Sinopse

Adolescente, Ana de Nazaré foi estuprada por Canjerê, engravidou e deu à luz uma menina, a quem deu o nome de Maria Lua. Porém, a criança foi raptada pelo pai. Ana inicia então uma busca pela criança desaparecida. Treze anos depois, Ana de Nazaré transformou-se na peoa Ana Raio, percorrendo o Brasil para participar de rodeios. Ao lado dela, o amigo João Riso, apaixonado e que a ajuda a encontrar Maria Lua. Entre rodeios, feiras e viagens pelo Brasil, Ana Raio conhece o peão Zé Trovão, por quem sem apaixona.

A origem de Zé Trovão está ligada a Dolores Estrada. Ela foi apaixonada por seu pai, Azelino, que preferiu casar-se com Elisa, depois que esta abandonou Bob Lamb no altar. Azelino era artista do circo de Walter Estrada, pai de Dolores. Para seus shows, ele escolheu o pseudônimo Verônica Santos para sua parceira Elisa. Em uma briga entre o casal e Dolores, ela mata Azelino e coloca a culpa em Verônica que, traumatizada, esquece a cena e fica presa a uma cadeira de rodas. O ambicioso Daniel escuta uma conversa de Dolores e fica sabendo a verdade sobre o crime.

Daniel então chantageia Dolores, obrigando-a a se casar com ele e a lhe dar a metade de sua caravana. Com medo de que Verônica se lembre de algo futuramente, Dolores a envia para uma casa de repouso, onde a mantem por anos, temendo ser desmascarada. Verônica tivera um filho com Azelino, que Gorda, sua colega do circo, criou com todo amor de mãe. O menino cresceu sem saber nada sobre seus pais, transformando-se no famoso peão Zé Trovão, da comitiva de Dolores Estrada. Esta, por sua vez, agora está apaixonada pelo filho de seu antigo amor.

Contratada por Dolores, Ana Raio passa ser destaque em sua caravana. É quando ela conhece Zé Trovão e os dois se apaixonam. Dolores, louca de ciúmes, arma um roubo, acusa a moça e a demite. Ana passa então a acompanhar a caravana de fora, participando dos rodeios. Nesse meio tempo, Zé Trovão deixa a caravana de Dolores e funda sua própria companhia. Algum tempo depois, Ana Raio também cria sua própria caravana e as três comitivas seguem sempre juntas para as mesmas cidades onde acontecem as festas de rodeio. Enquanto isso, Ana continua sua busca pela filha desaparecida.

Manchete – 21h30
de 12 de dezembro de 1990 a 13 de outubro de 1991
251 capítulos

novela de Marcos Caruso e Rita Buzzar
idéia original de Jayme Monjardim
direção de Roberto Naar, Marcos Schechtmann, Henrique Martins e Marcelo Travesso
direção geral de Jayme Monjardim

Novela anterior no horário
Pantanal

Novela posterior
Amazônia

INGRA LIBERATO – Ana Raio (Ana de Nazaré)
ALMIR SATER – Zé Trovão / Azelino (pai de Zé Trovão)
TAMARA TAXMAN – Dolores Estrada
NELSON XAVIER – Canjerê (Leopoldo)
MICAELA GÓES – Maria Lua / Mariana
GIUSEPPE ORISTÂNIO – João Riso
XANDÓ BATISTA – Jesus
RUY REZENDE – Bob Lamb (Roberto)
ROBERTO BOMTEMPO – Daniel
LUÍS MAÇÃS – Armando Rosas / Getúlio Vargas
ÍRIS BUSTAMANTE – Flor Violeta
ANDRÉA CAVALCANTI – Marilda / Mary Hilda
GISELA REIMANN – Albinha
LUCIANO VIANNA – Andorinha (André)
VALÉRIA ALENCAR – Malvina
GEISA GAMA – Gorda / Carmem
LU GRIMALDI – Clarice Peixoto
IVAN DE ALMEIDA – Mosca (Juracir Mendes)
MIGUEL MAGNO – Billy
ÂNGELA LEAL – Velha Biga / Garoupa / Moça da Cacimba
CARLOS GREGÓRIO – Ubiratan Hernandez
EDUARDO SILVA – Niltinho
EDMUNDO FÉLIX – Arcanjo Gabriel
TATIANA TOFFOLI – Lina (Carolina)
ZÉ CAPETA – Zé Capeta
LOLITA RODRIGUES – Verônica Santos (Elisa)
ELIZABETH HARTMANN – Helena
JOÃO CAMARGO – Tavinho Goiabada
CHARLES MÖELLER – Werner
MAURÍCIO DO VALLE – Cabeção
ANTÔNIO PITANGA – Elomar
DENIS FELDMAN – Cotonete
DEMIAN FELDMAN – Orelhinha
CÉLIA – Luminosa
CELMA – Luminada

