Sinopse

Idade Média. Na região de Cália, os reinos de Montemor e Artena vivem em paz há muito tempo. Até que algumas escolhas de seus monarcas e suas consequências interferem diretamente no curso da história. Afonso (Rômulo Estrela), príncipe herdeiro de Montemor, é honrado, justo e, desde criança, foi preparado para, um dia, assumir o trono. Exatamente o oposto de seu irmão caçula, o irresponsável e inconsequente Rodolfo (Johnny Massaro), que só pensa em aproveitar as mordomias de sua vida de príncipe. Os dois são netos da Rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho), que está doente e percebe a urgência de nominar um sucessor para seu reino, que naturalmente seria Afonso, o mais velho.

Artena, o reino vizinho, é governado pelo Rei Augusto (Marco Nanini), um homem sábio e benevolente, que tem em sua filha, a Princesa Catarina (Bruna Marquezine), sua sucessora. Mas ela, ao contrário do pai, tem planos ambiciosos para seu reino, e não medirá esforços para conquistar seus objetivos. Com esperança de que um dia as atitudes da filha mudem, Augusto procura um pretendente que consiga frear as rédeas de sua ambição. E encontra em Istvan, o Marquês de Córdona (Vinicius Calderoni), o homem ideal. Contra a vontade da filha, ele programa seu noivado. Até a chegada de Constantino, o ardiloso Duque de Vicenza, em quem Catarina encontra um forte aliado.

Montemor é um reino rico em minério de ferro, mas falta algo essencial para sua subsistência: água. Artena, por outro lado, tem este recurso em abundância. Um acordo de muitos anos entre os dois reinos garante que o minério produzido em Montemor seja fornecido a Artena em troca de sua água. A morte de Crisélia abala a paz até então mantida entre os dois reinos. Afonso logo será coroado, mas o amor pela plebeia Amália (Marina Ruy Barbosa), de Artena, o faz abdicar do trono, entregando o posto a seu despreparado irmão, o que estremece ainda mais as relações com o reino vizinho. Neste momento, Catarina tem a oportunidade de colocar em prática seus planos expansionistas.

Globo – 19h
de 9 de janeiro a 30 de julho de 2018
174 capítulos

novela de Daniel Adjafre
escrita por Daniel Adjafre, Cláudia Gomes e Sérgio Marques
colaboração de Péricles Barros, Angélica Lopes, Dino Cantelli e Cristina Biscaia
supervisão de texto de Ricardo Linhares
direção de João Bolshauser, Oscar Francisco, Pedro Brenelli e Bernardo Sá
direção geral de Luciano Sabino
direção artística de Fabrício Mamberti

Novela anterior no horário
Pega Pega

Novela posterior
O Tempo Não Para

RÔMULO ESTRELA – Afonso de Monferrato, Rei de Montemor
MARINA RUY BARBOSA – Amália Giordano
BRUNA MARQUEZINE – Catarina de Lurton, Princesa de Artena
JOHNNY MASSARO – Rodolfo de Monferrato, Príncipe de Montemor
TATÁ WERNECK – Lucrécia de Vilarosso, Princesa de Alcaluz
MARINA MOSCHEN – Selena
MARCO NANINI – Augusto de Lurton, Rei de Artena
ALEXANDRE BORGES – Otávio de Cáseres, Rei da Lastrilha
RICARDO PEREIRA – Virgílio
FERNANDA NOBRE – Diana
BIA ARANTES – Brice
CAIO BLAT – Cássio
DANTON MELLO – Gregório
DÉBORA OLIVIERI – Constância
GIULIO LOPES – Martinho
VINÍCIUS REDD – Tiago
GIOVANNI DI LORENZO – Ulisses
JOÃO VITHOR OLIVEIRA – Saulo
LEANDRO DANIEL – Petrônio
DANIEL WARREN – Orlando
MARCELO AIROLDI – Romero
DAYSE POZATO – Betânia
MEL MAIA – Agnes
TOBIAS CARRIERES – Levi
JÚLIO MACHADO – Aires
MARCOS OLIVEIRA – Heráclito, Conde de Alcaluz
RAFAEL PRIMOT – Osiel
MONIQUE ALFRADIQUE – Glória
BETTY GOFMAN – Naná (Nalanda)
ISADORA FERRITE – Brumela
PASCHOAL DA CONCEIÇÃO – Lupércio
ARAMIS TRINDADE – Olegário
CRISTIANA POMPEO – Matilda
ROSA MARYA COLIN – Mandingueira
CAROLINA FERMAN – Lucíola
JÚLIA GUERRA – Latrine

