Sinopse

Lucas Cantomaia é um popular deputado, de rígida formação familiar, cujo pai, um próspero coronel, além de lhe ter legado a maior parte da herança em dinheiro, também deixou o gosto pela política, o que o leva a abdicar de muitos desejos pessoais. Sua maior propaganda eleitoral é a Organização de Bens Sociais, que cuida da recuperação de ex-presidiários, instituição que preside e que é tão benéfica para sua imagem.

Em sua caminhada para o Senado da República, inimigos políticos, como o deputado Horácio Ragner, são retirados de seu caminho por seus assessores Albano e Joca, que representam dois lados de sua personalidade, de político ambicioso a homem sensível, de estrategista a apaixonado. Albano tenta reprimir todo comportamento de Lucas que considera prejudicial à campanha, enquanto Joca é seu confidente e cúmplice, ouvindo suas dúvidas e questionamentos.

Moralista e muito preocupado com sua imagem, Lucas Cantomaia é casado há 23 anos com Darlene, mulher de família tradicional que afirma nunca ter sido amada e que só serviu como esposa de fachada ideal para o político. Respeitado pai de família, possui três filhas: Adriana, meiga, frágil e bom caráter; Daisy, mimada, caprichosa e manipuladora; e a caçula Dóris, festeira, namoradeira e despreocupada. Porém, uma delas é fruto da traição de Darlene, segredo guardado a sete chaves por ela.

No intuito de desmoralizar Lucas, Horácio Ragner investiga o passado do rival e descobre dois irmãos que ele esconde de todos: Jairo, que morreu assassinado, e Justo Dinard, ora preso, ora procurado pela polícia. Justo odeia Lucas e está obcecado pela ideia de recuperar a memória de Jairo, morto ao ser envolvido em uma questão de falsificação de ações. Justo não acredita nas denúncias contra o irmão e acusa Lucas de ter abandonado a família por causa da carreira política.

No momento maior de sua escalada, Lucas vacila ao se envolver com Keli Romani, uma jovem fotógrafa, despertando para um outro lado da vida, para o qual não estava imunizado. Para concretizar esse amor, ele terá de abandonar muitos de seus projetos. Assumir o romance com Keli implicaria romper seu casamento com Darlene, união sólida aos olhos do eleitorado e usada pelos seus assessores como um dos pilares éticos da construção de sua imagem pública.

Globo – 22h15
de 19 de setembro de 1983
a 17 de fevereiro de 1984
103 capítulos

novela de Janete Clair
escrita por Janete Clair e Glória Perez
direção de Denis Carvalho e Luís Antônio Piá
direção geral de Denis Carvalho
supervisão de Paulo Ubiratan

FRANCISCO CUOCO – Lucas Cantomaia
RENÉE DE VIELMOND – Keli Romani (Celine Romani)
DINA SFAT – Darlene Ribeiro Cantomaia
MARCOS PAULO – Justo Dinard
JOANA FOMM – Helô
WALMOR CHAGAS – Horácio Ragner
NEY LATORRACA – Albano Moraes
FÚLVIO STEFANINI – Joca (João Carlos de Sá)
KADU MOLITERNO – Conrado
JÚLIA LEMMERTZ – Adriana
FERNANDA TORRES – Daisy
MALU MADER – Dóris
ROGÉRIO FRÓES – Antenor Serra Jardim
ROSAMARIA MURTINHO – Tarcila
EWERTON DE CASTRO – Roque
MARIA PADILHA – Reny
FERNANDO EIRAS – Masé (Mário José)
LÚCIA ALVES – Cássia
RICARDO PETRÁGLIA – Juvenal
NINA DE PÁDUA – Estela
HELOÍSA HELENA – Dona Bernarda
LEONOR LAMBERTINI – Dona Mundinha (Raimunda Ragner)
ÊNIO SANTOS – Dr. Ribeiro
REGINA VIANA – Joana Vidal
SUZANA FAINI – Iracema
CACILDA LANUZA – Dona Amélia
INÊS GALVÃO – Tetê
CLÁUDIA JIMENEZ – Lurdeca
BETTINA VIANY – Zélia
MALU ROCHA – Sônia
ANA HELENA BERENGER – Lílian
ERNESTO PICCOLO – Serrinha
ANDRÉ FILLIPPI MAURO – Beto
ANTÔNIO PEDRO – Jeremias Pavão
ISAAC BARDAVID – Pedro
MARALISE – Kátia
MARIA LÚCIA FROTA – Beatriz
ANSELMO VASCONCELLOS – Walter
ANTÔNIO BREVES – Inácio
LUCIANA DE ALMEIDA – Suzy