e
MARCOS CARUSO – locutor dos rodeios

em flashback
CAROLINA FERRAZ – Verônica Santos (Elisa) (jovem)
Dolores Estrada (jovem)
ORLANDO ORFEI – Wálter Estrada (pai de Dolores)

na fazenda
FLOR VIOLETA – Ana de Nazaré (jovem)
ROBERTO FROTA – Chico de Nazaré (pai de Ana)
SÉRGIO BRITTO – Basílio
LIANA DUVAL – Dona Amália
YARA LINS – Mãe Candinha
ELOMAR – Delegado Petronílio

participações em Copélia D’Oeste
ARACY CARDOSO – primeira dama
CATARINA ABDALA – Berenice (camelô)
BIA MONTEZ – enfermeira
CÍCERO BERNARDES – Cícero
ANTÔNIO NÓBREGA – Tonheta

participações em Bom Jardim da Luz
LUÍS DE LIMA – Pérsius Bulhões
HÉLIO SOUTO – Bruno
JANDIRA MARTINI – Vitória Imperial (Martina Ferraz)
CARLOS CAMBRAIA – Máximo (cúmplice de Vitória)

participações na Chapada dos Guimarães
RIVA NIMITZ – Madre Beatriz (criou Maria Lua no colégio de freiras)
VIA NEGROMONTE – Luzia (contratada por Canjerê para cuidar de Maria Lua)
EVANDRO MESQUITA – Jacaré (namorado de Flor)
ANTÔNIO POMPEO – delegado
REBECA BUENOSILVA – Vera / Maria Lua (falsa, inventada por Vitória para cativar Ana)
JOSÉ DUMONT – Mané Coxo (peão machucado no passado que morre no rodeio ao teimar montar de novo)
MARCÉLIA CARTAXO – Antônia (mulher de Mané Coxo, assume uma escola de peões que leva o nome de seu falecido marido)
KADU KARNEIRO – capataz de Canjerê

participações em Santa Rosa (RS)
ANTÔNIO PETRIN – Lamberto Bérgamo (sabia segredos de Canjerê e Ubiratan)
RENATA FRONZI – Gióia (mulher de Lamberto)
HENRIQUE CÉSAR – Ranulfo (sabia o segredo de Dolores, trabalhava no circo na época do crime)
DANIEL ÁVILLA – Zezinho (filho de Zé Trovão)
GIOVANNA GOLD – Marisa (mãe de Zezinho)
WILZA CARLA – Maria Gasolina (dona de um bar / casa de prostituição)
LUCIENE ADAMI – Marlene (irmã de Andorinha, separados na infância, não teve outra opção se não se prostituir)
LUIZ ARMANDO QUEIRÓZ – Rodrigo (cafetão apaixonado por Marlene, ao ser assassinado por Mosca, deixa tudo que tem para ela)

