Sinopse

No interior do Brasil, às margens do rio Araguaia, Antoninha (Regina Duarte), de idade avançada, está doente. Seu filho Fernando (Edson Celulari) chega ao local com o filho dele, Solano (Murilo Rosa), a esposa, a bela Estela (Cleo Pires), e a mãe de criação, Mariquita (Laura Cardoso). Eles são surpreendidos por uma terrível maldição pregada pelos índios da tribo Karuê e que se perpetua há mais de um século na família de Antoninha: Fernando morre misteriosamente por ter posto os pés no Araguaia.

Mesmo sabendo que a maldição lançada o condena à morte caso permaneça na região, Solano decide ficar. Apesar de ter passado a maior parte de sua vida sozinha, Antoninha sempre teve um admirador não tão secreto: Max (Lima Duarte), poderoso proprietário de terras e rico comerciante da região. Por causa do amor não correspondido, Max casou-se com Amélia (Júlia Lemmertz) e teve dois filhos, Manuela (Milena Toscano) e Fred (Raphael Viana), mas jamais desistiu de tentar conquistar Antoninha, que sempre o menosprezou.

Mas a morte de Antoninha não abala o coração de pedra de Max. O fazendeiro enriqueceu há muitas décadas de maneira nebulosa e manda nos moradores da região. Inconformado com as injustiças, Solano está disposto a enfrentar Max e fará de tudo para garantir ao povo condições dignas de vida. Com a ajuda da madrasta Estela, do padre Emílio (Otávio Augusto), e da viúva Janaína (Suzana Pires), além dos trabalhadores do Araguaia, Solano se dedica à construção de uma cidade pensando na melhoria da qualidade de vida do povo.

Esse projeto desperta a fúria de Max, que se revelará um inimigo poderoso. Para complicar, Solano se apaixona pela filha dele, Manuela. Apesar das diferenças e de ela já estar comprometida com o genro dos sonhos de seu pai, Vitor (Thiago Fragoso), os dois não vão conseguir lutar contra esse amor por muito tempo. Mas também não vão conseguir vivê-lo com facilidade. Além de Vitor e Max, Manuela e Solano terão que lidar com Estela. A bela madrasta do rapaz se aproximará cada vez mais e revelará sua paixão proibida por ele.

Globo – 18h
de 27 de setembro de 2010
a 9 de abril de 2011
166 capítulos

novela de Walther Negrão
escrita por Walther Negrão, Alessando Marson, Jackie Vellego e Renato Modesto
direção de Fred Mayrink, Luciano Sabino e Alexandre Klemperer
direção geral de Marcos Schechtman e Marcelo Travesso
direção de núcleo de Marcos Schechtman

Novela anterior no horário
Escrito nas Estrelas

Novela posterior
Cordel Encantado

MURILO ROSA – Solano
MILENA TOSCANO – Manuela
CLÉO PIRES – Estela / Estrela
LIMA DUARTE – Max (Maximiliano Martinez)
JÚLIA LEMMERTZ – Amélia
LAURA CARDOSO – Dona Mariquita (Maria Quitéria)
EVA WILMA – Beatriz (Pierina)
THIAGO FRAGOSO – Vítor Vilar
RAPHAEL VIANA – Fred
SUZANA PIRES – Janaína
MARIANA RIOS – Nancy
OTÁVIO AUGUSTO – Padre Emílio
EMÍLIO ORCIOLLO NETTO – Neca Tenório
NANDO CUNHA – Pimpinela
THAÍS GARAYP – Terê
ÂNGELO ANTÔNIO – Delegado Geraldo Luti Filho
GÉSIO AMADEU – Cirso
TÂNIA ALVES – Pérola
TURÍBIO RUIZ – Xamã
FLÁVIA GUEDES – Aspásia
BRUNA MARQUEZINE – Terezinha
LUCIANO SCALIONI – Bruno
MARIA JOÃO CHIAPETA – Glorinha (Sargento Mourão)
YUNES CHAMI – Mamed
ANINHA LIMA – Lenita
THIAGO OLIVEIRA – Tavinho
PAULA PEREIRA – Dora
CINARA LEAL – Safira
RAQUEL VILLAR – Esmeralda
NANDA LISBOA – Ametista
EDUARDO COUTINHO – Ricardo
LUCIANA CARNIELLI – Lurdinha
RICARDO CASTRO – Caroço (Welber)
ISABELLE MARQUES – Cotinha
ADILSON MAGHÁ – Genão (Genésio)
MÁRCIO ROSÁRIO – Veloso
CHRISTOVAM NETTO – Marreta
ALINE BARCELLOS

