Sinopse

Mulher moderna na opressora sociedade paulista da década de 1920, Catarina Batista recusa o papel feminino de se restringir a lavar ceroulas em um tanque. Julião Petruchio é um machão que acredita que a mulher deve ser a rainha do lar. Duas pessoas tão diferentes vivem um romance contraditório. Conhecida como “a fera” por botar para correr os seus pretendentes, Catarina esbarra na teimosia de Petruchio, que quer conquistá-la para, com o dote do casamento, salvar sua fazenda de ser leiloada. Eles acabam apaixonados, mas não dão o braço a torcer, vivenciando discussões homéricas. Quem mais sofre é Mimosa, a governanta dos Batista, que tenta frear as impetuosidades de Catarina.

Há os que são contra e a favor desse improvável romance. O banqueiro Nicanor Batista, pai de Catarina, quer vê-la casada, livrar-se do constrangimento que passa por causa das atitudes da filha e lançar sua candidatura a prefeito. Bianca, a irmã mais nova, é o oposto de Catarina: seu sonho é casar, mas só terá permissão após a irmã mais velha. Já Cornélio, tio de Petruchio, torce pelo sobrinho, assim como Calixto, velho empregado da fazenda que considera Petruchio como um filho. Também apoiam o romance Dinorá, mulher de Cornélio, Josefa, a sogra, e Heitor, o cunhado: todos esperam ansiosamente o casamento de Heitor e Bianca, por causa da fortuna dos Batista.

Entre os que não aprovam a união, há a ardilosa caipira Lindinha, criada com Petruchio na fazenda, apaixonada por ele, contanto com a ajuda do simplório Januário, que, por sua vez, ama Lindinha e faz tudo o que ela quer. Também o jornalista Serafim, um almofadinha que pretende conquistar Catarina para dar o golpe do baú. E o vilão Joaquim, homem misterioso cujo objetivo é arruinar Petruchio porque acredita que ele foi o responsável, no passado, pela perdição de sua única filha, Marcela. Para piorar esse cenário, a ardilosa Marcela chega vinda de Paris, para se apossar dos bens do ingênuo pai e reconquistar de vez Petruchio, batendo de frente com a indomável Catarina.

Globo – 18h
de 26 de junho de 2000
a 10 de março de 2001
221 capítulos

novela de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira
colaboração de Duca Rachid
direção de Amora Mautner, Ivan Zettel e Vicente Barcellos
direção geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra
núcleo Denis Carvalho

Novela anterior no horário
Esplendor

Novela posterior
Estrela-Guia

EDUARDO MOSCOVIS – Julião Petruchio
ADRIANA ESTEVES – Catarina Batista
DRICA MORAES – Marcela
LUÍS MELLO – Nicanor Batista (Manuel)
NEY LATORRACA – Cornélio Valente
MARIA PADILHA – Dinorá
ÂNGELO ANTÔNIO – Professor Edmundo
LEANDRA LEAL – Bianca
RODRIGO FARO – Heitor
PEDRO PAULO RANGEL – Calixto
SUELY FRANCO – Mimosa
EVA TODOR – Josefa
CARLOS VEREZA – Joaquim de Almeida Leal
TAUMATURGO FERREIRA – Januário
VANESSA GERBELLI – Lindinha
TÁSSIA CAMARGO – Joana
ANA LÚCIA TORRE – Neca
BIA NUNNES – Dalva
MYRIAN FREELAND – Candoca
MURILO ROSA – Celso
CARLOS EVELYN – Fábio
CARLA DANIEL – Lurdes
VIRGÍNIA CAVENDISH – Bárbara
JOÃO VITTI – Jornalista Serafim
MATHEUS PETINATTI – Teodoro
REJANE ARRUDA – Kiki
DÉO GARCÊZ – Ezequiel
BERNADETH LYZIO – Berenice
JÚLIO LEVY – Cosme
PAULO HESSE – Delegado Sansão Farias
RAIMUNDO DE OLIVEIRA – Inspetor Sigismundo
SÉRGIO MÓDENA – Inácio
GLÁUCIO GOMES – gerente do hotel
RONEY VILELA – Jack
JAMAICA MAGALHÃES – Benedita
ROSANE CORRÊA – Etelvina

as crianças
LUÍS ANTÔNIO NASCIMENTO – Buscapé
THAÍS MÜLLER – Fátima
JOÃO CAPELLI – Jorginho

