Sinopse

Ao redor da escrava Iná Inerã e do negro alforriado Lucas Tavares, tendo como cenário principal a fazenda do Coronel Macedo Tavares, desenrolam-se os fatos que culminam com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, em 13 de maio de 1888.

O sonho de liberdade de Iná, uma escrava rebelde de comportamento guerreiro, tendo como contraponto o ideal pacifista de Lucas Tavares, que pretende o fim da escravatura por meio das leis.

Globo – 22h30
de 22 a 25 de novembro de 1988
4 capítulos

minissérie de Wilson Aguiar Filho
roteiro de Walter Avancini e Wilson Aguiar Filho
colaboração de Joel Rufino dos Santos
criação e direção geral de Walter Avancini
produtor geral Paulo César Ferreira
produção da Rede Globo, Cininvest e Avan Produções

os escravos
ÂNGELA CORRÊA – Iná Inerã
LUÍS ANTÔNIO PILAR – Lucas Tavares
LÉA GARCIA – Aparecida
JOSÉ DE ARAÚJO – Nzenga
THIAGO JUSTINO – Olokini
KADU KARNEIRO – Mamadu (Elias)
LUIZA GOMES – Adeta
ERIVALDO CASAN – Idaji
CÍNTIA RACHEL – Ododô
FÁTIMA SERAFIM – Chica

família Macedo Tavares
MILTON MORAES – Coronel Hipólito Macedo Tavares
MARTHA OVERBECK – Dona Emília
EDNEY GIOVENAZZI – Padre Ramos
EMILIANO QUEIRÓZ – Osvaldo
MIRA HAAR – Florinda
DOMINIQUE AFONSO – Estela
CELINE IMBERT – Elvira

família Imperial
TEREZA RACHEL – Princesa Isabel
ODILON WAGNER – Conde D’Eu
CARLOS KROEBER – Dom Pedro II

deputados e senadores
JOSÉ LEWGOY – Barão de Cotegipe
MÁRIO LAGO – Paulino de Souza
LUIZ ARMANDO QUEIRÓZ – Joaquim Nabuco
RÚBENS CORRÊA – Andrade Figueira
IVAN DE ALBUQUERQUE – Quintino Bocaiúva
ANGELITO MELLO – Rodolfo Dantas
JOSÉ AUGUSTO BRANCO – Conselheiro João Alfredo

abolicionistas
EDWIN LUISI – Ângelo Agostini
CRISTINA PROCHASKA – Abigail
BUZA FERRAZ – Silva Jardim
JORGE COUTINHO – André Rebouças
SEBASTIÃO LEMOS – Luís de Andrade
ALBY RAMOS – Seixas Magalhães
RENATO COUTINHO – João Clapp
BRENO MORONI – Gustavo de Lacerda
WÁLTER SANTOS – José do Patrocínio
SERAFIM GONZALEZ – Desembargador Coelho Bastos
VALDIR FERNANDES – Capitão Moreira César

e
JOSMAR MARTINS – Manoel
ALFREDO MURPHY – Raimundo
SILVIO POZATTO – Navarro
PIETRO MÁRIO
IVAN DE ALMEIDA
ROBERTO LOPES
CLÁUDIO RAMOS
HÉLIO DA GAMA
ALOYSIO PIMENTEL
WALDIR FIORI
MARCOS AMERICANO
JOSÉ DE FREITAS – juiz

Primeira parceria da Globo com produtores independentes, a Avan e a Cininvest Produção Vídeo Cinematográfica, com produção geral de Paulo César Ferreira.

Centenário da Abolição

Minissérie em quatro capítulos lançada em comemoração ao Centenário da Abolição da Escravatura. Não foi exibida durante o mês de maio, quando se celebra a data, mas durante a semana do aniversário da morte de Zumbi (20 de novembro de 1695), o líder negro da Revolta dos Palmares.

O projeto estendia-se com outra minissérie, República, exibida exatamente um ano depois e que comemorava o Centenário da Proclamação da República.

Tropeço

O desencanto do público atingiu os dois trabalhos. A preocupação do diretor Walter Avancini em não ser didático significou o principal tropeço. Impossível tratar o tema, em data comemorativa, sem o elo do compasso histórico.

De positivo ficou o trabalho de Ângela Corrêa, que chamou a atenção com sua segurança e beleza. Uma estreia promissora. Lamentável que, nesta época, a dramaturgia nacional reservasse tão limitadas oportunidades a atores negros.

Tratamento linguístico

A minissérie teve mais de 100 atores e três mil figurantes. A utilização de pequenos trechos falados em iorubá – língua dos negros africanos – e em português com sotaque francês ou italiano, mostrou o cuidado da produção na reconstituição dos tipos que circulavam na corte e na zona rural da época.

O tratamento linguístico ficou a cargo da professora Íris Gomes da Costa, que já havia trabalhado com Walter Avancini na minissérie Grande Sertão, Veredas, em 1985.

Abolição contou ainda com a colaboração do historiador Francisco Alencar, que durante dois meses coordenou o trabalho de reconstituição histórica.

E mais

A trilha sonora, produzida por Murilo Alvarenga – em especial o hino da juventude sul-africana, que marcava as cenas mais fortes da minissérie, e o “Canto de Ossanha” -, reforçava o drama dos negros brasileiros na época.

O personagem Lucas Tavares (Luís Antônio Pilar) retornou na minissérie República, bem como a família imperial, com os mesmos intérpretes.

Abolição foi reprisada pelo Viva (canal de TV por assinatura pertencente à Rede Globo), na íntegra, de 3 a 24/11/2019, em capítulos semanais, apenas aos domingos, às 22h45.

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