participações em Piratini (RS)
RENATO CONSORTE – Comendador Pirante
WÁLTER BREDA – Padre Lizâneas (batizou Maria Lua)
GUILHERME CORRÊA – Gaudêncio Flores (patrão de Marisa que apaixona-se por Malvina)
DIVA PIRANTE – Dona Jandira (dona da pensão onde hospedam-se Verônica, Helena, Mariana/Maria Lua e Marlene)
LEONARDO VIEIRA – Pedro (dono da mercearia apaixonado por Mariza, com quem se casa após Zé Trovão a ter dispensado)
GÉSIO AMADEU – Tião (conhece segredos do passado de Canjerê e Ubiratan)
MANOEL PEREIRA JR. – delegado

participações em Treze Tílias (SC)
LAFAYETTE GALVÃO – Nicolau (homem místico)
RAUL TOLEDO – Trigueirinho (capataz de Canjerê)
ANTÔNIO GONZALEZ – Macedo (capataz de Canjerê)
FERNANDO VIEIRA – Enrico
LÉLIA ABRAMO – Dona Lúcia Piagentini
WILMA DE AGUIAR – Gioconda (filha de Lúcia)
HELENA RANALDI – Stefânia (filha de Gioconda)
NEY PIACENTINI – Bonifácio Furacão (aviador amigo de Ana)
JOSÉ DE ABREU – Investigador Roberto Dantas
RUI BARTOLO – Comendador Bartolo (amigo de Ana)
SERAFIM GONZALEZ – Klaus (pai de Werner, dono de um hotel)
SIDNEY MAGAL – Ed Cigano (peão e amante de Dolores)

participações em Joinville (SC)
CHARLE MYARA – Conde Rudy Jr. (amante de Dolores)
CAMILO BEVILÁCQUA – Tião / Dr. Henrique (policial que investiga secretamente Canjerê e o mata no final)
ERNESTO PICCOLO – Augusto (irmão de Lina)
ILANA HAZAN
ANDRÉA LABATTE – Dr. Maurício (apaixona se por Ana Raio mas não é correspondido)
WÁLTER TAKEO SATO (vai à Joinville a convite de Ana Raio)
JANE BEZERRA – Sofia (artista que namora Zé Trovão por algum tempo)
MARCOS OLIVEIRA – Léo (amigo de Sofia)
LALA DEHEINZELIN – Zaíra (Braço direito de Rudy, foge com Ed Cigano)
VITOR HUGO – Pedro Piá (Principal aluno da escola de peões)
IRENE RAVACHE como ela mesma
REGINA BRAGA como ela mesma

participações em Jaguariúna (SP)
LIGIA CORTEZ – Marina (dona da fazenda onde é montada a 2ª escola de peões, namorada de Armando Rosas)
SÉRGIO MAMBERTI – Pupo Valdez (artista circense da Caravana Brasil)
RENATO MASTER – Argelino (responsável pela escola de peões, namorado de Carmem/Gorda)
MARCOS OLIVEIRA – Léo
NÁDIA BAMBIRRA – Nina
IRVING SÃO PAULO – Minho
CARINA MELLO – Alice (amiga de Marina)
VICENTINI GOMES
TINA ÁGUAS
Camila (assistente de Alice)
Rúbens (noivo de Alice que foge com Camila)
Taís (namorada de João Riso no final da novela)
Adelaide

participação em Praia do Norte (CE)
HAROLDO COSTA – Júlio (pai de Niltinho)

participações em Rio de Contas (BA)
BETTINA VIANNY – Letícia Ferreira (prostituta que registrou Maria Lua como sua filha)
mãe de Letícia
filha de Letícia

ainda
RITA BUZZAR – Helen
SUZANA ABRANCHES – Gislaine
MARIA SÍLVIA – Fifi
YAÇANÃ MARTINS – Iolanda
MÍRIAM MEHLER
MARÍLIA MEDINA – Flavinha
HENRIQUE MARTINS – caminhoneiro
LEANDRA LEAL

Novela itinerante

Uma novela itinerante, sem cenário fixo, com proposta ousada e inovadora e texto incomum. O elenco reuniu mais de cem intérpretes, entre atores e artistas do mundo circense.