e
ALESSANDRA COSTA – Tarsila do Amaral
ALEXANDRE BARILARI – Manoel (aplica um golpe em Petruchio a pedido de Joaquim)
ALÉXIA DESCHAMPS – falecida mulher de Batista, mãe de Catarina e Bianca
ANTÔNIO PITANGA – Capitão João Manoel
CASTRO GONZAGA – Dr. Felisberto (médico que atende Bianca quando esta faz greve de fome)
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO – Normando Castor (agiota que cobra a dívida de Petruchio)
FÁBIO ORNELLAS – Oswald de Andrade
FRANCISCO CARVALHO
FREDERICO MAGELA – garçon da confeitaria
HENRIQUE CÉSAR – Ursolino Montenegro
ISAAC BARDAVID – Dr. Felisberto
IVAN MARTINS – motorista de Joaquim
LÚCIA ALVES – Drª Hildegard
LUÍS DE LIMA
MATHEUS ROCHA
MIGUEL NADER – soldado de polícia
MURILO ELBAS – Rufino (sequestrador de Josefa)
NELSON XAVIER – Dr. Caio (médico)
NILDO PARENTE – membro do partido de Batista
NIZO NETO – François
PAULA PICARELLI – Cássia
RAUL LABANCA – bandido que tenta roubar a mala de Edmundo
RONALDO REIS – médico que atende Bianca

– núcleo de CATARINA BATISTA (Adriana Esteves), feminista ferrenha na São Paulo dos anos 20, completamente alheia ao casamento, conhecida como “a fera” por assustar todos seus pretendentes:
o pai, o banqueiro NICANOR BATISTA (Luís Mello), que quer arranjar um noivo para a filha a qualquer preço
a irmã BIANCA (Leandra Leal), o oposto dela, romântica, só quer saber de casar, mas o pai a proíbe pois exige que Catarina case primeiro
a governanta MIMOSA (Suely Franco), protetora das irmãs Batista
o negrinho agregado da casa BUSCAPÉ (Luís Antônio Nascimento)
o motorista COSME (Júlio Levy)
a empregada BENEDITA (Jamaica Magalhães).

– núcleo de JULIÃO PERTUCHIO (Eduardo Moscovis), dono de um sítio onde fabrica queijos. Um sujeito bruto e machão que vê no casamento com Catarina a salvação de sua fazenda que está hipotecada. Para tanto passa a cortejá-la e tem a missão de domar “a fera”:
o amigo CALIXTO (Pedro Paulo Rangel), que apaixona-se por Mimosa
a sobrinha de Calixto, LINDINHA (Vanessa Gerbeli), de caráter duvidoso e apaixonada por Petruchio, faz de tudo para afastá-lo de Catarina
o funcionário do sítio JANUÁRIO (Taumaturgo Ferreira), apaixonado por Lindinha
a empregada NECA (Ana Lúcia Torre).

– núcleo de MARCELA (Drica Moraes), antiga namorada de Petruchio que retorna a São Paulo disposta a reconquistá-lo, e a pôr as mãos na fortuna do ingênuo pai. Casa-se com Batista por interesse:
o pai JOAQUIM (Carlos Vereza), homem rico que tem ódio de Petruchio por achar que ele “desgraçou” sua filha, por isso cobra o seu sítio como pagamento de uma dívida. Descobre um filho desaparecido: Januário, que vai morar com o pai
o amigo EZEQUIEL (Déo Garcez), cúmplice em suas armações.

– núcleo de CORNÉLIO VALENTE (Ney Latorraca), tio de Petruchio:
a mulher DINORÁ (Maria Padilha), que o trai
o cunhado HEITOR (Rodrigo Faro) que quer casar-se com Bianca para dar o golpe do baú
a sogra JOSEFA (Eva Todor) – no passado fora amante de Joaquim, que a conhecia como DESIRÉE
a empregada ETELVINA (Rosane Corrêa).

– núcleo de JOANA (Tássia Camargo) amante de Batista que tem com ela outra família e a engana assumindo outra identidade, Manuel, um pobre caixeiro-viajante:
os filhos FÁTIMA (Thaís Müller) e JORGINHO (João Capelli)
a falsa amiga BERENICE (Bernadeth Lyzio)
o irmão de Berenice, JACK (Roney Vilela), um bandido.

– núcleo de DALVA (Bia Nunnes), costureira, prima de Dinorá. Foi a antiga paixão de Cornélio, preterida por ser pobre:
a filha CANDOCA (Myrian Freeland), moça romântica, amiga de Bianca
o inquilino PROFESSOR EDMUNDO (Ângelo Antônio), que vai dar aulas a Bianca e os dois acabam apaixonados, apesar da oposição de Heitor e Batista
o namorado de Candoca, CELSO (Murilo Rosa), que a trai com Dinorá
o amigo de Celso, FÁBIO (Carlos Evelyn).