a menina BÁRBARA SOARES – Gigi (Regina)

e
ADELE MALHEIROS – secretária de Horácio
CARLOS EDUARDO DOLABELLA – criminalista
CARLOS MAGNO – amigo de Beto
CARLOS VEREZA – Jairo (irmão de Lucas e Justo, é assassinado)
CÉLIA NOBRE – empregada de Tarcila
CHICO SOLANO – mordomo de Lucas
CÍLIO BLANK – motorista de Lucas
CLÁUDIA MESSINA – secretária do partido
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO – Vidal (industrial, casado com Joana assassinado nos primeiros capítulos)
CLEMENTE VISCAÍNO – assistente do criminalista
DARCY DE SOUZA
DENIS CARVALHO
FERNANDO CAVALCANTI – segurança de Lucas
FRANCISCO MILANI – promotor
HEMÍLCIO FRÓES
LUIZ DAMASCENO – porteiro no prédio de Joca
MARCELO DE BARRETO – assessor de Lucas
MARISA ALFAYA – secretária de Lucas
MILTON GONÇALVES – diretor do presídio
NEWTON MARTINS – delegado
PASCHOAL VILLABOIM – peão
PIETRO MÁRIO
RODOLFO MAYER – juiz
SÉRGIO SARACENI – oficial de justiça
UÉLITON BIBIANO – diretor do presídio

apoio
ANTÔNIO CARLOS
CHICO SANTOS
DÁRIO LOURENÇO
DAVI PINHEIRO
FLÁVIO BRUNO
FLORO RODRIGUES
GUTI FRAGA
HÉLIO GUERRA
HENRIQUE NUNES
ILEANA SASKA
IRENE ALVES
JOSÉ ESTEVÃO
KAKAU BALBINO
KÁTIA WAUZENIATE
LEILA AMORIM
MARCO ANTÔNIO GODINHO
MARIA DE FÁTIMA CAMATTA
MARTA BIANCHI
MOACIR PRINA
POPEYE
ORION XIMENES
SILVIO ROMERO
WILSON RABELLO