e
ADRIANA BELLONGA – Domingas (moradora de Montemor)
ALDO PERROTA – soldado do Rei Augusto que come na barraca de Amália junto com Tirso
ALEXANDRE DACOSTA – professor de Geografia de Rodolfo
ALEXANDRE MOFATI – Rei de Teravila (se associa a Otávio para tomar Montemor)
ÁLVARO DINIZ – homem pago por Petrônio e Orlando para pedir conselhos a Rodolfo, quando ele vai à rua oferecer conselhos de graça
ANA PAULA BOTELHO – Muriel (moradora de Montemor)
ANDRÉA DANTAS – Dionísia (aia da Rainha Margot, de Alcaluz)
ANDRÉA MATTAR – mãe de Tácitus
ANDRÉ DALE – leva uma mensagem de Constantino a Augusto
ANDRÉ SEGATTI – Henri
ANDRÉ MORENO – membro da academia militar de Montemor
ANNE BERG – Lurdes (moradora de Montemor)
ANSELMO FERNANDES – Baltazar (oráculo de Montemor)
ANTÔNIO ALVES – patriarca da fé que realiza o casamento de Afonso e Amália
ANTÔNIO BARBOZA – Simão (morador de Montemor)
ANTÔNIO CARLOS FEIO – Barão de Pizal (primeiro plebeu que compra um título de nobreza vendido por Rodolfo)
ARNALDO MARQUES – Heitor, Rei de Alfambres (marido da Rainha Gertrudes, de visita a Montemor)
ARTHUR SALLES – Ícarus (guarda-costas que Rodolfo providencia para Lucrécia)
BETO VANDESTEEN – Nuno de Alpergata, Conde de Brunis (apresentado a Catarina por Lucrécia durante uma recepção)
BIA SION – Rainha da Lúngria (mãe da Princesa Beatriz, firma com Afonso o casamento dele com sua filha)
BIJÚ MARTINS – Isaías (um dos presos que concorre à liberdade no “Dia do Perdão”)
BRUNA ALTIERI – Valentina, Princesa de Teravila (participa do chá das rainhas em Montemor)
CACO CIOCLER – Hermes de Artanza (compatriota de Constantino, seu inimigo)
CAMILLE LEITE GUIMARÃES – Geórgia (moradora de Montemor)
CAMILO BEVILÁCQUIA – caçador que encontra Amália e Afonso na floresta e depois os trai entregando seu paradeiro a Rodolfo
CAROLINA PISMEL – garçonete da taverna onde Rodolfo e sua trupe param para comer quando ele está no exílio
CÁSSIO PANDOLPH – líder religioso que conversa com Rodolfo quando ele quer nomear um novo patriarca da fé
CÁSSIO SCAPIN – Héber (no cárcere, mantem Augusto informado sobre Catarina)
CELSO FRATESCHI – juiz do Conselho Superior da Cália, condena Catarina no final
CHICO MELO – um dos carroceiros que discutem por espaço na rua, exigindo uma decisão de Rodolfo
CIRILO LUNA – Salésio (jardineiro do convento por quem Lucrécia se sente atraída)
CLARISSE FREIRE – mendiga de Brunis que confirma a Amália que Catarina esteve com o Inquisidor
CLÁUDIO CAPARICA – patriarca da fé na Lastrilha
CLÁUDIO GARCIA – Hélvio (mestre de obras da mina de ferro de Montemor, envolve-se com Matilda)
CRIS MAYRINK – Rainha de Teravila (participa do chá das rainhas em Montemor)
CRISTINA MUTARELLI – Margot Cantelli de Vilarosso, Rainha de Alcaluz (tia de Lucrécia com quem Rodolfo quer se casar)
EDUARDO MELLO – Afonso (adolescente)
FABRÍCIO VICTORINO – Pedro (um dos rebeldes que ajudam Afonso na fracassada invasão do castelo, devido a traição de Eloi)
FERNANDO TOLEDO – membro da academia militar de Montemor
FIFO BENICASA – Tirso (soldado do Rei Augusto que assedia Amália)
FILIPE VIEIRA – soldado do exército de Montemor
FLORA DIEGUES – Heloísa de Cáseres, Rainha da Lastrilha (falecida mulher do Rei Augusto, mãe de Selena)
GABRIEL PALHARES – Tácitus (uma das crianças endiabradas no palácio quando Rodolfo abre as portas para os filhos dos súditos)
GLICÉRIO ROSÁRIO – Elói (traidor de Cássio, alia-se a Virgílio)
ILYA SÃO PAULO – Elias (marido de Samara, pai de Levi, prisioneiro que morre na masmorra, nos braços de Afonso)
ISABELLA DIONÍSIO – princesa que participa do chá das rainhas em Montemor
ÍSIS PESSINO – Ísis (moradora de Montemor, acusa Amália de bruxaria e inflama o povo contra ela)
ÍTALO VILLANI – assalta Gregório na floresta
JACK BERRAQUERO – Valentim (morador de Montemor)
JAEDSON BAHIA – Delano (soldado de confiança de Cássio)
JAIME LEIBOVITCH – líder camponês que divide a água com a aldeia rival após mediação feita por Afonso
JAVERT MONTEIRO – Lutero
JOANA BORGES – Tila (plebeia assediada por Rodolfo)
JOÃO CUNHA – mendigo que disputa esmolas com Lucrécia na rua
JOSÉ FIDALGO – Constantino de Artanza, Duque de Vicenza (comparsa de Catarina contra Montemor)
JOSÉ KARINI – pai adotivo de Catarina, a vende para Demétrio e mente para Brice dizendo que a menina morreu
JÚLIO LEVY – homem que dá informações sobre Agnes ser uma bruxa, quando Saulo vai até a cidade onde ela morava
KIKO NUNES – mineiro que avisa Rodolfo que os homens soterrados na mina estão vivos
LEONARDO JOSÉ – médico que atende Istvan, lhe avia uma receita mas Catarina não a usa na esperança de sua morte
LIÉSER TOUMA – Timóteo (guarda de Montemor)
LUIZ MAGNELLI – um dos arautos de Montemor
MAGDA RESENDE – mulher do povo de Montemor
MARCELO CARIDADE – Rei de Castelotes (monarca que implica com Amália durante o encontro de reis em Montemor)
MARCELO GONÇALVES – Capitão Pizarro (líder de um grupo de mercenários, contratado por Rodolfo para tomar Montemor)
MARCELO MÜLLER – Julião (marido de Belisa, morador de Montemor)
MÁRCIA MANFREDINI – Rebeca (aia da Rainha Crisélia)
MARCO AMARAL CORRÊA – mineiro resgatado na mina que desabou, foi carregado nos braços por Rodolfo
MARCOS HOLLANDA – morador de Montemor durante o aviso da nova lei da identificação nas carroças
MARCUS DIOLI – médico que atende o Rei Augusto no castelo de Otávio
MARIAH ROCHA – Camila (freira no convento para onde Lucrécia e Mirtes foram)
MARIA MANOELLA – Mirtes (sobrinha do Rei Augusto, prima de Catarina, vai parar em um convento)
MÁRIO HERMETO – cliente que maltrata o ferreiro Josafá/Oséias, contido por Afonso
NARUNA COSTA – Samara (mulher de Elias, mãe de Levi, morre durante a guerra de Artena e Montemor)
NILVAN SANTOS – Manoel (ferreiro que dá emprego a Afonso depois da guerra que destrói Artena)
NOEMI GERBELLI – Madre Benedita (superiora do convento para onde Lucrécia e Mirtes foram)
PAULA FERNANDES – Beatriz, Princesa da Lúngria (sua mãe, a rainha, firma um acordo de casamento com Afonso)
PAULO CARVALHO – médico que cuida do Rei Augusto depois que ele é atingido por uma flecha no palco
PIETRO MÁRIO – patriarca da fé em Montemor
PRISCILA CASTELO BRANCO – Teodora (cozinheira de Montemor, envolve-se com Ulisses)
RAFAEL CIANNI – neto de Plínio, pegou a filha de Brice em uma árvore e a levou para o convento
RAFA VACHAUD – Eustáquio (aluno da academia militar)
RAGI ABIB – um dos carroceiros de Montemor que discutem por espaço na rua
RAMON GONÇALVES – guarda da Torre de Zélia, pago por Catarina para não falar nada sobre o Rei Augusto
REGINA GUTTMAN – feirante que não tem dinheiro para pagar uma nova taxa e é defendida por Amália
RENATA DOMINGUEZ – Belisa (mulher de Julião, plebeia que trai o marido com Rodolfo)
RICARDO BLAT – Isandro (da trupe de teatro que convence o Rei Augusto a atuar)
RICANDO CONTI – Ítalo (lutador contratado por Orlando e Petrônio para o embate com Rodolfo, foge com o dinheiro)
RICARDO LYRA JR. – Hugo (morador de Montemor)
RICARDO MONASTERO – Pietro (professor de harpa de Lucrécia, tem um caso com Heráclito)
RITA ELMOR – Larissa (da trupe de teatro que convence o Rei Augusto a atuar)
RODRIGO MADUREIRA – membro da academia militar de Montemor
RODRIGO MATHIAS – rapaz de quem Brice suga a juventude com um beijo na floresta
RODRIGO RANGEL – comandante da pedreira para onde são mandados os condenados de Montemor
ROGÉRIO BRITO – Emídio (tio de Levi que tenta vendê-lo para um explorador de crianças)
ROSAMARIA MURTINHO – Crisélia de Monferrato, Rainha de Montemor (avó de Afonso e Rodolfo, morre no início)
ROSE ABDALAH – mãe adotiva de Catarina, a vende para Demétrio e mente para Brice dizendo que a menina morreu
SAULO ARCOVERDE – um dos arautos de Montemor
SÉRGIO STERN – engenheiro que conversa com Afonso sobre a possibilidade da construção de um novo aqueduto
SILVIO MATTOS – patriarca da fé que realiza o casamento de Rodolfo e Margot
SIMON PETRACCHI – Mesaque (camponês que marcha com Afonso e Amália em direção a Montemor, liderando seu povoado)
STELLA MIRANDA – Gertrudes, Rainha de Alfambres (mulher do Rei Heitor, despreza Amália durante uma visita a Montemor)
STÊNIO GARCIA – Dom Bartolomeu (inquisidor da Cália que chega a Montemor para investigar suspeitas de bruxaria)
VERA MARIA MONTEIRO – mulher que agradece Rodolfo por seu “heroísmo” salvando os mineiros
VINÍCIUS CALDERONI – Istvan Labarca, Marquês de Córdona (pretendente de Catarina)
TAI RAVELI
TAIRONE VALE – Samuel (líder dos operários da mina de Montemor)
TARCÍSIO FILHO – Demétrio (conselheiro e homem de confiança do Rei Augusto)
THALES COUTINHO – homem que conversa com Lucrécia numa taverna quando ela sai para pedir doações
TUNINHO MENNUCCI – morador de Montemor
VITÓRIO GAVA – Rodolfo (criança)
WAGNER TRINDADE – soldado que para a carroça de Cássio para cobrar pedágio e resolve revistá-la
WILSON RABELO – Josafá, depois chamado de Oséias (ferreiro cego de Artena que emprega Afonso)
YAGO MACHADO – Marcus