A caravana de A História de Ana Raio e Zé Trovão percorreu 14 mil quilômetros Brasil afora, em meio a rodeios, feiras e paisagens do interior de norte a sul do país. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)

Antecedentes

Depois do sucesso de Pantanal, o objetivo inicial da TV Manchete era colocar no ar Amazônia, para retratar outra região então pouco explorada pela televisão e que garantiria excelente fotografia. O plano foi adiado porque ficava impossível gravar em solo naquela época do ano. Amazônia foi protelada e estreou mais de um ano depois (em dezembro de 1991).

A emissora então resolveu investir na ideia de mostrar o “Brasil que o Brasil não conhece” (seu slogan na época), com muitos rodeios e música sertaneja. As tramas iriam surgindo ao longo das estradas brasileiras, sem uma temática predeterminada ou uma história definida antecipadamente. Mesmo porque as cenas eram gravadas basicamente em externas, em cidades e feiras cenográficas – não havia cenas de estúdio. Teve o mérito de exibir locações nacionais que nunca tinham sido exibidas na telenovela.

Marcos Caruso, um dos roteiristas, contou em entrevista à revista Playboy, em outubro de 2012:
“Eu soube que ia escrever Ana Raio três semanas antes de acabar Pantanal. Porque eles iam fazer Amazônia e o [diretor] Jayme [Monjardim] descobriu que na Amazônia, para ver os bichos, você tinha de estar a cem metros de altura, e não tinha horizonte, era tudo fechado, então ele desistiu. Aí ele foi à Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos para gravar uma cena de Pantanal e ficou deslumbrado com aquele mundo. Ele me chamou, pegou uma sela branca, chegou no meio da sala e jogou: ‘Ana Raio!’ Pegou uma sela preta, jogou no meio da sala e disse: ‘Zé Trovão!’ E ficou olhando para mim. Eu falei: ‘Prazer, Tarzan’. Ele disse que a história estava na cabeça e eu ia escrevê-la. E avisou: ‘Quero, a cada 20 capítulos de quatro blocos, mudar de cidade e percorrer o país inteiro’. O slogan da Manchete na época era ‘O Brasil que o Brasil não conhece’, aí eu fui e fiz. Eu ia escrevendo a novela em um aviãozinho bimotor, literalmente nas coxas. Uma empreitada inacreditável. Foi terrível e maravilhoso ao mesmo tempo.”

Trama arrastada

Escrita por Marcos Caruso e Rita Buzzar, os autores, assim como o elenco, viajaram por todas as regiões brasileiras para conhecer bem de perto a cultura de cada local por onde os personagens da ficção passariam. A trama, no entanto, arrastou-se ante poucos apelos folhetinescos.

“As gravações eram feitas de cidade em cidade e os atores se misturavam a artistas locais, incluindo os circenses. Não havia estúdios. Casas, hotéis, lojas, tudo mostrado era real. Essa proposta exigiu grande inventividade dos autores, que conseguiram criar bons personagens e um texto inspirado. Porém, só a busca de Ana Raio (Ingra Liberato) por Maria Lua (Micaela Góes), a de Zé Trovão (Almir Sater) por sua origem e as maldades de Dolores (Tamara Taxman) e Canjerê (Nelson Xavier) não sustentaram a trama pelo tempo que permaneceu no ar – dez meses. Em relação a Pantanal, a audiência caiu pela metade em termos gerais, e a um terço, se comparados os momentos de maiores picos da antecessora.” (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

Marcos Caruso reconheceu (à revista Playboy, em outubro de 2012): “Ela não era ruim. Não é porque eu que escrevi, não. Ela era mal programada.”

Elenco

Por sua atuação na novela, Ângela Leal foi eleita pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) a melhor atriz coadjuvante da TV em 1991.

