Cara e Coragem

– núcleo de PAT (Paolla Oliveira), dublê de ação, é uma mulher racional, pé no chão, divertida e corajosa. Abre com sócios a agência de dublês Coragem.com:
o marido ALFREDO (Carmo Dalla Vecchia), ilustrador, alterna o trabalho home-office com os afazeres de casa. É ele quem cozinha, arruma a casa e leva as crianças para escola enquanto Pat trabalha como dublê. Alfredo tem uma doença desconhecida, o que causa grande preocupação na mulher
os filhos: GUI (Diogo Caruso), pré-adolescente, e SOSSÔ (Alice Camargo), a mais nova, ainda criança
os pais: JOCA (Leopoldo Pacheco), instrutor de tênis e mulherengo. Esconde de todos que tem outra família,
e NADIR (Stella Maria Rodrigues), caseira e dedicada ao lar. Socorre Pat e Alfredo nos cuidados com os netos.

– núcleo de MOA (Marcelo Serrado), dublê de ação, é impetuoso e otimista. Em função da idade, o esforço físico no trabalho às vezes deixa dores pelo corpo, mas ele adora impressionar a parceira Pat, seu amor platônico. Ameaçado pela ex-mulher, faz de tudo para manter a guarda do filho pequeno. Cria com Pat a empresa de dublês Coragem.com:
o filho CHIQUINHO (Guilherme Tavares), o melhor amigo de Sossô. Tem uma relação de cumplicidade e parceria com o pai
a ex-mulher REBECA (Mariana Santos), mãe de Chiquinho. Depois de abandonar o filho quando bebê, retorna ao Brasil disposta a lutar pela guarda da criança. Tem uma relação conturbada com o ex, que não a perdoa por ter sido deixado com o filho e trocado pelo melhor amigo
o ex-amigo DANILO (Ricardo Pereira), atualmente casado com Rebeca. Empresário sem escrúpulos e ambicioso, está em busca da pasta com uma fórmula secreta. Rivaliza com Moa, ama Rebeca e apoia a briga da amada pela guarda de seu filho
o pai MILTON (Anselmo Vasconcelos), dono de uma padaria em Paquetá. Amigão do filho, boa praça, tem sempre um conselho e um abraço para as pessoas que o procuram
a tia ADÉLIA (Ivone Hoffmann), irmã mais velha de Milton. Guia de turismo em Paquetá, mora com o irmão. Ajuda a cuidar de Chiquinho quando Moa precisa trabalhar.

– núcleo de CLARICE GUSMÃO (Taís Araújo), presidente da SG, a siderúrgica da família. Contrata Pat e Moa após conhecer a dupla durante a gravação de um comercial para a SG. Os dois têm a missão de resgatar a pasta com uma fórmula secreta, pela qual Danilo está interessado. A fórmula pode ser usada tanto a favor da Medicina ou, com uma pequena modificação, beneficiar a produção da indústria bélica. A morte de Clarice abre caminho para desvendar outras facetas da empresária, até então desconhecidas, e a revelação de uma sósia, que pode ser a chave para inúmeros mistérios:
a mãe MARTHA (Claudia Di Moura), volta ao Brasil após a morte da filha para comandar a SG. Sente-se culpada pelos anos que passou longe dos filhos. Assume a presidência da empresa, para desapontamento do seu caçula, que pretendia ocupar o posto vago com a morte de Clarice
o irmão LEONARDO (Ícaro Silva), ambicioso, sonha com o controle da siderúrgica. Sempre invejou a posição da irmã e é instável emocionalmente. Alterna momentos de humor e tem uma relação conflituosa com a mãe. Tenta recuperar a fórmula secreta para negociá-la em benefício próprio com empresários no exterior. A morte prematura de Clarice mexe com Leonardo, uma vez que ele está envolvido nos acontecimentos da fatídica noite e suas consequências
o segurança ÍTALO (Paulo Lessa), com quem mantinha um romance secreto. Instrutor de parkour conhecido pela habilidade física e inteligência, junta-se à Pat e Moa na Coragem.com, onde unem forças para tentar desvendar o mistério sobre a morte de sua amada
o namorado de Martha, VINI (Sérgio Loroza), bon vivant, é um sujeito sossegado. Dá suporte a Martha no momento da perda de sua filha
a governanta LIA (Dja Marthins), praticamente criou Clarice e Leonardo. Observa mais do que fala e guarda segredos da família Gusmão.

