Sinopse

Fábio (Fábio Enriquez), autor e diretor de teatro, decide convocar, por meio da Internet, jovens para um teste de elenco. No dia da audição, ele se surpreende com a quantidade de pessoas na porta do teatro.

São jovens de diferentes cantos do Brasil, mas com um mesmo sonho: viver da arte. Idealista e nada prático, Fábio conta com a ajuda de sua racional produtora, Elisa (Elisa Pinheiro), amiga e ex-namorada, para ajudá-lo a tomar decisões e organizar suas ideias.

Globo – 23h
de 4 de novembro a 16 de dezembro de 2010
7 capítulos

escrito por Guel Arraes, João Falcão e Jorge Furtado
baseado na peça homônima de João Falcão
colaboração de Adriana Falcão
redação final de João Falcão
direção de Flávia Lacerda
direção geral de João Falcão
núcleo Guel Arraes

FÁBIO ENRIQUEZ – Fábio
ELISA PINHEIRO – Elisa
ADELAIDE DE CASTRO – Adelaide
ALEJANDRO CLAVEAUX – Alejandro
CHANDELLY BRAZ – Chandelly
BRUNO HEITOR – Edmilson
DEBORAH WOOD – Deborah
EDUARDO LANDIM – Eduardo
EMILIANO D´AVILA – Emiliano, o Pedro Bala
GISELLE BATISTA – Giselle
MICHELLE BATISTA – Michelle
HUGO LEÃO – Hugo
JÚNIOR VIEIRA – Júnior
LUANA MARTAU – Luana
MARCELA COELHO – Marcela
NANDA COSTA – Nanda
PEDRO GRACINDO – Pedro
RENATA GUIDA – Renata
SUZANA CASTELO – Estela
ADREN ALVES
ANA LUIZA FERMEZA
FELIPE SANTANA
FERNANDA ELISA VIEIRA
ISABELLA LUZ
JEFFERSON SCHROEDER
LAILA GARIN
LILIAN DIETZE
MARISA PAIVA
ZÉ WENDELL
DAI FIORATTI

e
FÁBIO ASSUNÇÃO – ator que esbarra em Adelaide durante uma gravação de rua
DENNIS CARVALHO

Realidade e ficção

A proposta de Clandestinos – O Sonho Começou era aproximar a realidade da ficção, a começar pelos atores – desconhecidos do grande público – e seus personagens. Fábio Enriquez era Fábio. Elisa Pinheiro era Elisa. Eduardo Landim era Eduardo, etc. Ou seja, os personagens tinham os mesmos nomes de seus intérpretes, o que deixava a dúvida se eram personagens reais ou fictícios.

Baseada na peça de João Falcão, a série contou histórias de jovens dos quatro cantos do Brasil que sonhavam com o estrelato. Ela surgiu a partir de experiências próprias de atores anônimos e suas lutas para conseguirem um lugar ao sol na profissão.
“Eu queria pessoas que estivessem representando algo que eles estariam vivendo de verdade”, explicou João Flacão.

Seleção do elenco

No dia 26/05/2008, mais de 3 mil candidatos fizeram fila na frente do Hotel Glória, no Rio de Janeiro, para se inscrever nas oficinas gratuitas de dramaturgia ministradas pelo diretor João Falcão. O objetivo principal era escalar e preparar o elenco da peça “Clandestinos”. Jovens de todo Brasil acamparam – literalmente – na calçada do hotel. Personagens de universos tão diferentes tinham fortes pontos em comum: todos nasceram nos anos 1980, acreditavam no seu talento e alimentavam o mesmo sonho de viver da sua arte.

A partir dos dados contidos nas fichas de inscrição, foram escolhidos 400 candidatos para audições individuais com João Falcão. Durante a seleção, cada candidato foi entrevistado e teve um minuto e meio para demonstrar sua capacidade de interpretação.

Desta primeira etapa, 30 artistas passaram para as oficinas. Após um mês de aulas, a lista com os 14 atores escolhidos para o elenco da montagem foi divulgada e, a partir daí, começaram os ensaios. No dia 30/10/2008, finalmente estreou “Clandestinos” – primeiro espetáculo da Companhia Instável de Teatro. Com texto e direção de João Falcão, a peça apresentava um painel poético e bem humorado das histórias vivenciadas durante todo o processo.

Dois anos após ser idealizada, a história chegou à televisão na série Clandestinos, o Sonho Começou, baseada na peça.

Sem roteiro

Feito sem um roteiro pré-estabelecido, João Falcão decidiu compor o enredo do programa a partir dos atores:
“Foi na hora dos testes que vi que o tema de Clandestinos estava ali, na minha frente”, contou João, que apostou em anônimos.

Para a diretora Flávia Lacerda, o elenco desconhecido deu um toque especial à produção e foi um dos motivo para ela existir:
“Se eles fossem conhecidos, não teria sentido. Acho que a graça está aí.”

Produção de arte, cenografia e figurinos

O realismo e o lúdico, estilos aparentemente opostos, marcaram a linguagem estética de Clandestinos. A cenógrafa Márcia Inoue preferiu ousar, lançando mão de uma visão nada convencional para representar o encontro da realidade com a ficção vivido pelos personagens da série.

Tanto efeitos realistas – como a recriação do palco do Teatro Glória – quanto especiais – maquetes e cenários virtuais em 3D – serviram para contar as histórias dos 15 novatos atores. Cada um deles teve seus sonhos representados de maneira única, ora a partir de trabalhos manuais, ora com tecnologia de ponta. Assim, o olhar do diretor da peça sobre as sagas dos personagens foi traduzido de modo poético e divertido. Cada história foi representada de maneira única, como, por exemplo, a do personagem Pedro, que era de papel, e a de Renata, que era um desenho.

O figurinista Antonio Medeiros e a caracterizadora Mary Help resolveram vestir os atores com elementos da moda usada em grandes metrópoles do mundo, como Amsterdam, Londres e Paris. Além do figurino cosmopolita da série, o desafio também incluiu a caracterização de alguns atores em diferentes idades de seus personagens. Foi o caso de Fábio, que teve flashbacks de épocas distintas de sua vida, como a adolescência em Brasília e, mais tarde, na faculdade de teatro.

Beijo gay censurado

A Globo cortou um beijo entre dois homens em uma cena que iria ao ar no episódio de 09/12/2010. O ator Hugo (Hugo Leão) aparecia para fazer teste para o elenco da peça de teatro. Ele e Fábio (Fábio Henriquez, o diretor) já se conheciam, foram amigos no colégio, onde deram os primeiros passos no teatro amador. Os dois acabaram se separando e ficaram anos sem ver. Ao reconhecer Hugo, Fábio subiu ao palco para abraçá-lo.

Porém, o cumprimento dos dois era com um beijo na boca. A Globo, no entanto, cortou a cena a partir do momento em que Fábio e Hugo se aproximavam, aparentemente para um abraço. A sequência da história, no entanto, deixou no ar que aconteceu mais do que um abraço.

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