– demais personagens:
as feministas amigas de Catarina, LURDES (Carla Daniel) e BÁRBARA (Virgínia Cavendish), que disputam Fábio, que por sua vez as engana se fazendo passar por mudo
o JORNALISTA SERAFIM (João Vitti), pretendente de Catarina que insiste em cortejá-la
a assessor de Batista, TEODORO (Matheus Petinatti), marqueteiro em sua candidatura à prefeitura de São Paulo
a prostituta KIKI (Rejane Arruda), amiga de Petruchio
o DELEGADO SANSÃO FARIAS e seu auxiliar, o INSPETOR SIGISMUNDO
o gerente do hotel onde vivem Joaquim e Marcela, (Gláucio Gomes) e o carregador de malas INÁCIO (Sérgio Módena).

Dupla de sucesso

Comédia romântica leve e divertida, de grande sucesso, que alavancou a audiência no horário das seis como poucas vezes se viu. Seu slogan de divulgação era “Uma novela que vai marcar época!”

O diretor Walter Avancini retornava à TV Globo depois de mais de dez anos afastado da emissora – o último trabalho havia sido a minissérie República, exibida em 1989. Consigo, Avancini trouxe o autor Walcyr Carrasco – dupla responsável pelo sucesso da novela Xica da Silva, na TV Manchete, em 1996-1997. O Cravo e a Rosa foi a primeira novela de Carrasco na Globo.

Inspirações

A trama era inspirada no clássico “A Megera Domada”, de Shakespeare, com referências nas novelas A Indomável (de Ivani Ribeiro, TV Excelsior, 1965) e O Machão (de Ivani escrita por Sérgio Jockyman, TV Tupi, 1974-1975), também baseadas na “Megera Domada”. Muitos personagens de O Machão foram aproveitados, mas com uma diferença de ótica. O autor comentou na época do lançamento:
“Eu atualizei o cerne da novela, colocando uma Catarina mais simpática em seus ideais, com os quais muitas telespectadoras vão se identificar”

O clássico “Cyrano de Bérgerac”, de Edmond Rostand, foi outra referência usada pelo autor, mas para retratar o conflito de Bianca (Leandra Leal) entre seus dois amores, Heitor e Edmundo (Rodrigo Faro e Ângelo Antônio). Ela amava o físico de um e a alma de outro. Essa trama também estava presente em O Machão, com os personagens vividos por Liza Vieira (Bianca), Jacques Lagoa (Heitor) e Flávio Galvão (Edmundo). Walcyr Carrasco, por sua vez, já havia usado esse conflito em seu livro infantil “O Menino Narigudo”.

Espichamento

Assim como Esplendor, a antecessora no horário, O Cravo e a Rosa foi inicialmente pensada para ser uma novela curta. Quando Walcyr Carrasco estava finalizando o que seria o segundo terço da novela, por volta do capítulo 60, recebeu da emissora a notícia de que, em vez de 90 capítulos, O Cravo e a Rosa teria a duração de uma novela normal, perto dos 200. Isso levou à entrada na trama de uma personagem que até ali era apenas citada: Marcela (Drica Moraes), filha de Joaquim (Carlos Vereza), que no passado tivera um romance com Petruchio (Eduardo Moscovis). Marcela chegou para cumprir a função de vilã da trama, figura necessária para uma novela que acabou durando bem mais do que o tempo inicialmente previsto – terminou com 221 capítulos. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

O autor narrou ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo:
“Para poder ampliar a história, eu fiz alguns pedidos à Globo. Pedi, por exemplo, novos cenários e uma nova atriz para interpretar uma vilã, coisa que a novela não tinha. (…) Em O Cravo e a Rosa, a vilã era a própria Catarina. Ela mesma impedia o relacionamento dos dois protagonistas [Catarina e Petruchio]. Em 90 capítulos, isso era possível. Mas em 200, eu precisava de uma personagem que fizesse armações, precisava de uma vilã com perfil de novela tradicional. Então entrou em cena a Drica Moraes.”

Elenco

Muitos foram os destaques do elenco, com atores mostrando o seu lado cômico: Adriana Esteves (Catarina), Eduardo Moscovis (Petruchio), Ney Latorraca (Cornélio), Maria Padilha (Dinorá), Drica Moraes (Marcela), Luís Mello (Batista), Pedro Paulo Rangel (Calixto), Suely Franco (Mimosa), Eva Todor (Josefa), Carlos Vereza (Joaquim), Taumaturgo Ferreira (Januário), Vanessa Gerbelli (Lindinha) e outros.