– núcleo de ANITA (Taís Araújo), sósia de Clarice. Massoterapeuta, é popular e despachada. Gosta de frequentar as rodas de samba da cidade e chama a atenção pela semelhança física com Clarice. Tem um passado misterioso e esconde segredos sobre a noite da morte da empresária:
a amiga DALVA (Carol Portes), dona de um brechó. Envolve-se com Ítalo quando o conhece
a recepcionista na clínica onde trabalha ROSE (Suzie Thompson).

– núcleo de JONATHAN (Guilherme Weber), pesquisador-chefe da SG. É o responsável pela descoberta da fórmula de magnésio e grande parceiro de Clarice, sua chefe e ex-mulher. Com a morte da empresária, Jonathan também teme pela própria vida e desaparece por um tempo. É alvo de Leonardo e Danilo, que estão em busca da pasta com a fórmula secreta. E de Pat, Moa e Ítalo, que, após sua fuga, desconfiam que ele possa ter algum envolvimento com a morte da empresária. Jonathan foi, é e sempre será apaixonado por Clarice. Ao conhecer Anita, fica impactado pela semelhança dela com a sua amada:
a assistente MARGARETH (Ariane Souza), pesquisadora
a secretária LUANA (Gabriela Loran).

– núcleo de REGINA (Mel Lisboa), assessora de Clarice, é alpinista social e manipuladora. Amante de Leonardo, sonha que ele assuma a relação dos dois. Ajuda-o na tentativa de assumir a presidência da siderúrgica após a morte de Clarice. Tem uma origem humilde que despreza. Quase não visita a mãe e vê na relação com Leonardo a possibilidade de ter a vida que pensa que merece:
a mãe DAGMAR (Guida Vianna), mulher simples, vive em Guaratiba, em uma casa humilde, e se ressente da filha ter vergonha de suas origens. Mesmo assim, ajuda Regina em situações que a comprometeriam e guarda seus segredos
os primos: SAMUEL (Alejandro Claveaux, participação), pescador, era apaixonado por Clarice. Visto discutindo com ela na noite de sua morte, torna-se suspeito para a polícia,
e ÂNGELO (João Campos, participação), irmão mais velho de Samuel, pescador como ele. Tem uma relação servil com Regina.

– núcleo de RICO (André Luiz Frambach), de família abastada, ex-atleta e campeão de surfe. Começa a trabalhar como dublê depois de conhecer Pat e Moa. Enfrenta a resistência dos pais pelo sonho de virar dublê profissional. Torna-se sócio de Moa, Pat e Ítalo na Coragem.com. A princípio, não se prende a nenhuma relação, só curtindo a vida sem responsabilidades reais, até se apaixonar verdadeiramente:
os pais: GUSTAVO (Marcelo Valle), herdeiro de empresas e negócios, é um grande anfitrião e dá festas disputadas pela sociedade carioca. Costuma receber Danilo e Rebeca em suas festas,
e TECA (Raquel Rocha), artista plástica de sucesso, sempre ao lado do marido.

– núcleo de DUARTE (Kiko Mascarenhas), faxineiro e faz-tudo em uma companhia de dança. Finge ser o rico americano BOB WRIGHT para se infiltrar nas festas da alta roda. Para não ter sua identidade revelada para os amigos ricaços Gustavo e Teca, aceita virar ‘laranja’ de Danilo, que descobriu o seu segredo:
a melhor amiga e confidente JÉSSICA (Jeniffer Nascimento), a única que conhece o seu segredo. Trabalha em uma loja de aluguel de carros para casamentos e finge ser motorista particular de Bob Wright como forma de ganhar um extra
o tio de Jéssica, ROBSON (Zecarlos Moreno), dono da agência de aluguel de carros onde ela trabalha.

