Sinopse

Egisto Ghirotto, descendente de italianos, foi criado como empregado na fazenda do Barão de Jaraguá. Acabou fazendo fortuna com a Revolução Industrial de São Paulo, enquanto os tradicionais paulistas seguiram o caminho inverso, com a decadência do comércio cafeeiro. Hoje, o velho Antenor, filho do barão, vive das lembranças do passado e ainda acredita possuir as riquezas do pai. Porém, a família do barão está falida. Enquanto os mais conservadores vivem de aparências, outros tentam se adaptar à nova realidade, causando assim conflitos, principalmente entre pais e filhos.

Ninguém estava feliz: os quatrocentões, por terem caído em desgraça, e Egisto, por não ter o prestígio de um título de nobreza. Só que este pode se vangloriar de ter tudo que pertencera ao barão. Inclusive os ossos, após comprar sua cripta mortuária. O sonho do título de nobreza de Egisto só pode ser conquistado com o casamento de seu filho, Martino, indiferente aos anseios do pai, com a bisneta do barão, Isabel, moça moderna e determinada. E Egisto empreende-se na conquista, visando a aliança da aristocracia rural decadente com a imigração enriquecida pela indústria.

SBT – 20h45
de 28 de abril a 30 de agosto de 1997
115 capítulos

novela de Jorge Andrade
escrita por Walter George Durst
colaboração de Duca Rachid, Marcos Lazarini e Mário Teixeira
baseada nas novelas Os Ossos do Barão (Globo, 1973) e Ninho da Serpente (Bandeirantes, 1982)
direção de Luiz Armando Queiroz e Henrique Martins
direção geral de Antônio Abujamra
supervisão geral de Nilton Travesso

Novela anterior
Dona Anja

LEONARDO VILLAR – Antenor Camargo Parente de Rendon Pompeo e Taques
JUCA DE OLIVEIRA – Egisto Ghirotto
TARCÍSIO FILHO – Martino
ANA PAULA ARÓSIO – Isabel
JUSSARA FREIRE – Bianca
CLEYDE YÁCONIS – Melica
OTHON BASTOS – Miguel
CLARISSE ABUJAMRA – Verônica
PETRÔNIO GONTIJO – Vicente
BIA SEIDL – Lavínia
RUBENS DE FALCO – Cândido Caldas Penteado
IMARA REIS – Guilhermina Caldas Penteado
EWERTON DE CASTRO – Luís Eulálio
RÚBENS CARIBÉ – Rogério
BETE COELHO – Norma
MAYARA MAGRI – Lourdes
DANIELA CAMARGO – Mariana
DALTON VIGH – Luigi
LUCIANO QUIRINO – Omar
EUGÊNIA DE DOMÊNICO – Maria Clara
BÁRBARA FAZIO – Ismália
LAERTE MORRONE – Carlino
DENISE DEL VECCHIO – Rosa
THALES PAN CHACON – Otávio
CHRISTIANA GUINLE – Vilma
PAULA SARDÁ – Lídia
MIKA LINS – Noêmia
OTÁVIO MÜLLER – Júlio
JERUSA FRANCO – Consuelo
RENATO CALDAS – Eduardo
ANTÔNIO ABUJAMRA – Sebastião
ELIZABETH HENREID – Clélia
YARA LINS – Lucrécia
GÉSIO AMADEU – Misael
CHICA LOPES – Marlene
WAGNER SANTISTEBAN – Ricardo
CRISTINA BESSA – Lucy
TÂNIA BONDEZAN – Giusepina
EDUARDO GABRIEL
CLÁUDIO CURI – Cassiano
LIA DE AGUIAR – Lupércia

e
ANTÔNIO GHIGONETTO – Rocco (barman no Bar Teatro)
BRANCA DE CAMARGO – Débora
CLEIDE QUEIROZ – empregada da fazenda
FELIPE LEVY – Peninha (garçom no Bar Teatro)
FELIPE RIBEIRO – Miguel (menino)
JAVERT MONTEIRO – Dr. João Lessa (médico que cuida de Isabel quando ela adoece na fazenda)
LEONARDO MEDEIROS – Egisto (jovem)
LEONARDO MONTEIRO – Egisto (menino)
LIZETE NEGREIROS – Isadora (esposa de Sebastião)
LUCÉLIA MACHIAVELLI – florista
MARCELO LAHAM – no jockey durante uma corrida de cavalos
MILTON LEVY – médico que cuida de Lavínia
NORIVAL RIZZO – Padre Joaquim
ROBSON DANTAS – Miguel (jovem)
RUY AFFONSO – trambiqueiro que engana Antenor
WASHINGTON LASMAR – negocia um terreno com Egisto
WELLINGTON RODRIGUES – Bentinho (filho de Sebastião)
SOPHIA BISILLIAT – secretária
RITA ALMEIDA – empregada de Egisto
SEBASTIÃO CAMPOS

Baixa audiência

Última super produção do SBT sob o comando do diretor Nilton Travesso, parceria iniciada em 1994, com Éramos Seis, e encerrada em 1997 ante números de audiência cada vez mais baixos.