as crianças
FREDERICO VOLKMANN – Tomé
CADU PASCHOAL – Pedro
DOUGLAS MOREIRA – André
ROBERTA PIRAGIBE – Verônica
BRENDA DINIZ – Maria
LAURA BARRETO – Madalena
LUIGI MATHEUS – Mateus
KARINA FERRARI – Juliana

e
ALICE MOTTA – Antônia (ancestral de Antoninha que deu origem à “maldição das Antônias”)
BRUNO PADILHA – falsifica o teste de paternidade de Solano a mando de Max
CLARICE NISKIER – Irmã Dulce (religiosa que leva as crianças do Padre Emílio)
DIOGO OLIVEIRA – Apoena (índio que amou Antônia no passado)
EDSON CELULARI – Fernando (filho de Antoninha, pai de Solano)
HENRI CASTELLI – Rudy (Rudolf)
JONAS MELLO – Bispo Eugênio (chega para investigar o comportamento de Padre Emílio)
JUCA DE OLIVEIRA – Cabo Esquadra (Gabriel, avô de Solano)
LEONA CAVALLI – Marly (mulher de Bento, o falecido marido de Janaína, que vem reinvindicar seus diretos)
LUIZ BACCELLI – médico
LUIZ CARLOS VASCONCELOS – Frei Gusmão (religioso que leva as crianças do Padre Emílio)
MARCELO TORREÃO – orienta Max a respeito das terras de Antoninha
NEUZA BORGES – Ivete (ajuda Solano a encontrar seu avô, Gabriel, e o leva ao Araguaia)
PABLO BELLINI – Hector (tentou incluir Nancy em uma rede internacional de prostituição)
REGINA DUARTE – Antoninha (mãe de Fernando, avó de Solano)
RICARDO VANDRÉ – Siqueira (trabalha na empresa de Max)
SUYANE MOREIRA – Iaru (índia que joga a maldição sobre a família de Antônia)
THALITA RIBEIRO – Jussara (filha do pai biológico de Ametista)

– núcleo de SOLANO (Murilo Rosa), experiente e competente adestrador de cavalos, mestre na montaria e na doma. Disposto a lutar contra todo tipo de injustiça ou opressão, torna-se um líder contra as vilanias do homem mais poderoso da região do Araguaia. Se apaixona justamente pela filha dele. E também viverá a culpa de se sentir atraído pela madrasta, viúva de seu pai:
a avó ANTONINHA (Regina Duarte, participação), dona de uma estância no Araguaia, fundada por seus ancestrais. Sua família é vítima de uma maldição e por isso carrega a dor de não ter criado seu filho. Seu grande inimigo é apaixonado por ela, que não retribui esse sentimento por nunca ter esquecido do mal que ele fez ao pai de seu filho, seu grande amor. Ao ficar muito doente, recebe a inesperada visita do filho e do neto, que nunca havia conhecido. Acaba morrendo no início da trama
o pai FERNANDO (Edson Celulari, participação), único filho de Antoninha. Homem de meia idade, charmoso e aventureiro. Foi criado por uma amiga de sua mãe. Quando chega ao Araguaia para conhecer a mãe moribunda, descobre que pesa sobre seus ombros uma maldição: acaba morrendo misteriosamente
a madrasta ESTELA (Cléo Pires), bela, inteligente e sedutora, é bem mais jovem que Fernando. Após a morte do marido, se envolve com Solano, disposta a conquistá-lo. Misteriosa, guarda segredos sobre suas origens: é descendente da tribo de índios responsável pela maldição sobre a família de Antoninha
a avó de criação MARIQUITA (Laura Cardoso), antiga empregada de Antoninha e amiga de total confiança. Criou Fernando e, depois, o filho dele, Solano. Muito intuitiva, implica com Estela
a empregada de Antoninha, ASPÁSIA (Flávia Guedes), que, após a morte dela, passa a trabalhar para Mariquita e Solano. É muito sensível e chora à toa
o pai de Estela, XAMÃ (Turíbio Ruiz), velho índio, vive na mata.

