Sinopse

A escrava Juliana (Gabriela Moreyra) foi criada com Teresa (Roberta Gualda) e Maria Isabel (Thais Fersoza), filhas do coronel Custódio (Antônio Petrin) e dona Beatrice Avelar (Bete Coelho), ricos cafeicultores. Amiga da sinhá Teresa, de quem sempre fora mucama, Juliana se apaixona pelo português Miguel (Pedro Carvalho), um viajante em busca de trabalho e de respostas para um mistério que envolve a morte de seus pais. Ele também desperta o interesse de Maria Isabel, que nunca se conformou com o tratamento diferenciado que Juliana recebe de seus pais. Contando com a ardilosa mucama Esméria (Lidi Lisboa), Maria Isabel se esforça para prejudicar a escrava.

Juliana também enfrenta um obstáculo poderoso: o Comendador Almeida (Fernando Pavão). Ao casar com Teresa por um arranjo que tiraria sua família da ruína financeira, Almeida se torna o novo senhor e reacende uma rivalidade histórica com o coronel Quintiliano Gomes (Luiz Guilherme), dono da fazenda vizinha. Guilherme (Roger Gobeth), filho de Quintiliano, correspondia-se às escondidas com Teresa, que também o amava, apesar da inimizade entre seus pais. O casamento de Teresa e Almeida marca o reinício de uma guerra entre as famílias mais poderosas da região e uma fase terrível na vida de Juliana, pois seu novo senhor fica completamente obcecado por ela.

A pensão Jardineira, taverna liderada por Rosalinda (Luiza Tomé), é o ponto de encontro dos homens do vilarejo. Um assunto recorrente no local é a histórica rivalidade entre Rosalinda e dona Urraca (Jussara Freire), mãe do Comendador Almeida. Urraca sempre se nomeara a defensora da tradição e dos bons costumes, criticando abertamente o comportamento da inimiga e suas florzinhas, Dália (Manuela Duarte), Petúnia (Robertha Portella) e Violeta (Débora Gomes), que vivem com ela na taverna. A guerra entre as duas geralmente é aplacada pelo capitão Loreto (Junno Andrade), chefe da guarda e responsável por manter a ordem na colônia.

Em um período em que novas ideias poderiam representar uma ameaça à Coroa, quem também se torna um problema para o capitão Loreto é o professor Átila (Léo Rosa), um abolicionista que desperta o interesse de Filipa (Milena Toscano), filha de Quintiliano Gomes. Ela é uma jovem insatisfeita com a realidade das mulheres da época e inconformada com o tratamento dado aos escravos. Lutará pela igualdade e tentará descobrir um mistério que ronda a morte de sua mãe. Juntos, Juliana e Miguel e Filipa e Átila viverão seus amores enfrentando inimigos e obstáculos aparentemente intransponíveis, como o preconceito de uma época que vive à sombra da escravidão.

Record – 19h30
de 31 de maio de 2016
a 9 de janeiro de 2017
159 capítulos

novela de Gustavo Reiz
escrita com Aline Garbati, Camilo Pellegrini, Jussara Fazolo, Mariana Vielmond e Valéria Motta
direção de Ivan Zettel, Leonardo Miranda, Régis Faria, Rudi Lagemann e Michele Lavalle
direção geral de Ivan Zettel
coprodução Casablanca

Novela posterior
reprise de A Escrava Isaura

Novela inédita posterior
Belaventura

GABRIELA MOREYRA – Juliana
PEDRO CARVALHO – Miguel Sales
THAÍS FERSOZA – Maria Isabel
FERNANDO PAVÃO – Comendador Fernado Almeida
ROBERTA GUALDA – Tereza
BETE COELHO – Beatrice
LUIZ GUILHERME – Coronel Quintiliano Gomes do Amaral
JUSSARA FREIRE – Dona Urraca
LUIZA TOMÉ – Rosalinda Pavão
JUNNO ANDRADE – Capitão Loreto
LÉO ROSA – Átila
MILENA TOSCANO – Filipa (Joana Gomes do Amaral jovem)
ROGER GOBETH – Guilherme
ADRIANA LESSA – Condessa Catarina Gama de Luccock / Jamala Darrila
LIDI LISBOA – Esméria / Malica Darrila
ZEZÉ MOTTA – Tia Joaquina
NILL MARCONDES – Tito Pardo
MARCELO BATISTA – Kamal / Viriato
SIDNEY SANTIAGO – Sapião
ROGÉRIO BRITO – Genésio
JAYME PERIARD – Osório
CÉSAR PEZZUOLI – Nestor
ADRIANA LONDOÑO – Irani
KAREN MARINHO – Belezinha
SAULO MENEGHETTI – Charles
RAPHAEL MONTAGNER – Tomás
CÁSSIO SCAPIN – Tozé (Antônio José de Alcântara)
ROBERTHA PORTELA – Petúnia
MANUELA DUARTE – Dália
DÉBORA GOMEZ – Violeta
MARIZA MARCHETTI – Rebeca
ELINA DE SOUZA – Bá Teixeira
HENRI PAGNONCELLI – Dr. Augusto Pacheco
MARCELO ESCOREL – Zé Leão
GRAÇA DE ANDRADE – Gonzalina
JEAN DANDRAH – Frei Abílio