– núcleo do reino de Montemor, na região da Cália. Próspero e rico em minérios, mas deficiente em água:
a rainha CRISÉLIA DE MONFERRATO (Rosamaria Murtinho, participação), respeitada e justa, está no trono há décadas. Acometida por uma grave doença, já começa a perder a memória e sofre de frequentes alucinações. Criou os netos desde pequenos, após a filha e o genro terem falecido. Morre no início da trama
os netos: AFONSO (Rômulo Estrela), o mais velho, logo, o primeiro na linha de sucessão do reino. Ético, leal e justo, se preparou por toda vida para assumir o trono. Descobre-se possuidor de um lado impulsivo e romântico. No futuro, serão justamente as suas paixões que o farão hesitar no momento de tomar importantes decisões. Assume o reino com a morte da avó, mas logo abdica em nome de uma paixão,
e RODOLFO (Johnny Massaro), ao contrário do irmão, nunca pretendeu qualquer responsabilidade com o reino. Sedutor, mulherengo, inconsequente, boçal, vaidoso, covarde e parvo, seu único esforço é preservar suas regalias. Assume o trono de Montemor quando o irmão mais velho abdica. Aos poucos, conforme vai ganhando poder, se torna altamente ambicioso
o comandante do exército CÁSSIO (Caio Blat), braço direito, conselheiro e melhor amigo de Afonso. Cobra de todos ao seu redor a conduta ética e exemplar que se empenha em seguir. Morre no decorrer da trama
o conselheiro GREGÓRIO (Danton Mello), fiel aos interesses do rei Afonso
os amigos de Rodolfo, que se tornam conselheiros quando ele assume o trono: PETRÔNIO (Leandro Daniel), apreciador da boa vida. Arguto e manipulador, é um típico parasita social que se aproveita de suas relações e amigos para adquirir sempre mais poder,
e ORLANDO (Daniel Warren), avarento, suas ambições são predominantemente de ordem financeira. Tem um caráter um tanto duvidoso, mas, ainda assim, é um amigo mais honesto e fiel do que Petrônio.