– núcleo de MAX (Lima Duarte), rico e desonesto criador de gado, capaz de passar por cima de tudo e de todos para defender seus interesses. Desde a juventude é apaixonado por Antoninha, mas seu afeto jamais foi correspondido. Casou-se com outra e mantém um casamento de aparências. Torna-se o principal inimigo de Solano, já que o rapaz ameaça os seus interesses:
a mulher AMÉLIA (Júlia Lemmertz), infeliz e amargurada, vive um casamento conveniente por conta das regalias que tem a seu dispor
os filhos: MANUELA (Milena Toscano), estudou nos melhores colégios e se formou em Veterinária. Como nunca se envolveu com as questões da fazenda, acredita que seu pai é honesto. Trabalha no frigorífico do noivo, com quem mantém um namoro morno. Ao conhecer Solano, se apaixona à primeira vista. De temperamento forte, enfrentará o pai, que é contra esse envolvimento,
e FRED (Raphael Viana), dono de uma operadora de turismo e esportes radicais às margens do rio Araguaia. Não concorda com as atitudes do pai e, por isso, os dois vivem em constante conflito
o noivo de Manuela, no início, VITOR (Thiago Fragoso), dono de um frigorífico, é empreendedor e totalmente voltado aos negócios. É o genro ideal para Max, que vislumbra com esse casamento uma ampliação de seus negócios. Com o desinteresse de Manuela, Vitor voltará os olhos para Amélia e os dois iniciarão um romance secreto e proibido
a empregada LURDINHA (Luciana Carnielli).

– núcleo de BEATRIZ (Eva Wilma), chega ao Araguaia e monta um salão de beleza. Desperta a curiosidade dos moradores da região. Ao longo da trama, são reveladas as suas reais intenções: na verdade chama-se PIERINA e é a mãe de Solano. Vai em busca do filho, mas não se revela a ele porque sente vergonha de seu passado. Entra numa disputa leve e bem humorada com Mariquita pela atenção de Solano:
o filho de criação TAVINHO (Thiago Oliveira), trabalha em seu salão de beleza, aprendeu com ela o ofício de cabeleireiro
a manicure LENITA (Ana Lima), simpática e despachada, tem um visual moderno e colorido. Sua figura descolada chama a atenção do povo local. Aos poucos começa a ser imitada, trazendo uma dose de modernidade à região do Araguaia.

– núcleo de NECA TENÓRIO (Emílio Orciollo Netto), chega ao Araguaia com o Circo Gran Tenório, de sua família. Sedutor, extrovertido e engraçado, é o principal astro do circo. Faz o que for preciso para arrebatar a atenção do público e o coração das moças:
a mãe TERÊ (Thaís Garayp), proprietária do circo e condutora do carroção que serve de moradia, bilheteria, palco e escritório. Tem o dom de ler o destino nas cartas e nas linhas da mão. Vai para o Araguaia após ver nas cartas o trágico destino de Fernando
os artistas do circo: PIMPINELA (Nando Cunha), palhaço, melhor amigo e parceiro de Neca no picadeiro. Alegre e brincalhão em público, sofre sozinho com seu triste passado,
e MARRETA (Christovam Netto), homem de força descomunal.

– núcleo do PADRE EMÍLIO (Otávio Augusto), amigo, conselheiro e confidente de Antoninha e, posteriormente, de Solano. Tem sangue quente, é combativo e corajoso. Inconformado com as desigualdades sociais e com a dura vida do seu rebanho de trabalhadores. Cria, com amor e dedicação, várias crianças órfãs em seu sítio:
o médico RICARDO (Eduardo Coutinho), foi criado no sítio do padre. Volta formado para assumir o Posto Médico local. Vive o dilema entre ficar no Araguaia ou retornar à cidade grande
os órfãos criados pelo padre: PEDRO (Cadu Paschoal), ANDRÉ (Douglas Moreira), MATEUS (Luigi Matheus), TOMÉ (Frederico Volkmann), MARIA (Brenda Diniz), VERÔNICA (Roberta Piragibe), MADALENA (Laura Barreto) e TEREZINHA (Bruna Marquezine). São endiabrados e suas traquinagens levam o padre à loucura. Mas há muito amor e respeito em meio à bagunça. Consideram-se irmãos e tratam Emílio com o amor que dedicariam a um pai biológico.