A novela contou com participações especiais de vários artistas e celebridades, como as atrizes Irene Ravache e Regina Braga (vivendo elas mesmas), Beto Carrero, Orlando Orfei, Sula Miranda, Roberta Miranda, Rui Mauriti, Renato Teixeira, Chitãozinho & Xororó, Sandy & Júnior, Milionário & Zé Rico, Xangai, Sérgio Reis, Nalva Aguiar, Lílian, entre outros.

Novela cara

A História de Ana Raio e Zé Trovão era uma novela muito cara. De acordo com o “Almanaque da TV” (Bia Braune e Rixa), a Manchete gastou 8 milhões de dólares com a produção. Além dos altos salários da equipe, o custo de externas era bem mais elevado do que em estúdios, e o trabalho, mais demorado, já que diariamente era necessário fazer os ajustes de iluminação, montar e desmontar os detalhes de cenários, mesmo que de ambientes reais, e preparar os figurinos. Essas etapas ficavam mais fáceis nas estruturas internas das emissoras, já que, feita uma vez a marcação de câmeras e luz, nos demais dias se repetia a fórmula.

Para viabilizar a novela, todo o departamento comercial atuou intensamente na venda de cotas de patrocínio. A principal delas foi dentro da abertura, como elemento permanente: o merchandising do Posto Ipiranga. Por ocasião da reprise da novela pelo SBT, a ação foi retirada. (*)

Roteirização x produção

A finalização dos capítulos era realizada no Rio de Janeiro, mas as cenas chegavam praticamente tratadas e com todas as recomendações do diretor Jayme Monjardim, que, mesmo com preocupações administrativas e burocráticas na Manchete, fez questão de permanecer o maior tempo possível junto aos artistas, produtores, técnicos e diretores e estar presente em todas as etapas da novela. Para que tudo funcionasse perfeitamente, foi fundamental o trabalho dos continuístas e responsáveis pelo tráfego das fitas e roteiros. (*)

A produção foi dividida em frentes para que não houvesse interrupções nas gravações e os autores não atrasassem os roteiros. Como boa parte da ação acontecia no lombo de cavalos, todos os animais possuíam dublês para evitar o desgaste e atrasos caso eles resolvessem não se movimentar. Entre uma cidade e outra, a produção necessitava de pelo menos dez dias para selecionar as locações, contratar figurantes e atores locais e montar toda a estrutura, incluindo a locação de imóveis para acomodar os artistas em seus momentos de descanso e folga. (*)

Locações

A novela mexeu com os telespectadores e era a grande sensação nas cidades pelas quais passou. Como uma caravana de circo, a chegada da equipe nunca passava despercebida e os moradores acompanhavam de perto toda a movimentação dos artistas e profissionais de bastidores. (*)
Algumas das cidades que serviram de ambientação para a novela: Chapada dos Guimarães (MT), Santa Rosa e Piratini (RS), Joinville, Jaguariúna e Treze Tílias (SC), Rio de Contas (BA) e Praia do Norte (CE).

“Muitos moradores saíam de suas casas para que pudéssemos ocupá-las durante as gravações”, contou a atriz Ingra Liberato, que vivia Ana Raio, uma das protagonistas, a Flávio Ricco e José Armando Vannucci para o livro “Biografia da Televisão Brasileira”.

Abertura

A abertura sugeria o romance do casal protagonista pelo encontro de seus cavalos, em meio a vários cenários alegres e coloridos que revelavam, por meio da profusão de cenas e objetos, as várias identidades do Brasil formadas pela pluralidade de culturas, costumes, arquiteturas, religiões e paisagens naturais. Essa “viagem pelo Brasil” se justificava na trama, já que foi na caravana que rodava o país que Ana Raio, junto de seu cavalo, conheceu e se apaixonou por Zé Trovão. (colaboração André Luiz Sens, blog Televisual)

Exibições

Com 251 capítulos, A História de Ana Raio e Zé Trovão é a segunda novela mais longa da TV Manchete. A primeira é Mandacaru (1997-1998), com 259 capítulos, e a terceira é Tocaia Grande (1996-1997), com 236 capítulos.