– núcleo de LUCRÉCIA (Tatá Werneck), a Princesa de Alcaluz, também um reino da região da Cália. Futura esposa de Rodolfo, que, ao assumir o trono de Montemor, enfrenta a pressão de se casar. É a escolhida entre diversas pinturas de mulheres nobres. O retrato, no entanto, não é fiel à realidade e Rodolfo leva um susto quando a conhece pessoalmente, já no dia do casamento. Como já tinha se comprometido em casar-se, não pode voltar atrás. Lucrécia é uma moça rude, ambiciosa, desaforada e inconveniente. Controladora, consegue, por algum tempo, manter Rodolfo sob suas curtas rédeas:
o tio HERÁCLITO (Marcos Oliveira), o Conde de Alcaluz. Conhece as limitações da sobrinha e tenta frear suas impetuosidades em benefício próprio. Ambicioso, articulador, glutão e devasso
a aia LATRINE (Júlia Guerra), vive de dizer sim e não. Não ousa contrariar a princesa.

– núcleo das bruxas:
SELENA (Marina Moschen), moça destemida, corajosa e obstinada. Trabalhava na cozinha do palácio, onde se sentia deslocada. Entra para a Academia Militar de Montemor para ser soldado. Destaca-se entre os melhores alunos da academia. Justamente por ser a primeira mulher na instituição, sofre forte preconceito. Também tem um estranho dom: seus sentimentos têm uma inexplicável conexão com a natureza, fazendo com que suas reações emocionais se propaguem nas mais diversas formas. Ao longo da trama, descobre que é uma bruxa
BRICE (Bia Arantes), naturalmente sedutora, não se esforça para fazer com que os homens caiam por ela. Tem gestos contidos, não grita, não reage fisicamente a nada. Hipnotiza com o olhar. Tem um tom geralmente irônico, mas que nunca compromete seu ar meio ameaçador. De espírito vingativo, suas intenções nem sempre são as melhores
AGNES (Mel Maia), bruxa adolescente que aparece para Selena quando ninguém mais pode vê-la. As duas se tornam amigas e lutam para neutralizar as maldades de Brice
MANDINGUEIRA (Rosa Marya Colin), mulher mística que vive sozinha em uma cabana na floresta. Um misto de bruxa e curandeira, é mais procurada por ler o futuro. É franca, direta, e não está preocupada com o impacto de suas respostas na vida de seus clientes.

– núcleo de ROMERO (Marcelo Airoldi), instrutor da Academia Militar de Montemor. Austero e marrento, tem por objetivo manter os alunos na linha. Defende os interesses de seu reino. A princípio, recebe com ressalvas Selena em suas aulas, por preconceito. Aos poucos percebe o valor da moça:
a mulher BETÂNIA (Dayse Pozato), trabalha na cozinha do palácio. Boa mãe e esposa. O marido a acusa de mimar excessivamente o filho
o filho ULISSES (Giovanni Di Lorenzo), rapaz discreto e fechado. É totalmente inapto para o serviço militar, para desgosto do pai, com quem entra em atrito. Aos poucos descobrirá que sua verdadeira paixão é a gastronomia. Identifica-se com Selena, por quem se apaixona, por ela também se sentir deslocada, como ele. Acontece então a troca: ele deixa a academia para trabalhar na cozinha com a mãe e Selena faz o caminho inverso. Na nova função, ganha a admiração de todos por sua habilidade na culinária
o soldado SAULO (João Vithor Oliveira), um de seus melhores pupilos. Um tipo malandro, insolente, mas destemido. Rivalizando com Ulisses, desenvolve com Selena uma relação de amor e ódio. Morre pouco depois de descobrir que Selena é uma bruxa.

– núcleo do povo de Montemor:
a chefe da cozinha do palácio BRUMELA (Isadora Ferrite), austera, dedicada e tradicional, tem resistência em aceitar Ulisses entre suas cozinheiras, por ele ser homem. Aos poucos, o rapaz se destaca, despertando seu ciúme. Em determinado momento, Ulisses assume a chefia da cozinha, para o desespero dela, que pede demissão
a cozinheira do palácio NANÁ (Betty Gofman), falastrona, fofoqueira e carreirista. Espera que a filha case-se com um “bom partido”, ou seja, um nobre
a filha de Naná, GLÓRIA (Monique Alfradique), está acima do peso, por isso sente-se infeliz. É obcecada em ser magra. A mãe combate suas tentativas de seguir dietas estapafúrdias e empenha-se em levantar a autoestima da filha. Instruída pela Mandingueira, come o fruto de uma árvore que a faz emagrecer instantaneamente, despertando a atenção dos homens
o pintor retratista OSIEL (Rafael Primot), esforça-se para que os retratos dos nobres sempre fiquem um tanto melhor do que na vida real. Namorado de Glória, é apaixonado e jura que não liga para o seu peso
o médico LUPÉRCIO (Paschoal da Conceição), profissional sério, tem a confiança dos monarcas
a dona da taverna MATILDA (Cristiana Pompeo), mulher bela, conhecida como a viúva negra de Montemor, por já ter enterrado todos os homens com quem se casou. Ao contrário do que o apelido sugere, é uma mulher de bem com a vida, divertida e íntegra. Espera por um casamento longevo
o boticário OLEGÁRIO (Aramis Trindade), viúvo, sonha em casar-se novamente. É apaixonado por Matilda, mas teme a maldição do casamento com ela.