– núcleo de LUCAS CANTOMAIA (Francisco Cuoco), de tradicional família gaúcha, tendo sido o único filho a seguir o caminho do pai, assumindo a carreira política. Deputado popular, de sólida formação familiar e com fortes princípios éticos, casado há 23 anos, pai de três filhas. Conquistou a confiança da população depois do trabalho de reabilitação de presidiários na Organização de Bens Sociais, da qual é presidente. Prepara sua campanha para se tornar senador da República pelo Partido Liberal Democrata. Apaixona-se por uma jovem e bela fotógrafa e enfrenta um dilema: viver um grande amor ou privilegiar a carreira política?
a mulher DARLENE (Dina Sfat), bem educada e culta, cuja tristeza é saber que o marido não a ama. Prefere viver infeliz que desistir de seu casamento milionário. Seu tom de voz é sempre calmo, baixo, contido, mas ela sabe ferir e agredir entre um sorriso e uma ironia
as filhas: ADRIANA (Júlia Lemmertz), jovem meiga, frágil e bom caráter. No decorrer da trama, descobre-se que não é sua filha, mas fruto de uma traição da mulher,
DAISY (Fernanda Torres), cresceu cheia de vontades e caprichos, em um ambiente super protetor. Vive tendo crises, criando situações inverossímeis, que manipula como deseja,
e DÓRIS (Malu Mader), a caçula, a mais calma entre as irmãs. É namoradeira, um pouco desligada e amante da poesia
os irmãos: JAIRO (Carlos Vereza, participação), assassinado e envolvido em uma questão de falsificação de ações,
e JUSTO DINARD (Marcos Paulo), com problemas com a Justiça. Revoltado, comportamento que se intensificou depois do assassinato do irmão. Não acredita nas denúncias contra Jairo e acusa Lucas de ter abandonado a família por conta da carreira política
a mãe DONA BERNARDA (Heloísa Helena), mulher culta, tendo estudado em colégios franceses e se formado professora. Mora sozinha, em uma luxuosa residência em Petrópolis, e vive, exclusivamente, para ajudá-lo a ter sucesso. Não esconde a mágoa pelo assassinato de Jairo e tenta dar apoio ao revoltado Justo
o sogro DR. RIBEIRO (Ênio Santos), homem de família tradicional e rica
o amigo ALBANO (Ney Latorraca), imoral e maquiavélico, trabalha como um de seu assessores. Soube se tornar indispensável na vida política e pessoal de Lucas. Introvertido, fatalista e místico, afirmando possuir poderes paranormais que usaria para dominar as pessoas. Tem grande influência sobre Daysi
a secretária de Darlene, LURDECA (Cláudia Jimenez), engraçada e com mania de ler romances policiais, está sempre presente na vida da família
a namorada de Jairo, SÔNIA (Malu Rocha), acolhida por Dona Bernarda após a morte dele
o amigo de Dóris, BETO (André Felipe Mauro)
o ex-presidiário INÁCIO (Antonio Breves), ajudado por ele
os empregados: o mordomo (Chico Solano), o assessor (Marcelo de Barreto), a secretária (Maria Alfaia), o motorista (Cílio Blank) e o segurança (Fernando Cavalcanti).

– núcleo de KELI ROMANI (Renée de Vielmond), fotógrafa bela e moderna. No início da trama, muda-se do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro em busca de notícias de seu marido, que a abandonou depois do nascimento da filha do casal. No Rio, mexe com o coração de Lucas Cantomaia, levando-o a cogitar terminar seu casamento. Pede a separação definitiva do marido ao descobrir as suas traições:
o ex-marido CONRADO (Kadu Moliterno), abandonou-a no Rio Grande do Sul com uma filha pequena e foi para o Rio, onde procurou por Lucas Cantomaia, que o tomou por sobrinho de um velho amigo. Consegue um emprego através de Lucas e passa a ser disputado pelas irmãs Adriana e Deise, mas se envolve com a primeira
os irmãos: ROQUE (Ewerton de Castro), engenheiro eletricista que não consegue arrumar trabalho. Machista, preconceituoso, mas incapaz de fazer mal a ninguém,
e RENY (Maria Padilha), sonha ser cantora e acredita que sua mudança para o Rio possa lhe ajudar a realizar esse desejo
a mãe DONA AMÉLIA (Cacilda Lanuza), muito católica, apela aos santos quando se vê em situações difíceis. Desde que perdeu o marido, grande amigo de Lucas Cantomaia, passou a se dedicar à criação dos filhos
o primo JUVENAL (Ricardo Petráglia) e sua mulher CÁSSIA (Lúcia Alves), mulher alegre e muito franca. Tem uma agência de empregadas e promove festas com a intenção de unir patroas e domésticas
o namorado de Reny, MÁRIO JOSÉ, o MASÉ (Fernando Eiras), aluga um quarto na casa de Juvenal. Um bom rapaz, mas resiste a aceitar a profissão de Reny
a chefe BEATRIZ (Maria Lúcia Frota), dona do jornal onde vai trabalhar no Rio.

– núcleo de HORÁCIO RAGNER (Walmor Chagas), principal antagonista político de Lucas Cantomaia. Investiga o passado do político no intuito de desmoralizá-lo. Ao longo da trama, terá um caso com Darlene:
a mãe DONA MUNDINHA (Leonor Lambertini), adora animais e mora sozinha. Trata o filho como criança e chega a se divertir com suas dificuldades
a secretária (Adele Malheiros).