A novela foi reapresentada pela Manchete em forma compacta (92 capítulos), de 29/03 a 31/05/1993, de 2ª a 6ª feira, às 18h (e mais tarde às 18h30).

Reprise no SBT

Em 2010, o SBT reprisou a novela, de 07/06/2010 a 04/04/2011. Contrariando sua inicial proposta – uma reapresentação com mais ritmo e menos capítulos -, esta reprise acabou tendo uma edição realmente diferenciada, mas que resultou em uma apresentação mais longa que a original da Manchete, totalizando 258 capítulos – contra os 251 da primeira apresentação.
Por ocasião desta reprise, foram lançadas no mercado duas novas trilhas com músicas da novela, além de suas trilhas originais, em CD.

(*) “Biografia da Televisão Brasileira”, Flávio Ricco e José Armando Vannucci.

Trilha sonora 1

01. ESTRADAS DO INTERIOR (TAKE ME HOME COUNTRY ROAD) – Ruy Maurity (tema dos rodeios)
02. JOÃO BALAIO (JAMBALAYA ON THE BAYOU) – Boca Livre (tema de João Riso)
03. FLOR DE IR EMBORA – Maria Bethânia (tema de Flor)
04. ATRÁS POEIRA – Sá & Guarabira (tema de Leopoldo / Canjerê)
05. AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ – Lenine (tema de Daniel)
06. ANA RAIO – Xangai (tema de Ana Raio)
07. RAIO E TROVÃO – Sagrado Coração da Terra (tema de abertura)
08. COWBOY DO ASFALTO – Chitãozinho & Xororó (tema da caravana)
09. ESPERANÇA MANHÃ – Marcus Viana (tema de Ana de Nazaré na juventude)
10. VALE DO RIO VERMELHO (RED RIVER VALLEY) – Neuma Morais (tema dos rodeios)
11. VALSA BRASILEIRA – Chico Buarque (tema de Bob Lamb e Clarice)
12. CAPIM AZUL – Almir Sater (tema dos rodeios)
13. MEU PRIMEIRO AMOR – Célia & Celma (tema de Andorinha e Albinha)
14. CAVALEIROS DO CÉU (RIDERS IN THE SKY) – Denis & Demian (tema de Zé Trovão)

Pesquisa de repertório: José Miltom
Produção musical: Guti Carvalho

Trilha sonora 2

01. TEMA DA VIDA – Marcus Viana (tema de Ana Raio)
02. HORA DO CLARÃO – Almir Sater (tema de Ana Raio e Zé Trovão)
03. FADA MADRINHA – Vanessa Falabella (tema de Ana Raio e Maria Lua)
04. RODANDO O BRASIL – Marcus Viana (tema de Ana Raio e Zé Trovão no sul)
05. MARUJO DE ESTRADA – Orlando Morais (tema de Niltinho)
06. PRO MEU AMOR – Silvia Patrícia (tema de Malvina)
07. COMPANHEIRA – Ruy Maurity (tema das festas de rodeio)
08. VAQUEIRO – Neuma Morais (tema da escola de peões)
09. BESAME MUCHO – Sidney Magal (tema de Ed Cigano)
10. MARIA LUA – Marcelo Barra (tema de Maria Lua)
11. BAILINHO NA CAPELA – Renato Borghetti (tema das festas de rodeio no sul)
12. ESTRADA DE DOLORES – Goiano & Paranaense (tema de Dolores Estrada)
13. PRECISO DE AMOR – Célia & Celma
14. RAIO E TROVÃO – Sagrado Coração da Terra (tema de abertura completo)

