Sinopse

Leandro Dantas (Cauã Reymond) volta à cidade de Sertão, à beira do rio São Francisco, onde nasceu, como sommelier. Jovem, bonito, inteligente e conquistador – um Don Juan – com sua lábia irresistível, Leandro degusta vinhos e mulheres da alta sociedade. Ele aprendeu a arte da sedução com a mãe Carolina (Cassia Kiss), uma mulher de passado obscuro que encantou muitos homens.

Leandro é ousado com as mulheres casadas – Isabel Favais (Patrícia Pillar) e Celeste Cavalcanti (Dira Paes) – e cauteloso com seus maridos – Jaime Favais (Murilo Benício) e Roberto Cavalcanti (Osmar Prado). Porém, é surpreendido pela jovem e destemida Antônia (Isis Valverde), filha do maior produtor de vinho da região, o rico e poderoso Jaime, e de Isabel, uma de suas conquistas.

Apaixonados, Leandro e Antônia vão viver uma história de desejo, ciúmes e vingança.

Globo – 23h
de 6 a 17 de janeiro de 2014
10 capítulos

roteiro de George Moura
baseada em “A Emparedada da Rua Nova”, de Carneiro Vilela
escrita por George Moura, Sérgio Goldenberg, Flávio Araújo e Teresa Frota
supervisão de texto de Maria Adelaide Amaral
direção geral de José Luiz Villamarim
núcleo Ricardo Waddington

CAUÃ REYMOND – Leandro Dantas
ÍSIS VALVERDE – Antônia Favais
MURILO BENÍCIO – Jaime Favais
PATRÍCIA PILLAR – Isabel Favais
CÁSSIA KISS – Carolina Dantas
IRANDHIR SANTOS – João
DIRA PAES – Celeste Cavalcanti
OSMAR PRADO – Roberto Cavalcanti
JESUÍTA BARBOSA – Fortunato
GERMANO HAUIT – Antônio Vieira Braga
CÉSAR FERRÁRIO – Bigode de Arame
THIERRY TREMOUROUX – Oscar
THAYSA ZOOBY – Ana Clara
ANTÔNIO FÁBIO – Deocleci
CLÁUDIO JABORANDY – Inspetor Britivaldo
WALTER BREDA – Delegado Givaldo
MAGDALL ALVES – Cleonice
JORGE VASCONCELOS – Zarolho
ZÉ RAMOS – Ze Romão
ORIVAL PESSINI – pai de Leandro

e o menino JOÃO FERNANDO WALKER – Tiago (filho de Celeste e Roberto)

Adaptação

Adaptação de folhetim pernambucano “A Emparedada da Rua Nova”, de Carneiro Vilela (1846-1913) – jornalista e fundador da Academia Pernambucana de Letras -, publicado semanalmente entre 1909 e 1912 pelo Jornal Pequeno, do Recife. A trama – que gira em torno de paixão e vingança -, na época da publicação, virou febre com status de lenda urbana.

Amores Roubados foi eleita pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) o melhor programa de dramaturgia na televisão em 2014. José Luiz Villmarim foi premiado como melhor diretor (juntamente por seu trabalho na novela O Rebu, do mesmo autor). E Cássia Kiss foi a melhor atriz (pelas atuações em Amores Roubados e O Rebu).

Audiênca surpreendente

Amores Roubados apresentou uma narrativa ágil e dinâmica. A minissérie conquistou telespectadores, cativando uma audiência que surpreendeu a própria TV Globo: uma média final em torno dos 28 pontos no Ibope da Grande São Paulo, a maior desde 2010.

E teria sido maior ainda não tivesse a Globo preterido os quatros últimos capítulos a favor da estreia do BBB14. Em sua primeira semana, Amores Roubados foi exibida após a novela das nove (Amor à Vida), mas, com a estreia do BBB, passou a ser apresentada depois do reality-show.

O apelo erótico de cenas calientes e a curiosidade gerada acerca do suposto romance entre os atores protagonistas – Cauã Reymond e Ísis Valverde – podem ter sido poderosos chamarizes. Porém, os méritos de Amores Roubados foram além. Afora o ótimo roteiro, havia a direção segura de José Luiz Villamarim, a trilha sonora, as tomadas de cena sempre criativas, valorizadas pela fotografia calculada de Walter Carvalho, ao revelar cenários deslumbrantes que representavam a fictícia Sertão e a região de vinícolas no Nordeste brasileiro.