e
ADRIANO CANINDER
AMANDA ANEQUINI – Tulipa (“florzinha” de Rosalinda)
ANTÔNIO PETRIN – Coronel Custódio Avelar (marido de Beatrice, pai de Maria Isabel e Tereza, assassinado no início)
BIANCA PAIVA – Dorinha / Jasmim (filha de Átila que estava desaparecida)
CRISTHIAN FERNANDES – Quintiliano (jovem)
EVELYN MONTESANO – Tirinda (participa das reuniões de feministas organizadas por Filipa e Rebeca)
GABY BENEVIDES – Rosalinda (jovem)
ISABELLA BITTAR – Camélia (“florzinha” de Rosalinda)
IVAN DE ALMEIDA – Tião (mentor de Kamal, morto pelos traficantes de escravos no início)
JOANA RODRIGUES – Beatrice (jovem)
JÚLIO LEVY – Soldado Crisaldo
KAIK PEREIRA – Sapião (criança)
KIDO MATHELART – Soldado Peixoto
LARA CÓRDULA – cigana Selma (do grupo que acolhe Miguel depois que ele perde a memória)
LUCIANA SILVEIRA – escrava a quem Juliana pede que entregue uma carta a Miguel e devolva uma lembrança a Sapião
LUCIANA VENDRAMINNI – Ximena (mulher do Capitão Loreto)
MOARA SEMEGHIMI – Joana Gomes do Amaral (falecida mulher do Coronel Quintiliano)
NAYARA JUSTINO – Luena (amor de Kamal, capturada com ele para ser escrava no Brasil, mãe de Juliana, morre no parto da filha)
NEUZA BORGES – Mãe Quitéria (cuida de Luena durante sua gravidez, é morta pelos traficantes de escravos, no início)
PATRÍCIA MAYO – Tia Elza (tia de Maria Isabel com quem ela vai morar na côrte para ter seu bebê, acaba assassinada pela sobrinha)
PRISCILA VAZ – Margarida (“florzinha” de Rosalinda)
RACHEL AGUIAR – Maria Isabel (criança)
RONALDO REIS – Soldado Sereno
TAIGUARA NAZARETH – líder dos quilombolas
TAÍSA PELOSI – Orquídea (“florzinha” de Rosalinda)
TÉO SALOMÃO – Leôncio (filho do Comendador Almeida e Tereza)
TOM CRIVELARO – capitão do mato
VICTOR WAGNER – Barbudo (pirata)

Grata surpresa

Ao longo de seus mais de sete meses de exibição, Escrava-Mãe revelou-se uma grata surpresa. O público recebeu bem a trama, que manteve-se sempre em segundo lugar na audiência, totalizando uma média de 11 pontos no Ibope da Grande São Paulo – mesmo tendo enfrentado a concorrência direta com o sucesso de Haja Coração, novela das sete da Globo.

Origens de Isaura

A ideia de Escrava-Mãe foi contar a história da origem da personagem Isaura do romance “A Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães, que já rendeu duas adaptações em formato de novela: uma na Globo, em 1976, com Lucélia Santos como Isaura, e outra na própria Record TV, entre 2004 e 2005, com Bianca Rinaldi como a protagonista.

Escrava-Mãe narrou a saga de Juliana, a mãe de Isaura, e de seu pai, Miguel – interpretados aqui por Gabriela Moreyra e pelo ator português Pedro Carvalho. A personagem Juliana chegou a aparecer em Escrava Isaura, nas cenas de flashback (Lady Francisco em 1976 e Valquíria Ribeiro em 2004-2005), e Miguel era um personagem fixo em Escrava Isaura (Átila Iório em 1976 e Jackson Antunes em 2004-2005). Da mesma forma, o Comendador Almeida, senhor de Isaura, foi outro personagem comum nas novelas – Fernando Pavão em Escrava-Mãe, Gilberto Martinho em Escrava Isaura da Globo, e Rubens de Falco em Escrava Isaura da Record.

Com um minucioso trabalho de pesquisa, a novela retratou a vida dos escravos na época colonial brasileira. A herança cultural, os anseios por liberdade, o ódio contra a dominação e os dois lados do processo de exploração foram alguns dos temas abordados ao longo da trama.

Novela engavetada

O maior mérito do autor Gustavo Reiz foi ter obtido um bom resultado sem a avaliação do público – a novela estava engavetada e foi ao ar já inteiramente gravada. Ainda que Reiz não tenha ousado na narrativa, Escrava-Mãe tinha o apelo de uma história universal costurada com os mais esgarçados clichês do folhetim de forma competente, bem dosada e segura.

