país. Durante a viagem, Pardini, uma espécie de pirata moderno, se apossa do navio, que sofrera um naufrágio que provocou a morte de alguns tripulantes. Pardini desvia a rota para uma ilha onde uma fabulosa quantia em dinheiro está escondida. Ele é um homem frio e impiedoso, temido por todos, que recebe ordens de um misterioso chefe que está entre eles.

Pardini é tão mau que não exita em matar o velho Pedro, morador da ilha, por ele não querer revelar onde está o tesouro. Fatos estranhos começam a acontecer na ilha: passageiros são seguidos, objetos revistados, incêndio, tentativa de assassinato, etc. Aos poucos, vai ficando claro que se trata de uma organização e todos passam a ter medo até da própria sombra. O chefe misterioso tem um cúmplice. Quem seria o chefe e seu cúmplice?

Entre os tripulantes, a jovem Isabel, que viaja com seu tutor para receber uma herança. Romântica, no navio ela apaixona-se pelo médico Renato, homem galante que desperta o amor também de Iolanda, uma paralítica angustiada que vive arrumando motivos para o médico carregá-la. Júlio, o tutor de Isabel, é um homem misterioso que, descobre-se depois, queria eliminá-la para ficar com a herança. Argemiro é um menino que se torna o grande amigo de Isabel.

O Padre Lucas tenta manter a calma dos passageiros. A esfuziante Teodora Del Mar é uma ex-atriz decadente à procura de um bom casamento. Alexandre é o comandante do navio, sério e misterioso. Na viagem ele reencontra sua ex-mulher, Marion, que quer reconquistá-lo. Elisa é uma moça rica e complexada porque não se acha bonita. Nunca sai de seu camarote e é lá que conhece e se apaixona por Sérgio, um clandestino que está escondido.

Iamamoto é o cozinheiro do navio, tão misterioso que todos acabam tendo medo de comer sua comida. Há ainda o imediato de bordo, simpático, bonitão e tão suspeito quantos os outros. Suzana é uma garota esperta que analisa a todos e ao final descobre os mistérios. Para a surpresa geral, o cúmplice é uma mulher: Iolanda, que fingia ser paralítica. O chefe era o velho da ilha, Pedro, que passou-se por morto.

Excelsior – 19h30
de 1º de novembro de 1965 a fevereiro de 1966

novela de Ivani Ribeiro
direção de Walter Avancini

Novela anterior no horário
A Deusa Vencida

Novela posterior
Almas de Pedra

HENRIQUE CÉSAR – Pardini
REGINA DUARTE – Isabel
DANIEL FILHO – Dr. Renato
FLORA GENI – Iolanda
FÚLVIO STEFANINI – Sérgio
MÍRIAN MEHLER – Elisa
ALTAIR LIMA – Alexandre
MÁRCIA REAL – Marion
RIVA NIMITZ – Theodora Del Mar
RODOLFO MAYER – Padre Lucas
MAURO MENDONÇA – Júlio
MÁRIO ERNESTO – Romão
BENTINHO – Iamamoto
TONY VIEIRA
PEDRO CARLOS
HUMBERTO MILITELLO – Bertoldo
AYRES PINTO – Argemiro
BETINHA – Suzana
e
PROCÓPIO FERREIRA – Pedro

Suspense policial

O clima foi de suspense policial do princípio ao fim. A imprensa descobriu o final da novela e publicou o furo, que revelava o grande mistério da trama: que o médico Renato (Daniel Filho) era o chefe dos bandidos que pretendiam se apossar de uma fortuna escondida em uma ilha.

Ivani então reescreveu o final, gravado só no dia em que foi ao ar, mantendo assim o grande mistério. A autora transferiu a Pedro (Procópio Ferreira) a condição de líder dos ladrões. Só que, ao longo da novela, Pedro havia aparecido conversando com o tal “chefe”, sem que este aparecesse. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

As gravações iniciais foram realizadas em um transatlântico em Santos, São Paulo. (“Ivani Ribeiro, a Dama das Emoções”, Carolline Rodrigues)

Elenco

Dois grandes destaques: Henrique César, como Pardini, e sua mulher, Riva Nimitz, como a divertida atriz Theodora Del Mar.

Primeira novela (diária) de Daniel Filho, como ator.

Regina Duarte, que viveu uma das protagonistas, revelou a Carolline Rodrigues para o livro “Ivani Ribeiro, a Dama das Emoções”:
“Nesta novela, tive que realizar meu primeiro beijo. Foi com Daniel Filho, que me ajudou muito, brincando e desfazendo a tensão do momento.”

E mais

Não confundir A Grande Viagem com outra novela de Ivani Ribeiro: A Viagem, produzida pela TV Tupi, em 1975-1976, e, depois, pela Globo, em 1994. São histórias completamente diferentes.

Trilha composta por Theotonio Pavão:

01. CANÇÃO DO DESENCONTRO – Agnaldo Timóteo
02. CALUNGA – Agnaldo Timóteo

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