– núcleo de Artena, outro reino da região da Cália. Tem água em abundância, o que faz com que o reino tenha um trato com Montemor, que lhe fornece minérios em troca de água. No decorrer da trama, os dois reinos entram em guerra:
o rei AUGUSTO (Marco Nanini), monarca bom e zeloso com o seu povo. Pouco ambicioso, preza pela paz acima de tudo. Amigo de longa data da Rainha Crisélia de Montemor, o que faz com que seus reinos tenham uma boa relação. Vítima de armações e intrigas, será afastado do trono:
a filha, a princesa CATARINA (Bruna Marquezine), apesar da aparência meiga e inofensiva, é extremamente ambiciosa, dissimulada, fria e calculista. É uma mulher sedutora e capaz de manipular facilmente todos ao seu redor. Frequentemente bate de frente com o pai em relação a questões diplomáticas. O pai desconfia do real caráter da filha, por isso deseja vê-la casada o quanto antes. Mas ela refuta os pretendentes, pois tem planos maiores para si. Arma para destituir o pai do trono e assumir o comando do reino. Ao final, descobre que não é filha legítima de Augusto, mas filha de Brice
o conselheiro DEMÉTRIO (Tarcísio Filho), leal, é o homem de confiança do rei. Sabe que Catarina é dissimulada e sonsa, e tenta alertar o rei. Acaba morto pois é uma pedra no caminho da princesa
o pretendente à mão de Catarina, ISTVÁN (Vinícius Calderoni), o Marquês de Córdona. Amante das artes, poeta, um tipo contemplativo e desconectado das questões mundanas. Ingênuo, acredita na bondade da noiva. Ela faz de tudo para afastá-lo, até que consegue
o amante de Catarina, CONSTANTINO (José Fidalgo), o Duque de Vicenza. Sedutor, se comporta como fidalgo quando necessário, mas é um canalha. Alia-se à princesa para destituir o rei do trono
a aia da princesa, LUCÍOLA (Carolina Ferman), sua confidente. Como a monarca, é dissimulada e sonsa. Eventualmente dá ideias que surpreendem a própria Catarina.

– núcleo de AMÁLIA (Marina Ruy Barbosa), moça de origem humilde, moradora de Artena, vende sopa na feira para ajudar nas despesas da casa. Tem um temperamento forte, é justa e decidida. Encontrou Afonso desmaiado, sem saber que se tratava do herdeiro do trono de Montemor, e o levou para sua casa para ser tratado. Nasce uma paixão entre os dois. Ele a convida para reinar Montemor, mas ela rejeita, por ser uma plebeia e não se sentir preparada. Ele então abdica do trono para viver ao seu lado como plebeu em Artena. É quando estoura uma guerra entre os dois reinos e Afonso se vê obrigado a lutar:
os pais: MARTINHO (Giulio Lopes), homem pacato, de temperamento prático, tem uma certa ambição,
e CONSTÂNCIA (Débora Olivieri), mãe dedicada e zelosa, busca sempre apoiar a filha. Critica frequentemente as opiniões do marido
o irmão TIAGO (Vinícius Redd), trabalha na feira, mas seu sonho é tornar-se arqueiro real. Para isso, nas horas vagas, treina de forma obstinada
o namorado, no início, VIRGÍLIO (Ricardo Pereira), comerciante de tecidos. Aos olhos de todos parece o marido ideal para ela. Porém, excessivamente machista, possessivo e competitivo, logo se revelará um sujeito amargo e rancoroso. Não se conforma de Amália ter terminado o namoro por causa de Afonso e vai lutar para tê-la de volta, não importando os métodos
a melhor amiga DIANA (Fernanda Nobre), moça bonita, mas que tem “dedo podre” para homens. Um tanto ingênua, cai em ciladas por causa de sua ambição. Veladamente interessada em Virgílio, que irá usá-la em sua tentativa de ter Amália de volta
o agregado LEVI (Tobias Carrieres), adolescente que perdeu os pais e Amália leva para sua casa. No início revoltado, vai se ajustando à sua nova realidade. Torna-se muito amigo de Agnes.

– núcleo de OTÁVIO (Alexandre Borges), o Rei da Lastrilha, outro reino da Cália. Obcecado por poder e pela ideia de expandir seus domínios, usa de todos os conchavos possíveis para se apoderar de Montemor, aproveitando-se dos momentos de fragilidade do reino vizinho. Primeiro tenta enredar Rodolfo, depois alia-se a Catarina. Ao final, é derrotado. Antes, descobre que Selena é sua filha, o que faz com que, após a sua morte, ela assuma o reino da Lastrilha, como a única herdeira:
o conselheiro AIRES (Júlio Machado), defende os seus interesses.

Exibicionismo técnico

Primeira novela solo do roteirista Daniel Adjafre, que iniciou na dramaturgia da Globo em 2000, no humorístico Zorra Total. Colaborou nas séries Casos e Acasos (2008), S.O.S Emergência (2010), A Cara do Pai (2016-2017) e Cidade dos Homens (2017), e, com Lícia Manzo, nas novelas A Vida da Gente (2011-2012) e Sete Vidas (2015).

Deus Salve o Rei foi uma das novelas mais pretensiosas já produzidas pela Globo. O risco era enorme e o investimento altíssimo. Abusou-se dos mais modernos recursos de computação gráfica e efeitos especiais, que resultaram em um verdadeiro show de exibicionismo técnico. Cenários, figurinos e arte que nada deixaram a desejar às melhores produções medievais estrangeiras. Tecnicamente falando, foi tudo lindo.

Logicamente a ideia era mirar o público de séries com temática medieval, como Game of Thrones e Vikings, ainda em voga na época. E um público certo: o jovem. E de maneira premeditada: arregimentando os milhões de fãs que o trio Bruna Marquezine, Marina Ruy Barbosa e Tatá Werneck tem nas redes sociais – só no Instagram, juntas elas somavam quase 80 milhões de seguidores na época da finalização da novela.