Os Ossos do Barão foi inicialmente pensada para se estender por, pelo menos, 140 capítulos, mas seu término foi antecipado, totalizando 115 capítulos. A essa altura, as novelas mexicanas da “Trilogia das Marias” (Maria Mercedes, Marimar e Maria do Bairro) já davam mais audiência que as produções nacionais próprias. Tanto que Os Ossos do Barão foi substituída pela reprise de Maria Mercedes. (Folha de São Paulo, 27/04 e 05/09/1997 *)

Obra de Jorge Andrade

Reedição da novela que Jorge Andrade (1922-1984) escrevera para a TV Globo entre 1973 e 1974, com a adição de tramas e personagens de outra obra do autor: a novela Ninho da Serpente, produzida pela TV Bandeirantes em 1982.

Na primeira versão de Os Ossos do Barão, Paulo Gracindo e Lima Duarte viveram os personagens centrais, Antenor e Egisto, agora interpretados por Leonardo Villar e Juca de Oliveira. O próprio Leonardo Villar já havia participado da novela original, vivendo Miguel, um dos filhos de Antenor.

Os Ossos do Barão era uma adaptação de duas peças teatrais do autor: “A Escada” e “O Ossos do Barão”. Da primeira, Jorge Andrade tirou os conflitos de pais e filhos, ante a hierarquia familiar e o dilema de colocarem os progenitores, Antenor (Leonardo Villar) e Melica (Cleyde Yáconis), em um asilo para velhos. Da segunda, o autor desenvolveu as investidas de Egisto Ghirotto (Juca de Oliveira) em seu veemente desejo de possuir um título de nobreza.

A diferença entre as novelas originais e a adaptação foi o tempo de ação da trama. As primeiras versões de Os Ossos do Barão e Ninho da Serpente se passavam na atualidade em que foram produzidas, enquanto a versão do SBT foi ambientada no início dos anos 1950, como na peça que originou o texto da novela.

Novela fechada

O experiente Walter George Durst ficou responsável pela adaptação para o SBT. Contudo, Durst faleceu em 24/08/1997, uma semana antes do término da exibição da novela (em 30/08), cuja produção já estava finalizada. Walter George Durst tinha 75 anos e foi vítima de um câncer na medula.

Obra fechada, Os Ossos do Barão estreou já totalmente gravada. A gravações se iniciaram na segunda quinzena de outubro de 1996 e foram finalizadas em abril de 1997. Na realidade, sua estreia vinha sendo protelada pela alta direção do SBT, até que finalmente estreou em 28 de abril. (Folha de São Paulo, 27/04 e 01/05/1997 *)

Elenco

A novela revelou o talento da atriz Ana Paula Arósio, em um papel importante na trama – Isabel, neta de Antenor -, seu terceiro trabalho na televisão (antes ela havia feito participações em Éramos Seis e Razão de Viver). Na sequência, Ana Paula foi emprestada à Globo, para protagonizar a minissérie Hilda Furacão. Ao retornar ao SBT, cumpriu seu contrato atuando na série Teleteatro para só depois ser finalmente contratada pela Globo.

Thales Pan Chacon faleceu um mês após o término da novela, na qual interpretava o advogado Otávio. O ator morreu em 02/10/1997, aos 41 anos, de parada respiratória em decorrência de complicações relacionadas ao vírus da Aids.

Locação

As primeiras cenas foram gravadas na fazenda São Sebastião, na região de Amparo (SP), cenário que já servira para a novela Os Imigrantes, em 1981. (Folha de São Paulo, 03/11/1996 *)

* Pesquisa: Ricardo Becker Maçaneiro.

Sonoplastia: José Carlos Jardim e Genivaldo Rodrigues
Trilha: Ricardo Botter Maio

SE STIAMO INSIEME – Riccardo Cocciante (tema de Martino e Isabel)

Tema de Abertura: LÁBIOS QUE BEIJEI – Caetano Veloso

Lábios que beijei
Mãos que afaguei
Numa noite de luar, assim
O mar na solidão bramia
E o vento a soluçar, pedia
Que fosses sincera para mim
Nada tu ouviste
E logo que partiste
Para os braços de outro amor
Eu fiquei chorando
Minha mágoa cantando
Sou estátua perenal da dor
Passo os dias soluçando
Com meu pinho
Carpindo a minha dor, sozinho
Sem esperanças de vê-la jamais
Deus tem compaixão deste infeliz
Porque sofrer assim
Compadecei-vos dos meus ais
Tua imagem permanece imaculada
Em minha retina cansada
De chorar por teu amor
Lábios que beijei
Mãos que afaguei
Volta! Dá lenitivo à minha dor…

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