– núcleo de OLÍVIA (Paula Braun), ex-bailarina, dona da Companhia de Dança Vertical (onde Duarte trabalha). Vive há anos um relacionamento às escondidas com Joca. A situação desgasta a relação com a filha, que não se dá bem com o pai exatamente por ele escondê-las. Olívia, no entanto, ainda é muito ligada a Joca:
a filha LOU (Vitória Bohn), exímia e talentosa bailarina de dança vertical. Meia-irmã de Pat, se aproxima dela sem revelar sua identidade, tornando-se sua amiga. Não se conforma com a situação e sente-se preterida por nunca ter sido reconhecida publicamente como filha. Está presa a um relacionamento abusivo com o namorado, mas se interessa por Rico, com quem viverá uma história de amor
o coreógrafo RENAN (Bruno Fagundes), vaidoso e perfeccionista, exige muito nos ensaios. Explosivo, mantém um relacionamento abusivo com Lou e costuma protagonizar cenas constrangedoras por causa do ciúme doentio
os bailarinos: ÍSIS (Mika Makino), almeja ser solista na companhia de dança, posto ocupado por Lou. É apaixonada por Renan e torce para o fim do namoro entre ele e Lou,
LUCAS (Igor Fernandez), interessa-se por Anita quando a conhece,
MÁRCIA (Alana Ferri), doce e atenciosa com os amigos. Envolve-se com Rico, apesar dele demonstrar interesse por Lou,
e ENZO (Pablo Sanábio), amigo de longa data de Olívia. Volta ao Rio após anos fora e passa a dar aulas na companhia de dança
a dona da cantina CLEIDE (Amanda Mirasci).

– núcleo de ANDRÉA PRATINI (Maria Eduarda de Carvalho), atriz famosa e diva, é conhecida por dispensar dublês nas cenas de ação. Encanta-se pela simplicidade de Moa, com quem se envolve, mas tenta manter o romance longe dos holofotes. Era amiga de Clarice e guarda segredos do passado da empresária:
o melhor amigo HUGO SÁ (Rafael Theophilo), ator conhecido com quem costuma formar par romântico na ficção. Mostra-se garanhão para os fãs e imprensa, mas é o oposto na intimidade. Gay não assumido, mantém-se “no armário” em nome da sua bem-sucedida carreira de galã. Vai envolver-se e apaixonar-se por Enzo, que o ajuda em sua aceitação.

– núcleo da Êxito Dublês, agência onde trabalhavam Moa e Pat no início:
o dono ARMANDINHO (Rodrigo Fagundes), um tipo carismático e malandro. Mantém uma rixa pessoal com Moa e Pat, seus ex-funcionários, quando estes se tornam seus rivais disputando o mercado de dublês com a Coragem.com. Primo de Jonathan, tem três ex-mulheres: Cleide, Dalva e Margareth, com quem tem atritos e recaídas ao longo da trama
o dublê KAKÁ BEZERRA (Kaysar Dadour) , empolgado e destemido, mantém uma rivalidade com Moa no trabalho
o assistente BATATA (Diogo Savala), seu braço-direito na agência.

– núcleo da delegacia que investiga a morte de Clarice:
a delegada MARCELA (Júlia Lund), justa e determinada, reabre as investigações da morte de Clarice ao assumir a delegacia
os investigadores: PAULO (Fernando Caruso), ex-namorado de Marcela, precisa lidar com as ordens da chefe, o que causa atritos entre os dois,
e JARBAS (Sérgio Kauffmann), informante de Ítalo na delegacia e confidente de Paulo para assuntos sentimentais.

