Sinopse

Inglaterra, século 16. No mesmo dia do nascimento do príncipe herdeiro Eduardo Tudor, filho do rei Henrique VIII, nasceu em uma família miserável Tom Canty, fisicamente idêntico ao príncipe. Os dois cresceram sem um saber da existência do outro.

Um dia, o jovem Tom, em suas andanças de mendigagem, foi parar nos jardins do palácio. Destratado por um guarda, acabou socorrido pelo príncipe. Inicia-se então a amizade entre os dois rapazes.

Eduardo tem sede de aventura e anima-se com a liberdade de Tom. O mendigo, por sua vez, se encanta com a vida farta e luxuosa do palácio. Os dois têm a ideia de trocar de papeis. Tom toma o lugar do príncipe e permanece no castelo, enquanto Eduardo veste as roupas sujas de seu amigo e sai do palácio.

No entanto, Eduardo acaba nas mãos de John Canty, o severo pai de Tom, que o maltratava. E quando Henrique VIII morre, Tom, o falso príncipe, é coroado o novo rei da Inglaterra. Diante de tantas confusões e na expectativa de desfazer o mal entendido, os dois sósias acabam tendo de se adaptar às suas novas realidades.

Record – 18h30
de 4 de janeiro a 9 de abril de 1972

novela de Marcos Rey
beseada no romance homônimo de Mark Twain
direção de Dionísio Azevedo e Antônio Gichoneto

Novela anterior no horário
Pingo de Gente

Novela posterior
Eu e a Moto

CARLOS EDUARDO (KADU MOLITERNO) – Eduardo Tudor / Tom Canty
NÁDIA LIPPI – Lady Jane
MANOEL DA NÓBREGA – Henrique VIII
MAURO MENDONÇA – John Canty
FLORA GENY – Miss Canty
PERRY SALLES – Conde de Hertford
SUZANA GONÇALVES – Lady Mary
ADRIANA DE GÓIS – Lady Elizabeth
NANCY HELENA – Lady Elizabeth
EDMUNDO LOPES – Duque de Norfolk
CÉLIA HELENA – Lady Saint-John
MÍRIAN MEHLER – Lady Edith
ROSA RATZ
ADEMIR ROCHA – Horácio
RIVA NIMITZ – ama
LÍDIA COSTA – avó de Tom
FERNANDO BALERONI – Padre André
ADONIRAN BARBOSA
KITA – Nam
JÚLIO CÉSAR CRUZ – Som
THILDE FRANCHESCHI – Bússola
RONI RIO
GABRIELO PAONE
SEBASTIÃO CAMPOS – Miles Hendon
WÁLTER SEISSEL
CLAYTON SILVA
CLÁUDIO LOPOMO
RÚBENS MORAL
VALDO RODRIGUES
MURILO AMORIM CORRÊA
WILMA CHANDLER

Adaptação graciosa

Adaptação graciosa e bem conduzida de Marcos Rey a partir do clássico livro de Mark Twain, lançado em 1881.

Kadu Moliterno (que assinava Carlos Eduardo na época) valorizou a novela com sua dupla interpretação – seu porte físico foi um elemento importante na integração ator-personagem.

Sem recursos para externas

A TV Record não contava com nenhum recurso para as gravações externas, como o romance de Mark Twain exigia. O adaptador Marcos Rey desabafou:

O Príncipe e o Mendigo, sem áreas abertas, sem cavalos, sem coches, foi de uma pobreza lamentável. Salvou-se apenas a direção competente de Antônio Gichoneto e algumas interpretações isoladas. Mas os resultados no Ibope foram os melhores possíveis para um canal que vinha de terrível derrocada. A Record, no entanto, resolveu substituí-la por uma novela de atualidades [Eu e a Moto], interrompendo um filão que era mais do que uma promessa.”

(Marcos Rey no ensaio publicado no romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, edição de 1976 pela Edibolso)

Temática e ambientação recorrentes

O tema troca de identidade entre sósias já foi bem explorado em nossas novelas: Vidas Cruzadas (Excelsior, 1965), O Semideus (Globo, 1973), O Outro (Globo, 1987), Cara e Coroa (Globo, 1995), etc.

Em 2005, Tiago Santiago, em sua novela Prova de Amor, inspirou-se no clássico de Mark Twain para criar a trama dos garotos Eduardo (o rico) e Joãozinho (o pobre), idênticos fisicamente, que trocam de lugar – personagens vividos por Pedro Malta.

Outras novelas de ambientação medieval: Belaventura (Record, 2017-2018) e Deus Salve o Rei (Globo, 2018).

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