Gerência de produção: Francisco Rodrigues
Produção musical: Guti Carvalho

Ainda
CARAVANAS – Denis e Demian (Orelhinha e Cotonete)
TEU PAR – Denis e Demian (Orelhinha e Cotonete)
COSAS DO AMOR – Denis e Demian (Orelhinha e Cotonete)
NAS ASAS DE UM ROUXNOL – Denis e Demian (Orelhinha e Cotonete)
JANTAR A LUZ DE VELAS – Denis e Demian (Orelhinha e Cotonete)
PORQUE TE AMO – Denis e Demian (Orelhinha e Cotonete)

As trilhas abaixo foram lançadas por ocasião da reprise da novela no SBT em 2011

01. RAIO E TROVÃO – Marcus Viana
02. CAPIM AZUL – Almir Sater
03. COWBOY DO ASFALTO – Chitãozinho & Xororó
04. VALSA BRASILEIRA – Chico Buarque
05. ATRÁS POEIRA – Sá & Guarabira
06. RODANDO O BRASIL – Marcus Viana
07. ESTRADA DE DOLORES – Goiano e Paranaense
08. ESPERANÇA MANHÃ – Marcus Viana
09. ESTRADAS DO INTERIOR – Ruy Maurity
10. FADA MADRINHA – Vanessa Falabella
11. HORA DO CLARÃO – Almir Sater
12. FLOR DE IR EMBORA – Maria Bethania
13. MEU PRIMEIRO AMOR – Roberta Miranda
14. TEMA DA VIDA – Marcus Viana

Trilha sonora instrumental lançada pela gravadora mineira Sonhos E Sons. Músicas compostas, arranjadas e executadas por Marcus Viana, com a participação de Paula Santoro, Firmino Cavazza, Vanessa Falabella, Andersen Viana e do grupo Sagrado Coração da Terra.

1. RAIO E TROVÃO
2. HORIZONTES DA VIDA
3. ESPERANÇA MANHÃ
4. RODANDO O BRASIL
5. FADA MADRINHA (instrumental)
6. OS CAVALOS TAMBÉM AMAM
7. ALLEGRO CAMPESTRE
8. ADAGIOSO
9. SOLIDARIEDADE
10. TEMA DA VIDA
11. ESPERANÇA MANHÃ (instrumental)
SINFONIA DAS MONTANHAS
12. 1º Movimento – SAUDAÇÃO ÀS MONTANHAS
13. 2º Movimento – O MISTÉRIO DAS PEDRAS
14. 3º Movimento – UMA MANHÃ DE SOL NAS MONTANHAS
15. 4º Movimento – SINFONIA DAS LÁGRIMAS
16. FADA MADRINHA
17. RAIO E TROVÃO (instrumental)

Tema de abertura: RAIO E TROVÃO – Sagrado Coração da Terra

Corre em minhas veias tempestade
Viajo em nuvens de fogo
Por estradas, campos e cidades
Sou relâmpago nos olhos do povo

A luz da lua e das estrelas
Faísca no casco dos cavalos
Nosso caminhão iluminado
É constelação, cometa, dragão dourado

Festa, fogueira, rodeio e canção
Essa caravana é luz e calor
Estrela cadente riscando o céu
Não deixa morrer esse sonho de amor

Diz quem resiste a uma paixão
Constante e eterna como a luz do sol
Cruzam espadas, homem, mulher
O branco e o negro, o raio e o trovão

Minha estrada é a cauda de um cometa
Nas noites de lua sou lobo
Tenho amigos em todos os planetas
Mas no mundo dos homens sou louco

A chama do amor cegou meus olhos
Só vejo teu rosto em cada esquina
Tua ausência é como a fome
Seguir tua luz, teu nome, é minha sina

Noites perdidas vagando ao luar
Sonhos guardados no fundo do peito
Por quantas vidas irei te buscar
Estrela do tempo me ensina a esperar

Diz quem resiste a essa paixão
Quente, indomável, força da vida
Cruzam o espaço, planetas e sóis
Vontade, destino, os deuses em nós…

Veja também

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Amazônia (1991)

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Guerra Sem Fim

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Pantanal (1990)