Para tanto, a Globo ousou e arriscou ao deixar de lado a tradicional fórmula que ela mesma perpetuou para as novelas da faixa das 19 horas: a comédia (romântica, de costumes, de situação). Deus Salve o Rei seguiu uma linha soturna, na trama, na estética e na interpretação dos atores. Foi tudo vários tons acima: a empostação nas falas, a solenidade nos gestos, a sobriedade dos ambientes, a guerra e a peste na trama. Nem o alívio cômico escapou incólume: Tatá Werneck, Johnny Massaro e companhia não ousaram ultrapassar o humor comedido, mais sustentado em frases de efeito do que no pastelão.

Atriz robótica

Deus Salve o Rei foi uma aposta que teria resultado em uma grande tragédia, não fosse a direção (da novela e da emissora) entender os caminhos equivocados e tomar rapidamente decisões para voltar atrás. O primeiro deles: a interpretação de Bruna Marquezine como a fria princesa Catarina, no início muito criticada pela postura e fala robóticas. Culpa da direção artística de Fabrício Mamberti, por seguir uma linha de interpretação teatral demais.
Imediatamente a atriz foi orientada a mudar o tom e partir para uma interpretação mais naturalista, o que a fez dar a volta por cima e fez de Catarina uma das melhores personagens da novela.

Bruna não foi a única com interpretação acima do tom imposta pela direção: também Marco Nanini, com falas e gestual exageradamente solenes, Caio Blat, sempre de cara amarrada, e Rômulo Estrela, sussurrando a novela inteira. Rômulo seguiu até o fim, sussurrando, Caio deixou a produção, enquanto Nanini, depois de afastado um tempo, retornou com outro tom.
Marina Ruy Barbosa, como a outra protagonista, tinha em mãos uma personagem mais fácil. Talvez por Amália não ser nobre, a direção não tivesse exigido da atriz uma interpretação over.

O outro obstáculo que Deus Salve o Rei tentou contornar foi a trama. O autor Daniel Adjafre apresentou uma história sustentada em uma premissa muito frágil, inconsistente e pouco crível (até mesmo para uma fantasia medieval): o rei, apresentado como honrado e justo, que abandona seu povo à própria sorte nas mãos do irmão incompetente pelo amor de uma plebeia do reino vizinho, que por sua vez se negara a reinar com ele. Não demorou muito para a trama da novela patinar e a audiência torcer o nariz.

Autor perdido no roteiro

Em seus primeiros meses, Deus Salve o Rei se resumia a uma embalagem bonita, mas sem conteúdo que a sustentasse. Quando ficou claro que o autor estava perdido em seu roteiro, a direção da emissora providenciou um interventor para salvar a novela do desastre: Ricardo Linhares.

Adjafre e Linhares providenciaram o sumiço de vários personagens, vítimas da guerra ou da peste. Alguns com destaque na trama, como Cássio (Caio Blat), conselheiro do rei, Martinho (Giulio Lopes), pai de Amália, e Saulo (João Vithor Oliveira), um soldado. Alexandre Borges foi convocado para ser o grande vilão da história, enquanto Catarina passava por uma humanização – parte do processo de ajuste da personagem. A trama ganhou dinamismo e a audiência subiu. Enquanto a mocinha Amália ficava ainda mais chata, as bruxas ganharam mais destaque, principalmente Brice (Bia Arantes).

Apesar de todos os problemas, Deus Salve o Rei não pode ser considerada um fracasso. A novela teve um grande ganho de audiência em seu último mês e, na média geral, atendeu às expectativas mínimas da Globo: chegou ao fim com 25.5 pontos no Ibope da Grande São Paulo – ainda assim, um número inferior às últimas quatro produções do horário: Pega Pega (28.8), Rock Story (25.9), Haja Coração (27.5) e Totalmente Demais (27.4).

Uma novela arriscada cujos problemas foram contornados. Mas sem nenhuma reviravolta extraordinária. O saldo é positivo se considerarmos a ousadia da emissora em ofertar algo novo ao público, em fugir do “mais do mesmo”, em mirar o jovem em detrimento das donas de casa, e em adquirir experiência em searas pouco exploradas.

Elenco

Independentemente do roteiro, a novela fez brilhar as atuações de Marina Moschen, como a bruxa guerreira Selena, e Johnny Massaro, como o príncipe parvo Rodolfo, perfeito na dobradinha com Tatá Werneck. Massaro ainda teve o mérito de dar conta das mudanças de personalidade de seu personagem no período em que a trama tateou no escuro, quando Rodolfo mesclou cenas de pantomima com tirania extrema.

Renato Góes foi convidado para interpretar o protagonista Afonso, mas recusou o convite para tirar férias após a supersérie Os Dias Eram Assim (de 2017). Apesar da recusa, a emissora lhe negou as férias e ordenou que sua escalação fosse efetivada, sendo que Renato chegou a gravar as primeiras sequências de seu personagem. Após ter que regravar algumas cenas, o ator alegou esgotamento e conseguiu a dispensa da trama, sendo substituído por Rômulo Estrela, que originalmente interpretaria Tiago, irmão da protagonista Amália. Com o remanejamento, a emissora realizou testes para o papel de Tiago e escolheu como intérprete Vinícius Redd, que estava fora das novelas há quatro anos, desde Além do Horizonte (2014).

Durante a maior parte da exibição da novela, a atriz Bia Arantes pôde ser vista ao mesmo tempo em canais concorrentes: em Deus Salve o Rei era a bruxa Brice, e em Carinha de Anjo, no SBT, a freira Cecília. Como o elenco da atração do SBT havia sido dispensado em outubro de 2017, os atores puderam participar de outros trabalhos, em outras emissoras. Assim, Bia Arantes foi escalada pela Globo para a sua nova novela das sete e, entre janeiro de 2018, com a estreia de Deus Salve o Rei, e junho, término de Carinha de Anjo, a atriz pôde ser vista nos dois canais.

No final da trama, Catarina (Bruna Marquezine) foi condenada à forca pelos crimes cometidos. Outro final foi gravado, em que a vilã consegue fugir e escapar da morte, desfecho que foi exibido pelo Vídeo Show.