– núcleo de JANAÍNA (Suzana Pires), dona do bar local. Viúva atraente, chama a atenção de muitos admiradores, mas o espaço de seu coração está tomado pela memória de seu falecido marido. Corajosa, fala de igual para igual com qualquer homem. É alvo das investidas e do amor de Fred, completamente apaixonado por ela:
o filho BRUNO (Luciano Scalioni), estudioso, esforçado e um pouco tímido. É um bom filho e ajuda a mãe nas tarefas do bar
a irmã NANCY (Mariana Rios), trabalha no bar, apesar de preguiçosa. Tem inveja da irmã e sonha em arrumar um marido rico. Torna-se amiga de Pimpinela e essa relação desperta nela sentimentos muito diferentes.

– núcleo do DELEGADO GERALDO (Ângelo Antônio), homem rude e perigoso, pau mandado de Max em sua armações e vilanias:
a mulher DORA (Paula Pereira), não consegue engravidar e quer muito adotar uma criança, mas enfrenta resistência do marido que não gosta da ideia da adoção
a policial SARGENTO MOURÃO, como é mais conhecida a bela GLORINHA (Maria Joana Chiappetta). De farda, é muito brava e exige respeito. Fora do serviço, é uma doce e delicada moça. Alvo do amor de Neca Tenório, que faz de tudo para conquistá-la.

– núcleo de CIRSO (Gésio Amadeu), sujeito rústico, prático e bonachão. Trabalha para Max por necessidade, pois não suporta o patrão. Zeloso na educação e segurança de suas três filhas, a quem trata por suas “joias do Araguaia”:
a mulher PÉROLA (Tânia Alves), cozinheira de mão cheia, faz quitutes e marmitas para vender aos turistas da operadora de turismo de Fred
as filhas, trabalham como monitoras na operadora de Fred:
SAFIRA (Cinara Leal), a mais velha. Gosta de enfrentar os pais e se julga no direito de mandar nas irmãs,
AMETISTA (Nanda Lisboa), a do meio. Carinhosa e conciliadora,
e ESMERALDA (Raquel Villar), a caçula. Extrovertida e esperta, vive brigando com a irmã mais velha e, apesar da pouca idade, é a líder informal das três.

– demais personagens:
MAMED (Yunes Chami), mascate de origem árabe. Roda o interior com sua “jubiraca”, mistura de carro e loja, onde se encontra de roupas a eletrodomésticos. Não tem parada fixa e funciona como correio para o povo da região, levando e trazendo recados, cartas, encomendas e notícias
CAROÇO (Ricardo Castro), guia informal da região do Araguaia, faz um bico na operadora de turismo de Fred, mas seu negócio mesmo é a viola.

Rio na novela

O rio Araguaia – ou rio das araras vermelhas no dialeto tupi-guarani – nasce no estado de Goiás e faz a divisa natural entre Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. Com extensão de 2.114 quilômetros, é considerado um dos rios mais piscosos do mundo. O Araguaia não é tão conhecido como seus irmãos Amazonas ou São Francisco, mas não menos rico em beleza natural, lendas e histórias. E um de seus grandes diferenciais é o turismo em seu período de seca: visitantes e famílias de toda a região, atraídos pelas belas praias, montam acampamentos nas ilhas de areia que se formam em seu leito, transformando o local em um grande centro de lazer.

Essa e outras peculiaridades do rio foram exploradas na novela, com o ecoturismo, a cultura indígena, a imponência dos cavalos e a magia do circo.
“A novela descreve universos muito ricos e mostra um lugar no coração do país pouco explorado pela televisão brasileira”, explicou o autor, Walther Negrão, na época do lançamento da novela.