A novela estava prevista para estrear em outubro de 2015 e chegou a ter chamadas no ar. O sucesso e o esticamento de Os Dez Mandamentos fez com que a Record fosse adiando a estreia de sua nova produção. A primeira ideia foi que Escrava-Mãe substituísse Os Dez Mandamentos na faixa das 20h30, mas a emissora resolveu manter tramas bíblicas no horário.

No final de 2015, Escrava-Mãe já estava completamente gravada e sem previsão de estreia, o que configurou o engavetamento da novela por parte da emissora.

Foi quando cogitou-se abrir um novo horário de novelas na grade, às 19h30, batendo de frente com a novela das sete da Globo. Com o sucesso da trama global Totalmente Demais, Escrava-Mãe foi novamente adiada. Para evitar o confronto direto, a Record preferiu esperar a novela da Globo terminar para concorrer com a nova trama substituta, Haja Coração. Assim sendo, Escrava-Mãe finalmente estreou, no dia 31/05/2016, uma terça-feira, juntamente com a nova novela das sete da Globo.

Elenco

O elenco enxuto (apenas 35 atores fixos) e bem escalado permitiu ótimos momentos à maioria. Brilharam Thaís Fersoza, Roberta Gualda, Bete Coelho, Jussara Freire, Luiza Tomé, Léo Rosa, Adriana Lessa, Lidi Lisboa e Jayme Periard. O casal protagonista Gabriela Moreyra e o português Pedro Carvalho, apesar de altos e baixos, seguraram com garra seus personagens.

Primeira novela no Brasil do ator português Pedro Carvalho.

Terceirização

Com Escrava-Mãe, a TV Record terceirizou sua produção de dramaturgia usando os recursos da produtora Casablanca. Foi também a primeira novela gravada em 4K (ou Ultra HD) com qualidade de imagem quatro vezes superior à alta definição.

Diferentemente das últimas produções da Record, que foram gravadas no RecNov, no Rio de Janeiro, Escrava-Mãe foi totalmente filmada nos estúdios da Casablanca, no Polo Cinematográfico de Paulínia, interior de São Paulo, e na Fazenda Santa Gertrudes, onde já havia sido gravada a versão de A Escrava Isaura da Record, entre 2004 e 2005.

Na sede da Casablanca, na capital paulista, editores trataram a imagem da novela com cores diferentes para cada ambiente e intensidade das cenas (sequências noturnas ou de tortura tinham tons mais escuros, por exemplo).
Uma sala foi reservada para produzir os efeitos sonoros e melhorar o som captado na gravação original. Dentro do local, terra, folhas, correntes e até cana-de-açúcar para reproduzir os movimentos dos atores.

Reprise

Escrava-Mãe foi reapresentada de 18/08/2020 a 16/03/2021, na faixa das 15h15.


AFRO MÃE – Gabriel Neto
ANOS SOLIDÕES – Lulli Chiaro (tema de abertura)
HEY MÃE – Natz Barretti

Ainda
CHÃO DE GIZ – João Marcel
COMO VAI VOCÊ – Bruno e Marrone (tema de Juliana e Miguel)
FREVO MULHER – Lucy Alves (tema de Rosalinda)
GOSTOSO DEMAIS – Maria Bethânia (tema de Filipa e Átila)
MOÇA BONITA – Geraldo Azevedo
NOTURNO – Fagner (tema de Maria Isabel)
O CANTO DAS RAÇAS – Carolina Soares
O CIO DA TERRA – MPB4 e Quarteto Em Cy (tema dos escravos na lavoura)
RETIRANTES – Dorival Caymmi (tocada no nascimento de Juliana)
SENHORINHA – Aline Muniz (tema de Tereza)
SONHO MEU – Marina de La Riva (tema dos escravos)

Trilha sonora instrumental

01. ANOS SOLIDÕES – Lulli
02. AFRO MÃE – Gabriela Neto
03. DOCE CAMPO, PT. 1 – Igor Vaerulf
04. MONTES CLAROS – Igor Vaerulf
05. DOCE CAMPO, PT. 2 – Igor Vaerulf
06. DOCE CAMPO, PT. 3 – Igor Vaerulf
07. MONTES CLAROS, PT. 2 – Igor Vaerulf
08. BARANGALHA – João Jacques
09. CAPITÃO DO MATO – João Jacques
10. MONTES CLAROS, PT. 3 – Igor Vaerulf
11. CASAGRANDE – João Jacques
12. MÃE ÁFRICA – João Jacques
13. MONTES CLAROS, PT. 4 – Igor Vaerulf
14. PELOURINHO – João Jacques
15. QUILOMBO – João Jacques
16. TIA JOAQUINA – João Jacques
17. CANTO DO QUILOMBO – João Jacques e Marta Souza
18. AMOR DE CABARÉ – Júlio César
19. CABARÉ FELIZ – Júlio César
20. CABARÉ MIUDINHO – Júlio César
21. CABARÉ NA FLAUTA – Júlio César
22. CANTO DA MATA – Léo Brandão

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