Pouca repercussão

A autora Cláudia Souto assim conceituou sua obra: “O universo da novela é o dos dublês, mas a temática é a da coragem em todos os campos das nossas vidas. Desde a micro coragem, como romper uma relação na sua vida particular, a coragem para mudar de emprego; até a macro coragem que é fazer do risco a sua profissão, no caso dos dublês.”

A diretora artística Natália Grimberg complementou: “É uma comédia romântica de ação. Assim como o dublê é a outra face do ator, os personagens da história também têm dois lados.”

Vendida então como uma “novela de ação”, apesar da produção de qualidade e do elenco unido, que vendia entrosamento nas redes sociais, Cara e Coragem não cativou grande audiência, tampouco gerou repercussão ou engajamento.

Entre os motivos para tal, estava a emaranhada trama policial, inchada de personagens pouco carismáticos e um tanto confusa em alguns momentos. Soma-se tudo isso à falta de química entre Paolla Oliveira e Marcelo Serrado (como Pat e Moa, o casal central), nenhuma grande interpretação do elenco, e o texto que, na tentativa de engajar, cativar ou emocionar, derrapou na pieguice – como na trama do casal gay Hugo e Enzo (Rafael Teophilo e Pablo Sanábio) e nas tentativas de merchandising social.

Cara e Coragem dispunha de todo o aparato técnico necessário, bem explorado até, porém, lhe faltou profundidade em personagens e abordagens. Kiko Mascarenhas e Jeniffer Nascimento (como a dupla Duarte e Jéssica) foram os únicos do elenco que se destacaram em meio a tantas atuações burocráticas.

A média final no Ibope da Grande São Paulo foi de 21 pontos, tal qual a registrada pela trama anterior, Quanto Mais Vida, Melhor!, mas sem a mesma repercussão. Ambas muito longe dos 26 pontos a que chegou Salve-se Quem Puder (2020-2021), que apostou fortemente no pastelão e no escapismo – talvez o que o público tenha sentido falta em Cara e Coragem.

Exibição

Com Cara e Coragem, a TV Globo retomou o esquema de produção padrão de antes da pandemia de Covid-19, com a novela sendo escrita enquanto era gravada, com uma frente de capítulos na qual podia-se alterar o rumo da história de acordo com a preferência do público. As novelas produzidas e levadas ao ar durante a pandemia precisavam ser gravadas com muita antecedência, o que impossibilitava a alteração de roteiros de acordo com a temperatura da audiência.

Como forma de promover a novela, a TV Globo criou – excepcionalmente – a Sessão Cara e Coragem, para exibir – em 25/05/2022, na quarta-feira antes da estreia – o filme Missão Impossível, Efeito Fallout (de 2018), servindo de ligação com o tema abordado na novela, o de cenas de ação com dublês.

Cara e Coragem estreou em dobro, já que, pela primeira vez na Globo, além de ser exibida em sua faixa original (às 19 horas), o capítulo do dia foi reexibido de madrugada, após o programa Conversa com Bial, de segunda a sexta-feira, e, aos sábados, após a faixa de filmes Supercine.

Cara e Coragem teria, inicialmente, 149 capítulos, que foram esticados para 197, o que resultou em uma quantidade alta para a faixa, tornando-a a mais longa novela das sete desde Ti-ti-ti, em 2010-2011, com 209 capítulos. A ampliação foi uma medida da Globo para evitar que a trama posterior no horário, Vai na Fé, fosse lançada entre a Copa do Mundo do Catar (de novembro a dezembro de 2022) e o período de final do ano, em que a audiência geralmente diminui.