Sertão contemporâneo

O sertão brasileiro retornava à tela da Globo, mas, desta vez, saía de cena o agreste icônico de Lampião e Padre Cícero e entrava a terra fértil cortada pelo rio São Francisco, produtora de vinho e de frutas para exportação. A ideia foi levar à tela um sertão contemporâneo e mais próximo da “vida real” do Nordeste, ainda que a história original tenha sido escrita há mais de cem anos.

A Globo repetiu o triunvirato responsável pelo sucesso da minissérie O Canto da Sereia, exibida exatamente um ano antes: George Moura no roteiro (sob a supervisão de Maria Adelaide Amaral), José Luiz Villamarim (da novela Avenida Brasil) na direção geral, e Wálter Carvalho (fotógrafo de cinema com mais de 80 títulos no currículo) na direção de fotografia e câmera.
“O olhar do Wálter vai criar esse sertão contemporâneo, onde tem motoboy e Land Rover, mas tem também uma moral arcaica”, disse George Moura, que há 17 anos sonhava em roteirizar o folhetim.

Villamarim, o diretor, afirmou que o maior desafio foi justamente o seu maior objetivo:
“Dar um frescor [à adaptação] e mostrar realisticamente o que é o sertão que a gente vê hoje. Eu não estou inventando sertão nenhum.”

Elenco

Outra arma para conseguir mostrar o “sertão real” foi o sotaque. Embora os papéis principais da minissérie fossem interpretados por velhos conhecidos do horário nobre (Murilo Benício, Patrícia Pillar, Ísis Valverde e Cauã Reymond), foram escalados atores nordestinos que viviam fora do eixo Rio-São Paulo para dar mais credibilidade à pronúncia.

Entre eles, os pernambucanos Irandhir Santos (do filme O Som ao Redor) e Jesuíta Barbosa (do filme Tatuagem) e o potiguar César Ferrário.

Locações

A cidade onde se passava a história era formada de imagens captadas em locações de Petrolina (PE), onde estavam as vinícolas do personagem Jaime Favais (Murilo Benício), e na região de Paulo Afonso (BA), base para as cenas feitas no Raso da Catarina.

Versão hispânica

Em 2020, chegou ao Globoplay (plataforma de streaming da Globo) a versão hispânica de Amores Roubados: O Fogo da Paixão (Jugar Con Fuego), produzida pela Telemundo, rede de televisão comercial aberta norte-americana de língua espanhola.

No elenco, Jason Day, Gaby Espino, Margarita Rosa de Francisco, Laura Perico, Tony Plana, Carlos Ponce e outros. Em vez do sertão brasileiro e a produção de vinhos da versão original, o cenário é a zona cafeeira da Colômbia.

01. Vortex (tema de abertura)
02. Vale da Morte
03. Leandro e Antonia
04. Parreiral Seco
05. Amores Roubados
06. Velho Chico
07. Sete Chaves
08. Arquinimigo
09. Bigode de Arame
10. Carolina
11. Inveja
12. Nevoa
13. Veredas
14. Rio Negro
15. Celeste
16. Luz Vermelha
17. Armorial
18. Arido
19. Jaime
20. Risco de Faca
21. Vinhedos
22. Vortex
23. Deserto
24. Lamento do Vento
25. Dreaming
26. Othelo
27. Madness
28. O Cego

Música original de Eduardo Queiroz

Músicas executadas na minissérie:
AMOR I LOVE YOU – Reginaldo Rossi
ANGELS – The XX
AUTO DO ZÉ LIMEIRA – Cabruêra
BABY DID A BAD BAD THING – Chris Isaak
BAILADO DAS MUSCARIAS – Zé Ramalho (participação de Lula Côrtes)
BARCAROLA DO SÃO FRANCISCO – Geraldo Azevedo
CHÃO DE GIZ – Zé Ramalho
COQUEIROS – Geraldo Azevedo
DA ÁGUA PRO VINHO – Aviões do Forró
EU TE AMO – Chico Buarque
FREVO MULHER – Amelinha
INTRO – The XX
JURA SECRETA – Fagner
MINHA DOBLÔ – Silvanno Salles
MON AMOUR, MEU BEM, MA FEMME – Reginaldo Rossi
NA HORA DO ADEUS – Reginaldo Rossi
O CIÚME – Caetano Veloso
O PEDIDO – Elomar
PLAIN GOLD RING – Nina Simone
TRILHA DE SUMÉ – Lula Côrtes
VINHO GUARDADO – Nana Caymmi
VOU COMEÇAR TUDO DE NOVO – Reginaldo Rossi
XIQUE-XIQUE – Tom Zé

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