Primeiro trabalho na Globo do ator Déo Garcez.
Primeira novela do ator Luís Antônio Nascimento (com 13 anos na época) e das atrizes Vanessa Gerbelli, Rejane Arruda (irmã da atriz Carolina Kasting) e Thaís Müller (filha dos atores Anderson Müller e Marcela Muniz e neta do novelista Lauro César Muniz, com 7 anos na época).

Para situar elenco e equipe na década de 1920, os diretores promoveram um workshop de duas semanas, antes do início das gravações, que contou com leituras de texto, provas de roupa e uma palestra do historiador Nicolau Servicenko, então professor de História da USP.
Também orientações de especialistas: Rodrigo Faro teve aulas de remo; os atores do núcleo da fazenda tiveram aulas de equitação e aprenderam a fabricar queijo, ordenhar vaca e pegar galinha; Bia Nunnes aprendeu corte e costura; e Adriana Esteves e Leandra Leal tiveram noções de piano (como mexer o ombro, a hora certa de respirar, etc). Todo o elenco teve assessoria de expressão corporal e dança.

Reconstituição de época

A fidelidade na reconstituição de época foi o ponto de partida tomado pela direção para dar uma identidade à novela. Com base em uma pesquisa dos anos 1920 – apoiada em documentários, fotos, cartões postais e filmes que retratam o período – Walter Avancini optou por um tom realista na linguagem, enfocando personagens cheios de humanidade.

O diretor de fotografia Flávio Ferreira optou pela luminosidade para exprimir a euforia e leveza da época. Para se obter uma luz mais realista, foram usados dois tipos de filtro nas câmeras, criando uma textura de glamour e delicadeza e mantendo o tom de pele normal sem interferência no ambiente. Foram usados também como referenciais os filmes Quando o Coração Floresce (1955) e Passagem Para a Índia (1984), de David Lean; Henry e June (1990), de Philip Kaufman; e O Grande Gatsby (1974), de Jack Clayton.

Nas primeiras semanas da novela, o diretor Walter Avancini inseriu nas cenas pequenas aparições de figuras ilustres da época, vividas por atores figurantes. Dessa forma, foram homenageados personagens como a artista plástica Tarsila do Amaral, a cantora lírica Bidu Sayão, o poeta Oswald de Andrade e o escritor Monteiro Lobato, este ao lado da esposa, Maria Pureza, a dona Purezinha. (Site Memória Globo)

O figurino, assinado por Beth Filipecki, contou com aproximadamente 1000 peças, entre roupas masculinas e femininas – sendo que 600 confeccionadas especialmente para a novela. As demais, aproveitadas do acervo da TV Globo, tiveram a modelagem redimensionada. Foram cerca de 200 chapéus femininos e 120 masculinos, além de 140 pares de sapatos, acessórios e sombrinhas.

Cenografia e locações

Ao todo foram 26 cenários de estúdio, entre eles a casa art nouveau de Batista (Luís Mello) e a casa de estilo art déco de Dinorah (Maria Padilha). A cidade cenográfica, construída na Central Globo de Produção, reuniu quatro espaços em um único complexo, com 24 edificações de arquiteturas diversas, como era comum. Neste complexo, havia um trecho residencial em que se situava a fachada da casa de Batista, que recebeu um tratamento paisagístico específico; outra área residencial onde se localizava a fachada da casa de Cornélio (Ney Latorraca); a pensão de Dalva (Bia Nunnes); e a parte principal da cidade, cuja referência é uma fotografia do Largo do Tesouro, que realmente existiu em São Paulo. Neste largo encontravam-se a confeitaria Aurora, um colégio, uma igreja, lojas com vitrines, uma barbearia, uma venda, a fachada da Revista Feminina, a pensão onde moravam Kiki (Rejane Arruda) e as feministas, e a fachada do dancing, núcleo dos músicos da trama.

Um dos destaques foi o bonde elétrico, com capacidade para 20 pessoas e que realmente andava pela cidade (o bonde foi adaptado a um carrinho elétrico). Nas ruas estreitas, postes com fios de telégrafo e lampiões ao lado da iluminação de neon. A periferia da cidade, com as casas simples de lavadeiras, também foi retratada.

Sete carros Ford modelo T, que vão de 1919 a 1927, circularam na cidade cenográfica. Vendedores de palha, vassouras, verduras, frutas, utensílios de cozinha e tecidos caminhavam pelas ruas da cidade carregando os objetos arrumados pela produção de arte.