– núcleo de ANTENOR SERRA JARDIM (Rogério Fróes), superintendente da rede bancária Cantomaia. Homem íntegro, fiel a Lucas que, apesar dos casos extraconjugais, mantém-se prudente e discreto para não magoar sua mulher, a quem adora:
a segunda mulher TARCILA (Rosamaria Murtinho), era empregada de sua falecida esposa, mas, com a morte da patroa, passou a cuidar da família e se casou com o patrão. Os dois se amam, mas há uma grande diferença sociocultural entre eles. Sem estudo, sempre preocupada em servir, acabou não fazendo parte da vida social dele
os filhos: LÍLIAN (Ana Helena Berenger), do primeiro casamento, trabalha com o pai e, desde menina, nutre uma paixão por Lucas Cantomaia. Gosta de Tarsila e a repreende por não acompanhar o pai em eventos sociais,
e SERRINHA (Ernesto Piccolo), namorado de Dóris
a empregada (Célia Nobre).

– núcleo de JOCA (Fúlvio Stefanini), diretor da Fundação Cantomaia e assessor de Lucas. Sujeito otimista e bonachão. Solteirão convicto, jamais quis se casar. Aos 52 anos, decide ter um filho, mas quer ser pai solteiro:
a noiva HELÔ (Joana Fomm), quer se casar com ele de qualquer maneira, mas o amado resiste à ideia, pois só deseja ter um filho com ela. Mulher trabalhadora e um pouco puritana. Vai envolver-se com os problemas de Justo Dinard
o menino de rua que adotou TETÊ (Inês Galvão), na verdade uma menina que se vestia de menino para roubar. Ela roubou sua carteira, porém, arrependida, a devolveu. Ele a adotou acreditando que fosse um menino. Logo descobriu a verdade
a empregada ZÉLIA (Betina Viany)
o porteiro (Luiz Damasceno).

– núcleo do industrial VIDAL (Cláudio Corrêa e Castro, participação), assassinado nos primeiros capítulos, apontado por Justo como o grande responsável pela morte de seu irmão Jairo:
a mulher JOANA (Regina Viana), objeto de desejo de Albano, que faz de tudo para conquistá-la
a secretária ESTELA (Nina de Pádua), foi namorada de Roque no Rio Grande do Sul. Ao mudar-se para o Rio, apaixonou-se por Justo Dinard.

Janete às dez

Tentativa da TV Globo de “ressuscitar” o horário das dez da noite para novelas. Essa foi a justificativa da emissora para explicar o fato de Janete Clair, autora tradicional do horário das oito, apresentar uma novela às 22 horas em um momento em que a faixa para novelas havia sido abandonada.

Na verdade, Janete estava mal de saúde, vinha há quatro anos sofrendo com um câncer no intestino e a direção da Globo sabia da gravidade da doença. Como a novelista não queria deixar de trabalhar, a emissora optou por não comprometer o horário nobre das oito – o de maior faturamento publicitário e repercussão. Na época, seria mesmo arriscado programar uma novela com chances consideráveis de ter sua autoria trocada no meio da trama.

O horário da novela não era o preferido de Janete. A autora foi responsável pela criação do ritual quase sagrado que reunia, em torno da TV, sempre às 20 horas, fiéis adoradores do seu estilo. A Globo estava há quase cinco anos sem exibir novelas às 22 horas e a direção pediu que Janete recondicionasse o público ao horário.
Ela não aceitou sem uma certa resistência: “Deixa eu escrever a próxima das oito”, insistia, quando Louco Amor, de Gilberto Braga, estreava. “Vai ser a última novela da minha vida”, disse ela. Não foi atendida.

Para impor um ritmo de trabalho menor à autora, Eu Prometo era apresentada de segunda a sexta-feira, em capítulos de apenas 30 minutos, enquanto a média das outras novelas era de 45 minutos, em capítulos exibidos de segunda a sábado.