Novela rurbana

“Essa é uma novela ‘rurbana’, que mostra essa mistura entre tradição e modernidade, urbano e rural, natureza e civilização”, definiu Marcos Schechtman, o diretor, fazendo alusão ao conceito de ‘rurbano’ criado pelo sociólogo Gilberto Freyre, que aponta para a diluição das fronteiras entre o campo e a cidade.
“É um universo totalmente novo e um jeito de mostrar um lado da região do Araguaia que ainda não foi explorado na televisão.”

Na época de sua estreia, Schechtman afirmou que não existiam grandes semelhanças entre Araguaia e o que foi visto quando o autor Benedito Ruy Barbosa e o diretor Jayme Monjardim levaram Pantanal para a tela da TV Manchete, em 1990, chegando a bater a liderança de audiência da Globo.
“São universos diferentes. O Pantanal tem um lado bucólico, uma ancestralidade e arquétipos totalmente rurais. A gente contrasta a natureza linda do Araguaia com a civilização”, comparou.

Referências

A história tinha fortes indícios de duas outras obras do autor: as novelas Cavalo de Aço (Globo, 1973) e Ovelha Negra (Tupi, 1975).

Em Cavalo de Aço, tal qual o protagonista Solano (Murilo Rosa) de Araguaia, um forasteiro (Rodrigo, personagem de Tarcísio Meira) chega a uma pequena cidade e se envolve amorosamente com a filha do manda-chuva da região, o vilão – que por sua vez também se chamava Max (Ziembinski em Cavalo de Aço, Lima Duarte em Araguaia).

Em Ovelha Negra, tal qual Solano novamente, um homem (Júlio, personagem de Rolando Boldrin) luta contra as injustiças sociais e levanta um povoado para dar melhores condições de vida ao povo.

Locações e cenografia

As gravações na região aconteceram na cidade de Pirenópolis e em Aruanã e Luiz Alves, dois pequenos municípios no entorno do rio Araguaia que atraem centenas de turistas durante o período de férias. A trama mostrou que o chique por lá era ficar nos acampamentos, muitos deles de luxo, lotados de gente em busca das praias de rio, com direito a jet ski, helicópteros e jacarés.

A cidade cenográfica era formada por casas de palafitas, uma igreja construída com bambu e palha de coqueiro, além da plantação de 2.500 girassóis, cenográficos ou não. Vista de uma perspectiva superior, e com o auxílio da computação gráfica, a cidade tinha o formato de um girassol – as construções no miolo e as plantações como pétalas.

Tudo remetia ao campo nos cenários e direção de arte de Araguaia. Desde reproduções de animais nas paredes a livros sobre cavalos espalhados nos cenários, as influências campestres dominaram a história. Incluindo o figurino de seus personagens, como o da mocinha Manuela (Milena Toscano). Com botas e colete de couro, a jovem veterinária transparecia seu temperamento forte em peças comuns ao ambiente sertanejo.

Uma das maiores preocupações da equipe de produção de arte foi marcar bem a fartura da casa do vilão Max (Lima Duarte). Na mesa havia desde bolos de abóbora, de cenoura e de morango, baba de moça, queijadinha de amendoim, bolo de aipim, torta de maçã e queijo da serra da Canastra, até uma bandeja de cajus. A única peça cenográfica era o cajuzinho do cerrado:
“É uma fruta menor, típica de lá, não deu para arrumar aqui”, justificou a produtora de arte Fernanda Bedran.
E a escolha exagerada dos ingredientes de um mero lanche da tarde tinha outro motivo: contrastar a riqueza da casa com a simplicidade de outras famílias da região do Araguaia.

Abertura

A exibição em HD (high definition) na faixa das 18 horas, anteriormente prevista para o primeiro semestre de 2011, foi antecipada depois de verificada a alta qualidade das imagens captadas nas primeiras externas de Araguaia.

A abertura da novela exibia belas imagens que enfatizavam os contrastes existentes na região do rio Araguaia, onde o rural e o urbano, a natureza e a civilização se integram harmoniosamente. A seleção de cenas, de requinte fotográfico apurado, se justificava principalmente pelo fato de Araguaia ter sido a primeira novela em alta definição do horário das seis.