Atores do elenco fizeram oficinas específicas, ligadas ao conceito medieval, tais como danças, arco e flecha, hipismo, lutas corporais e com espada, culinária, escaladas, pinturas, entre outras. Marina Ruy Barbosa fez aulas de culinária, arco e flecha e hipismo. Bruna Marquezine praticou hipismo e fez aulas de luta e dança.

Incêndio

Por volta das 18 horas do dia 09/11/2017, um incêndio consumiu um galpão usado pela produção da novela. A atriz Rosamaria Murtinho estava em cena quando o incêndio começou e foi tirada às pressas do local. Ainda, no momento do incidente, o ator Rômulo Estrela e o diretor Fabrício Mamberti estavam trabalhando quando o fogo se alastrou.

As gravações foram interrompidas. Equipe e elenco se reuniram no dia seguinte para discutir o planejamento da obra e mantiveram a data de estreia para janeiro de 2018. A parte interna do castelo de Montemor – incluindo os quartos de Rodolfo (Johnny Massaro), Afonso (Rômulo Estrela), rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho), a sala de jantar, o salão com trono, entre outros espaços – foi reconstruída em um intenso trabalho da equipe.

Locações e cenografia

Apesar de todas as referências medievais, Deus Salve o Rei era uma produção com licença poética e códigos próprios. Nunca foi especificado no roteiro em que ano ou continente se passava a trama – a não ser a fictícia região da Cália, onde estavam os reinos vizinhos de Montemor e Artena.

A cidade cenográfica nos Estúdios Globo era totalmente indoor: dois galpões medindo 35m X 70m e 35m X 75m. No primeiro, foi montado o reino de Montemor, com castelo e cidade fictícia. No segundo, o reino de Artena e uma grande área de chromakey para as cenas que envolviam efeitos visuais, floresta e as sequências de batalhas da trama. Cerca de 6 mil metros quadrados de lona translúcida cobriram os galpões.
“Esta cobertura serve como um grande rebatedor de luz e dá o tom ideal para a identidade visual da novela. Cortinas pretas também fazem o controle da luminosidade”, explicou o cenógrafo Keller Veiga.

Inspirada na cidade de Pals, na Espanha, Montemor teve revestimentos de pedra e referências à força do minério e do metálico, além do castelo com pátio interno, uma vila composta por taberna, ferreiro e casas de alguns personagens. Já Artena era uma aldeia com uma construção mais simples e, ao mesmo tempo, mais exuberante e arborizada.

Para a captação de imagens em locações – tanto stock shots quanto elementos para implementação em 3D – o diretor artístico Fabrício Mamberti e um pequena equipe viajaram por 32 dias por oito países: Espanha, França, Nova Zelândia, Inglaterra, Irlanda, Islândia, Irlanda do Norte e Escócia. Foram 4 mil imagens captadas formando uma biblioteca virtual que foi usada ao longo da produção.

O trabalho de pesquisa para a produção de arte levou cerca de seis meses e, segundo a produtora Nininha Médicis, foi preciso confeccionar boa parte das peças, desde as carruagens até as cerâmicas e copos, além das comidas, animais de caça e livros que compunham a decoração dos ambientes do cenário. Os objetos de luta, como espadas, machados, arcos e flechas, foram comprados na Espanha e em Portugal. Já os escudos e lanças foram produzidos em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Também havia bandeiras, mapas, iluminuras, quadros e pinturas.

Um dos grandes aliados da equipe de efeitos especiais foi a extensão cenográfica, um recurso em 3D que “completava” o cenário real da cidade cenográfica ou do estúdio.
“Atuamos em parceria com a cenografia em todos os sets, mesclando elementos reais com extensões virtuais nas áreas internas e externas dos cenários. Assim, conseguiremos contar esta história que envolve dois reinos bem diferentes, com a grandiosidade que ela merece. Para os salões de trono, por exemplo, temos quatro metros reais e outros 12 virtuais”, explicou Fernando Alonso, gerente de Operações de Tecnologia do Entretenimento.

Além destes recursos, destacou-se a cena de prólogo da novela, toda gravada em superfreeze, utilizando os mais modernos recursos de captação dentro de um estúdio de efeitos. Para isso, foram utilizados sistemas de motion control e uma técnica que utiliza câmeras high speed e captação frame to frame, que eram intercalados com ações de batalha em outra velocidade.
“É como se conseguíssemos ‘passear’ por essa batalha com o olhar de quem está participando dela, vendo cada detalhe do que acontece”, descreveu Fernando Alonso, que finalizou: “A novela terá de sete a oito vezes mais volume em efeitos que a maior parte das produções, e praticamente todas as cenas terão algo de computação gráfica.”

Figurinos e caracterizações

Para diferenciar os reinos de Artena e Montemor, a direção artística optou por marcar com cores distintas a identidade visual de cada um. Os habitantes de Artena, como Amália (Marina Ruy Barbosa) e rei Augusto (Marco Nanini) usavam tons mais frios, puxando pelo azul, violeta, cinza e prata. Já os habitantes de Montemor tinham uma paleta com vários tons de vermelho, marrons, verdes e dourado.

Para a princesa Catarina (Bruna Marquezine), foi pensado um figurino com linhas mais retas, além de decotes e fendas.
“Nos inspiramos em cores de pedras preciosas, como pirita, silício, ametista. Os acessórios de mão e colares também são parte muito importante do visual dela”, detalhou a figurinista Mariana Sued.

Já a plebeia Amália era clássica, com roupas compostas por corsets, saias rodadas e aventais.
“As de Amália são com cores bem intensas e com acabamentos mais rústicos. Os acessórios também são mais rudimentares”, completou a figurinista.

Trilha sonora

A trilha sonora, criada por Alexandre Faria, era quase inteiramente original, com um repertório de 80 músicas – 16 músicas principais que se desdobraram em várias outras versões. Além da parte sinfônica, havia também a trilha medieval, com músicas originais da época e composições próprias.