Como Janete estava muito fragilizada pela doença – havia passado por várias cirurgias -, Glória Perez (estreando em roteirização de novelas) foi acionada para auxiliá-la.
Janete chegou a dizer à sua colaboradora quando acertaram a parceria: “Não sei se vou chegar ao fim dessa novela, mas quero que essa novela chegue ao fim.” (Glória em depoimento a André Bernardo e Cíntia Lopes para o livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”)

Morte de Janete

Eu Prometo foi o último trabalho de Janete Clair, que faleceu no dia 16/11/1983, aos 58 anos de idade, tendo escrito a novela até o capítulo 60. Glória Perez, terminou de escrevê-la após sua morte, com supervisão de texto de Dias Gomes, marido de Janete.

A morte de Janete Clair gerou uma comoção nacional. A cobertura jornalística que a Globo fez de seu enterro teve até patrocínio do esmalte Monange. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)

Ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia” (do Projeto Memória Globo), Glória Perez revelou como trabalhou com a autora:
“Janete escreveu no hospital, até o último minuto (…) Ditava o capítulo que cabia a ela e eu apenas anotava. Ela sabia que estava morrendo (…) Como nos encontrávamos todos os dias, fui acompanhando passo a passo aquele piorar. Quando Janete achou que não chegaria ao fim da novela, ela me deu instruções de como queria que a história terminasse (…) todos os desfechos.”
E após a morte de Janete: “Ficou combinado com o Dias Gomes, viúvo da Janete, que eu escreveria os capítulos e mostraria a ele. Tudo correu tranquilamente, nunca tive de reescrever nada.”

Uma homenagem a Janete Clair foi prestada ao fim da exibição do último capítulo, em 17/02/1984. Juntamente com uma imagem da novelista, fotos do elenco, ao som da música “Eternamente”, cantada por Gal Costa, e por fim a sua frase “Eu gostaria que o ser humano acreditasse que existe uma força capaz de mudar sua vida. É bom confiar em si mesmo e esperar um novo amanhecer.” – já usada no encerramento da novela anterior da autora, Sétimo Sentido, em 1982.

Abordagens

Janete trazia de volta o que ela tinha de melhor para apresentar: um intrincado jogo de personagens que, ao se entrelaçarem com seus dramas, criavam entrechos irresistíveis. Uma boa novela, muita garra do elenco e da equipe, apesar da morte da autora. Infelizmente a repercussão não atingiu o nível apresentado e a “volta” do horário das dez não surtiu efeito. (“Memória da Telenovela Brasileira”, Ismael Fernandes)

Ao abordar os bastidores da política nacional e os problemas do sistema carcerário brasileiro, a autora deu à história um ar de novidade, embora os ingredientes folhetinescos fossem os mesmos utilizados em suas tramas anteriores. A temática escolhida por Janete Clair era mais “adulta” e só foi liberada pela Censura Federal para as 22 horas.

A abordagem política em Eu Prometo foi criticada pela revista Veja em sua edição de 12/10/1983:
“Falta à novela aquilo que nas chamadas da Globo era alardeado como o principal: a política, que, além de rala, é mal tratada no enredo. Lucas Cantomaia reforça o estereótipo dos políticos carreiristas, sem maiores preocupações com os problemas do eleitorado. Ele não tem qualquer posição sobre temas políticos e, ao longo da história, o ofício parlamentar não passa de pano de fundo para os conflitos pessoais, estes sim a grande preocupação de Janete Clair.
‘Não escrevi uma novela política e sim uma história aproveitando um tema político’, justifica-se Janete, afastando qualquer comparação com o trabalho do marido, Dias Gomes. É uma pena. Lucas Cantomaia pode ser um bom personagem, mas Odorico Paraguaçu continua a ser o único animal político verdadeiro a transitar na ficção de TV.”

O primeiro título pensando para a novela foi O Homem Perfeito.

Elenco

Janete escreveu o papel de Darlene especialmente para Dina Sfat. Em princípio, a atriz recusou o convite para atuar. O nome de Eva Wilma chegou a ser cogitado para a personagem, mas, diante da insistência da autora, Dina voltou atrás e aceitou interpretar a mulher do protagonista Lucas Cantomaia.