Por isso, não havia quase nenhum recurso videográfico relevante, excetuando pelos efeitos especiais presentes em algumas imagens e nas transições das cenas, os quais eram reveladas a partir dos reflexos de algum elemento da cena anterior. (André Luiz Sens, blog Televisual)

E mais

Primeira novela da atriz Mariana Rios.

O título provisório da novela era Girassol, referência à plantação de girassóis da fazenda de Max (Lima Duarte), na trama.

Araguaia foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 27/03/2023, dentro do Projeto Originalidade.

Trilha sonora nacional

01. RIOS DE AMOR – Victor & Léo
02. MENTES TÃO BEM (MIENTES TAN BIEN) – Zezé Di Camargo & Luciano (tema de Solano e Estela)
03. COMPANHEIRO – Maria Eugênia (tema de abertura)
04. DISPARADA – Daniel
05. TOCANDO EM FRENTE – Leonardo e Paula Fernandes (tema de locação: Araguaia)
06. O AMANHÃ É TÃO DISTANTE (TOMORROW IS A LONG TIME) – Zé Ramalho (tema de locação)
07. MAIS QUE A MIM (ao vivo) – Ana Carolina (participação especial de Maria Gadú)
08. FOTOS NA ESTANTE – Skank (tema de Fred)
09. JARDINS DA BABILÔNIA – Kid Abelha (tema de Esmeralda, Safira e Ametista)
10. O TEMPO – Móveis Coloniais de Acaju (tema geral)
11. PURO ÊXTASE – Barão Vermelho (tema de Janaína e Nanci)
12. SIMPLES – Manno Góes (tema de Pimpinela)
13. POR ENQUANTO – Cássia Eller
14. FELICIDADE – Antônio Villeroy

Trilha sonora internacional

01. RUN TO YOU – Lady Antebellum (tema romântico geral)
02. I NEVER TOLD YOU – Colbie Caillat (tema de Janaína e Fred)
03. MARRY ME – Train (tema de Solano e Manuela)
04. STEAL MY KISSES – Ben Harper and The Innocent Criminals (tema de Neca)
05. COOLER THAN ME – Mike Posner
06. TONIGHT – Alex Max Band
07. MY BABY LEFT ME – Alexxa
08. VALENTINO – Diane Birch (tema de Safira, Ametista e Esmeralda)
09. LOVE ME TENDER – Elvis Presley (tema de Amélia e Vítor)
10. ROLLERBLADES – Eliza Doolittle
11. HAPPY – Marina Elali (tema de Solano e Estela)
12. PRAY FOR YOU – Jaron and The Long Road To Love (tema de Nancy e Pimpinela)
13. THIS IS ME, THIS IS YOU – Marit Larsen (tema de Bruno e Terezinha)
14. BLOWIN’ IN THE WIND – Fiuk (tema de Solano)
15. BABIES IN YOUR DREAMS – Youth Group

Trilha sonora sertaneja

01. ADRENALINA (ao vivo) – Luan Santana
02. PODE CHORAR – Jorge & Mateus
03. BALADEIRA (Ao Vivo) – Jeann & Júlio
04. TÔ VENDENDO BEIJO (ao vivo) – Humberto & Ronaldo
05. XIQUE BACANIZADO (ao vivo) – João Carreiro & Capataz
06. FUTEBOL, CERVEJADA E VIOLA (ao vivo) – Luiz Mazza & Luciano
07. NO PONTEIO DA VIOLA (ao vivo) – Mayck & Lian
08. LABIRINTO (Ao Vivo) – César Menotti & Fabiano
09. AMANHECEU, PEGUEI A VIOLA – Renato Teixeira & Sérgio Reis
10. FORRÓPEANDO – Roberta Miranda e MV Bill
11. LOUVAÇÃO FORRÓ – Agarradinho
12. CATIRANDÊ- Tais Guerino

Tema de abertura: COMPANHEIRO – Maria Eugênia

Vai amigo
Não há perigo que hoje possa assustar
Não se iluda

Que nada muda se você não mudar
Ponha alguma coisa na sacola
Não esqueça a viola
Mas esqueça o que puder
E curte pra não morrer

Rasgue as coisas velhas da lembrança
Seja um pouco de criança
Faça tudo o que quiser
E cante que é bom viver…

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