Já a fazenda de Petruchio (Eduardo Moscovis) estava localizada em um sítio em Ilha de Guaratiba, Zona Oeste do Rio, que contou com a casa do protagonista, o local de fabricação de queijo, o estábulo e os anexos, como o chiqueiro e o galinheiro. Vacas, galinhas, patos, porcos e cavalos complementaram o cenário. O núcleo de Petruchio lembrava a Família Buscapé.

Para as cenas de fabricação de queijo na fazenda, a equipe recorreu a uma cooperativa para reservar 30 queijos prontos por dia, além de 60 litros de leite líquido e 60 litros de leite coalhado, usados nas várias sequências.
Isto sem falar nos vasos, bandejas e bibelôs que Catarina atirava no chão e contra seus pretendentes.

Trilha sonora e abertura

O CD com a trilha sonora da novela, com Bianca (Leandra Leal) na capa, fez grande sucesso. Entre as músicas mais tocadas, o tema de abertura, a regravação de “Jura”, por Zeca Pagodinho; “Olha o que o Amor me Faz”, sucesso da dupla Sandy e Jr., tema de Bianca; “O Cravo e a Rosa”, gravada por Jair Rodrigues, tocada nas cenas da fazenda; “Tua Boca”, hit romântico do cantor Belo, para as cenas de amor entre Petruchio e Catarina (“Mel, tua boca tem o mel / E melhor sabor não há / Que loucura te beijar”), e outras.

A abertura da novela foi escolhida como a melhor do ano de 2001 pelo júri do 2º Festival Latino-Americano de Cine Vídeo, no Mato Grosso do Sul. Inspirada em fotos e filmes do início do século 20, trazia um camafeu dourado girando no ar com imagens em preto e branco com aparência de película antiga, típicas do cinema mudo, de vários personagens da trama, em especial de Petruchio e Catarina.

Repetecos

O Cravo e a Rosa ganhou duas reprises no Vale a Pena Ver de Novo: de 13/01 a 01/08/2003, e de 05/08/2013 a 17/01/2014. A primeira reprise, em 2003, registrou uma das mais altas audiências da faixa vespertina na década de 2000: média final de 23,48 pontos no Ibope da Grande SP – apesar desse retorno ter sido considerado precoce: quase 2 anos entre o final da exibição original e a estreia no Vale a Pena Ver de Novo.

Reapresentada também no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo) entre 25/03 e 07/12/2019, às 23h com reprise às 13h30 do dia seguinte.

Em 2021, O Cravo e a Rosa foi escolhida para estrear uma nova faixa vespertina de reprises (além do Vale a Pena Ver de Novo): após o Jornal Hoje, exibida entre 06/12/2021 e 30/09/2022, com o destaque Edição Especial.

A novela foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 24/01/2022 – apesar de já constar na plataforma a versão editada do Vale a Pena Ver de Novo.

01. JURA – Zeca Pagodinho (tema de abertura)
02. OLHA O QUE O AMOR ME FAZ – Sandy & Júnior (tema de Bianca)
03. O CRAVO E A ROSA – Jair Rodrigues (tema do núcleo da fazenda de Petruchio)
04. NADA SÉRIO – Joanna (tema de Candoca)
05. TRISTEZA DO JECA – Sérgio Reis (tema de Januário)
06. MISSISSIPPI RAQ – Claude Bolling
07. QUEM TOMA CONTA DE MIM – Paula Toller (tema de Kiki)
08. LUA BRANCA – Verônica Sabino (tema de Lindinha)
09. ODEON – Sérgio Saraceni (tema geral)
10. COQUETTE – Guy Lombardo (tema de Calixto e Mimosa)
11. TUA BOCA – Belo (tema de Petruchio e Catarina)
12. TEA FOR TWO – Ella Fitzgerald & Count Basie (tema de Cornélio e Dinorá)
13. RAIN – Sérgio Saraceni
14. ON THE MISSISSIPPI – Claude Bolling

Sonoplastia: Octávio Lacerda e Humberto Donghia
Produção musical: Sérgio Saraceni
Direção musical: Mariozinho Rocha

Tema de abertura: JURA – Zeca Pagodinho

Jura, jura, jura
Jura pelo Senhor
Jura pela imagem
Da Santa Cruz do Redentor

Pra ter valor a tua jura

Jura, jura de coração
Para que um dia eu possa dar-te o meu amor
Sem mais pensar na ilusão

Daí então dar-te eu irei
Um beijo puro na catedral do amor
Dos sonhos meus
Bem juntos aos teus
Para fugir das aflições da dor…

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