Para a abertura, foi criado um arranjo novo para a música “Scarborough Fair”, da dupla Simon e Garfunkel, gravada pela cantora norueguesa Aurora.

Outras tramas medievais

Quando Deus Salve o Rei estreou (em janeiro de 2018), a Record TV exibia a reta final de sua novela Belaventura, também de ambientação medieval.

Outra novela de temática medieval foi O Príncipe e o Mendigo, baseada no clássico de Mark Twain, produzida pela TV Record, em 1972 (emissora ainda sob a administração de Paulo Machado de Carvalho), com Kadu Moliterno e Nádia Lippi como protagonistas.

Trilha sonora volume 1: música original de Alexandre de Faria

01. SCARBOROUGH FAIR – Aurora (tema de abertura)
02. WATCH IT ALL FADE – Gavin James (tema de Amália e Afonso)
03. THE TOUCH OF FREEDOM
04. FIELDS OF MONTEMOR (MO GHILE MEAR) (tema de locação: Reino de Montemor)
05. TANT
06. WAR CANTICLES
07. CHANSON
08. DRUMS OF FIGHT
09. LA NOUVELLE DANSE
10. RUDOLPH, THE WISE (tema de Rodolfo)
11. SOME GLORY
12. CANTIGAS DE SANTA Nº 119 e 77
13. ECCO LA PRIMAVERA (tema de Catarina)
14. THE LITTLE CAT´S MARCH
15. FANTASIA Nº 3 PARA ALAÚDE
16. CONSTANTINO
17. ADVENTUROUS
18. THE NIGHT
19. SCARBOROUGH FAIR

Trilha sonora volume 2: música original de Alexandre de Faria e Rodrigo de Marsillac

01. Scarborough Fair 2 Harpas – Rodrigo de Marsillac
02. Artenian Composer’s Guild – Rodrigo de Marsillac
03. Saltarello Iii – Alexandre de Faria
04. Medieval Era – Alexandre de Faria
05. A Guerra – Alexandre de Faria
06. Solidão e Bravura – Rodrigo de Marsillac
07. Dulcis Amore – Rodrigo de Marsillac
08. Perfido Amore – Rodrigo de Marsillac
09. Vergine Amore – Rodrigo de Marsillac
10. Tempus Est Iocundum (feat. Isabele Mele Rescala, Thaís Barbosa da Motta, Mona Natasha Fraga Vilardo, Ursula Moreira Baldansa & Georgeana Bonow Pinheiro) – Rodrigo de Marsillac
11. Amor C’al Tuo Sugetto – Alexandre de Faria
12. Filha do Vento – Rodrigo de Marsillac
13. Estampie (Oxford Manuscript) – Alexandre de Faria
14. Bachi Bene Venies – Alexandre de Faria
15. Trotto – Rodrigo de Marsillac
16. Bel Fiori – Alexandre de Faria
17. Bowing Landscapes – Alexandre de Faria
18. Caldos e Aves – Rodrigo de Marsillac
19. Cantigas de Santa Maria No. 119 – Alexandre de Faria
20. Cantigas de Santa Maria No. 77 – Alexandre de Faria
21. A Espada de Carlos Magno – Rodrigo de Marsillac
22. Duelum – Alexandre de Faria
23. Estripulias Na Praça – Rodrigo de Marsillac
24. Face To Face – Alexandre de Faria
25. Fantasia para Alaúde No. 1 – Alexandre de Faria
26. Fantasia para Alaúde No. 2 – Alexandre de Faria
27. La Danse – Alexandre de Faria
28. La Reina Lucrecia – Alexandre de Faria
29. La Rotta – Alexandre de Faria
30. Lord Adef’s Boca Blues – Alexandre de Faria
31. Lord Adef’s Bagpipes – Alexandre de Faria
32. Mandigueira – Alexandre de Faria
33. O Confronto – Alexandre de Faria
34. O Convento – Alexandre de Faria
35. O Furor de Lucrecia – Alexandre de Faria
36. A Morte de um Guerreiro – Rodrigo de Marsillac
37. O Lago – Alexandre de Faria
38. Rabeca – Rodrigo de Marsillac
39. Rudolph the Great – Alexandre de Faria
40. Sad Gamba – Alexandre de Faria
41. Tempus Transit – Rodrigo de Marsillac
42. Schrungy – Alexandre de Faria
43. Senses – Alexandre de Faria
44. Simpleton Engus – Alexandre de Faria
45. Su la Rivera – Rodrigo de Marsillac
46. Sumer Is Icumen In – Alexandre de Faria
47. Tema da Bela Glória – Alexandre de Faria
48. Tema de Catarina, A Rainha – Alexandre de Faria
49. Tema de Margot – Alexandre de Faria
50. Tema do Rei Otávio – Alexandre de Faria
51. Vienna – Alexandre de Faria
52. Tesouros Escondidos – Rodrigo de Marsillac
53. The Bouz – Alexandre de Faria
54. The Quarry – Alexandre de Faria
55. The Rabbit – Alexandre de Faria
56. The Touch of Freedom – Alexandre de Faria
57. Mo Ghile Mear (Grand Finale) [feat. Dan Torres & Luisa Land] – Alexandre de Faria

Tema de abertura: SCARBOROUGH FAIR – Aurora

Are you going to Scarborough Fair?
Parsley, sage, rosemary, and thyme
Remember me to one who lives there
She once was a true love of mine

Tell her to make me a cambric shirt
Parsley, sage, rosemary, and thyme
Without no seams nor needlework
Then she’ll be a true love of mine

Tell her to find me an acre of land
Parsley, sage, rosemary, and thyme
Between the salt water and the sea strand
Then she’ll be a true love of mine

Tell her to reap it in a sickle of leather
Parsley, sage, rosemary, and thyme
And to gather it all in a bunch of heather
Then she’ll be a true love of mine…

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