Dublês

Sobre a parte técnica em termos de efeitos e tecnologia, a diretora Natália Grimberg comentou:
“Historicamente, nós gravamos com dublês e, em qualquer novela, escondemos esses profissionais. Aqui, eu tenho que mostrar, o que já me obriga a fazer uma decupagem diferente. (…) Temos muitas cenas que foram feitas pelos próprios atores. Teremos um diferencial na edição, porque vamos vê-los de fato fazendo as sequências, além de contarmos com a computação gráfica e com a pós-produção para ‘apagar’ os cabos de segurança, por exemplo. As sequências de ação dos primeiros capítulos foram estudadas por meses até chegarmos na melhor forma de execução.”

Para destacar os trabalhos dos dublês reais que executavam cenas arriscadas na novela, uma infinidade de perucas, figurinos, sapatos e assessórios compuseram o vasto acervo à disposição da figurinista Tereza Nabuco, da caracterizadora Dayse Teixeira e do conceituador Brenno Melo.

No caso de Paolla Oliveira, os trabalhos ficaram por conta da dublê Roberta Felipe, enquanto Max Gabriel floi o dublê de ação de Marcelo Serrado. Eles utilizaram exatamente os mesmos figurinos e perucas que os intérpretes de Pat e Moa. Já os dublês reais de Rico (André Luiz Frambach) e de Ítalo (Paulo Lessa) foram representados pelos profissionais Pedro Henrique Tostes e Alexandre Roque, respectivamente.

Yellowface

Os apresentadores Ana Clara Lima e Bruno De Luca gravaram uma sequência para a novela em que apareceriam sendo interpretados pelos dublês Pat e Moa em cenas de ação de um comercial fictício inspirado na cultura chinesa.

Ao ser anunciada pela Globo em seus perfis na Internet, a sequência recebeu críticas de telespectadores sob acusação de yellowface, prática em que artistas brancos são postos a reproduzirem aspectos de pessoas de etnia asiática ou oriental. As cenas da gravação do comercial, que iriam ao ar em dois capítulos, acabaram não indo ao ar.

Figurinos e caracterizações

A figurinista Tereza Nabuco aproveitou a referência de dualidade na história para levar para os figurinos a mesma ideia de ‘pessoa comum x herói’ para compor, principalmente, o estilo dos dublês Pat e Moa.
“Tenho tentado marcar os personagens com características fortes: tecidos tecnológicos, acessórios mais gráficos e roupas mais recortadas quando estão em ação, no trabalho de dublê, e à paisana, no dia a dia, são pessoas comuns, pode ser qualquer um de nós, então prevalece um estilo mais casual”, comparou.

Para as sósias Clarice e Anita, vividas por Taís Araújo, a composição diferiu em várias características, principalmente nos cabelos e figurino.
“Enquanto Clarice é chique e minimalista, Anita é antenada nas tendências, moderna e abusa de laces, que são versões contemporâneas das perucas confeccionadas em telas específicas e que imitam com perfeição o couro cabeludo”, explicaram a caracterizadora Dayse Teixeira e o conceituador Brenno Melo.
Os irmãos Clarice e Leonardo Gusmão (Ícaro Silva) usavam peças modernas com cortes impecáveis. As lentes de contato na tonalidade castanho claro complementaram a caracterização estilosa dos personagens.

Com Duarte e Bob Wright, personagens de Kiko Mascarenhas, o figurino e caracterização também foram elementos-chave para marcar bem os universos de cada um, que eram completamente diferentes um do outro:
“Duarte, um pobretão, cria essa figura de um rico empresário para frequentar festas badaladas e viver por alguns momentos a vida que gostaria de ter”, explicou a autora Cláudia Souto.

A produtora de arte Danielle Oliveira ressaltou detalhes sobre a pasta que carregava a disputada fórmula de magnésio da trama.
“Fizemos três pastas idênticas para serem usadas ao longo da novela. Usamos um material que imita o policarbonato de carbono. É bem resistente, porém não é rígida. Desta forma entendemos que seria possível preservar os papeis e o rastreador em seu interior já que a pasta passará por várias mãos, grandes quedas, e lugares inóspitos”, contou.