Destaque para Walmor Chagas, como o deputado rival Horácio Ragner, o antagonista de Lucas Cantomaia. Também Ney Latorraca, como Albano, assessor inescrupuloso de Lucas; Marcos Paulo, como Justo Dinar, o irmão revoltado do político; e Fernanda Torres, como Daisy, a sua filha rebelde.

A novela teve cenas gravadas no Instituto Penal Vieira Ferreira, em Niterói (RJ). A atriz Joana Fomm participou dessas gravações e se tornou madrinha da instituição a convite do diretor, tamanho foi o sucesso que fez entre os presos. (Site Memória Globo)

Primeira novela das atrizes Malu Mader, Cláudia Jimenez, Nina de Pádua e Inês Galvão, e do ator André Fillippi (di) Mauro.
Primeira novela na Globo da atriz Júlia Lemmertz e do ator Ewerton de Castro.
Única novela inteira na Globo da veterana atriz Leonor Lambertini.

Trilha sonora

A trilha internacional de Eu Prometo é a quarta mais vendida entre as trilhas de novelas das dez da Globo, 107.764 cópias, perdendo apenas para os discos O Espigão Internacional (3º lugar), Bandeira Dois Internacional (2º lugar) e O Grito Internacional (1º lugar).

Trilha sonora nacional

01. VOCÊ É LINDA – Caetano Veloso (tema de Lucas e Keli)
02. NAMORO DE GATO – Sérgio Sá (tema de Helô e Joca)
03. ESTRANHAS MANEIRAS – Joanna
04. FELIZ – Gonzaguinha (tema de Albano e Joana)
05. 14 ANOS – Nara Leão
06. MENINO – Milton Nascimento (tema de Justo)
07. PROMESSAS (SÓ EM TEUS BRAÇOS) – Fafá de Belém (tema de abertura)
08. AMOR AVENTUREIRO – Cláudio Nucci
09. TUDO QUE EU QUERO (TRANQUILO) – Ritchie
10. MASCULINO FEMININO – Pepeu Gomes (tema de Tetê)
11. AS APARÊNCIAS ENGANAM – Elis Regina (tema de Darlene)
12. CHOCOLATE E MEL – Fred (tema de Serrinha)
13. ADORAÇÃO – Telma Costa
14. NOS BAILES DA VIDA – César Camargo Mariano (tema de Reny e Mário José)

Sonoplastia: Sérgio Cuíca
Supervisão de sonoplastia: Antônio Faya
Direção de produção: Guto Graça Mello
Pesquisa de repertório: Francisco Santos Jr. e Arnaldo Schneider

Trilha sonora internacional

01. TONIGHT I CELEBRATE MY LOVE – Roberta Flack & Peabo Bryson (tema de Lucas e Keli)
02. WRAP YOUR ARMS AROUND ME – Agnetha Fältskog
03. TELEPHONE (LONG DISTANCE LOVE AFFAIR) – Sheena Easton
04. SOUVENIR – O.M.D. (tema de Lucas e Keli)
05. VAMOS A LA PLAYA – Righeira
06. MIRACLES – Stacy Lattisaw (tema de Conrado e Adriana)
07. BUILD UP BUTTERCUP – Torch
08. PUTTIN’ ON THE RITZ – Taco (tema de Juvenal)
09. ALL TIME HIGH – Rita Coolidge
10. NO SEE NO CRY – Chaka Khan
11. MY LOVE – Lionel Ritchie (tema de Darlene)
12. I LIKE CHOPIN – Gazeta
13. I CAN HEAR YOUR HEARTBEAT – Chris Rea
14. PRETENDING – Freddy Cole & Shelia Richards

Supervisão: Sérgio Motta

Tema de abertura: PROMESSAS (SÓ EM TEUS BRAÇOS) – Fafá de Belém

Sim, promessas fiz
Fiz projetos
Pensei tanta coisa
E vem o coração e diz
Que só em teus braços, amor
Eu posso ser feliz

Eu tenho esse amor para dar
O que é que eu vou fazer?

Eu tentei te esquecer
E prometi
Apagar da minha vida esse sonho
E vem o coração e diz
Que só em teus braços, amor
Eu posso ser feliz…

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