Cenografia e locações

Parte da ilha de Paquetá, localizada na Baía de Guanabara, um dos cenário da novela, foi reproduzida na cidade cenográfica nos Estúdios Globo, especialmente os cenários da padaria e da fachada da casa de Milton (Anselmo Vasconcellos).

Já a representação do bairro do Humaitá, na Zona Sul do Rio, teve como um dos maiores cenários na cidade cenográfica a empresa Coragem.Com. Eram dois andares e uma quadra poliesportiva anexa que servia como base para treinamentos e aulas de parkour.
Outro destaque foi a Companhia de Dança Vertical, cuja fachada contava com uma parede de 12 metros de altura e 9 metros de largura e foi projetada para as apresentações e treinos dos bailarinos, que praticavam a dança ao ar livre.
“Buscamos a inspiração em companhias reais de dança aérea e que nos deram consultoria para adequar para a ficção os elementos e características focadas neste segmento de dança”, detalharam os cenógrafos May Martins e Claudiney Barino.

Apesar de a história não ter sido ambientada em Minas Gerais, o primeiro capítulo teve cenas gravadas no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, na região norte do estado. Também na Gruta da Lapinha, dentro do Parque Nacional do Sumidouro, Cachoeira do Tabuleiro, Ponte do Pinguela, Serra do Cipó e na Lapinha da Serra.

Abertura

Assim como a trama, o mote da abertura era ação e aventura, como descreveu o gerente de criação Christiano Calvet: “Quisemos mostrar um set de filme de ação, com parkour, helicóptero, giro-car, tudo o que vai ser exibido na novela, de uma forma bem divertida, como pede o horário das sete, com animação, em vez de pessoas reais.”

A abertura foi criada em dois meses e meio e foram feitos seis roteiros até chegar à versão final. A mão humana que aparecia segurando a claquete ao final era da produtora Fernanda Deway. Na claquete, além do logotipo da novela, havia menções à diretora artística Natalia Grimberg (DIR NG) e à autora Cláudia Souto (TXT CS). (Gshow)

A MÚSICA MAIS TRISTE DO ANO – Gloria Groove e Ludmilla
ASAS – Luedji Luna
BABY 95 – Liniker
BEGGIN – Madcon
CABELO DE ANJO – Melim e Lulu Santos
CHEGA MAIS – Céu
CIRANDA – Heavy Baile
CORAGEM – Diogo Nogueira
DIG – Collective Soul
ESSA MENINA – Palito e Seu Jorge
FÃ CLUBE – Marília Mendonça e Maiara & Maraisa
HARDEST CUT – Spoon
KEEP MOVING – Jungle
LENÇÓIS – Alcione
MANIAC – Gloria Groove
MARATHON – Jamie N Commons
MEU SANGUE FERVE POR VOCÊ – Leo Quintella
MUDEI – Kell Smith
OH MY BABY, LET’S DIE TOGETHER – Jade Beraldo
POCHETE – Lamparina
SALTEI DE BANDA – Elza Soares
SKA – Paralamas do Sucesso (tema de abertura)
TOTALMENTE SEU – Marisa Monte

Tema de abertura: SKA – Paralamas do Sucesso

A vida não é filme, você não entendeu
Ninguém foi ao seu quarto quando escureceu
Sabendo o que passava no seu coração
Se o que você fazia era certo ou não

E a mocinha se perdeu olhando o sol se pôr
Que final romântico, morrer de amor
Relembrando na janela tudo que viveu
Fingindo não ver os erros que cometeu

E assim
Tanto faz
Se o herói não aparecer, e daí?
Nada mais

A vida não é filme, você não entendeu
De todos os seus sonhos não restou nenhum
Ninguém foi ao seu quarto quando escureceu
E só você não viu, não era filme algum

E a mocinha se perdeu olhando o sol se pôr
Que final romântico, morrer de amor
Relembrando na janela tudo que viveu
Fingindo não ver os erros que cometeu

E assim
Tanto faz
Se o herói não aparecer, e daí?
Nada mais…