Sol Nascente

– núcleo de MÁRIO (Bruno Gagliasso), rapaz regido pela emoção: intenso, passional, além de mulherengo. Seu lema é curtir a vida de forma descompromissada. Motos e mulheres são suas grandes paixões. Vive de bicos consertando motos e motores, além de ajudar na padaria da família. Até o dia em que apaixona-se pela sua amiga infância, o que vai transformá-lo profundamente:
os pais: VITTORIO (Marcello Novaes), criou sozinho os três filhos depois que a mulher foi embora. Com a mudança para Arraial do Sol Nascente, vai despertar para um novo amor,
e LORETTA (Cláudia Ohana), foi embora de casa quando os filhos ainda eram pequenos. Tem um passado misterioso, mas ainda mantém contato com a filha pela internet. Reaparece do nada e começa a infernizar a vida do ex-marido
os irmãos: MILENA (Giovanna Lancellotti), tímida e desprovida de vaidade. Trabalha na padaria da família e nunca namorou. Mantém contato com a mãe pela internet e sente falta da figura materna, apesar de muito querida pela família. No seu íntimo, atribui ao pai a culpa pela mãe ter abandonado a família,
e PEPPINO (João Côrtes), o caçula. Irreverente, Mário é seu “mentor” para conquistar garotas
os avós GAETANO DE ANGELI (Francisco Cuoco), o grande patriarca, um eterno apaixonado pela mulher. É ativo e está à frente da padaria da família junto com o filho Vittorio. Conselheiro e respeitado por todos,
e GEPPINA (Aracy Balabanian), chegou ao Brasil junto com seu grande amor, Gaetano, fugida da Itália depois que abandonou um mafioso para quem estava prometida em casamento. Os dois guardam este segredo da família e mantêm acesa a chama da paixão até hoje.

– núcleo de ALICE (Giovanna Antonelli), tem grande gratidão pelo pai adotivo que a acolheu e que lhe deu uma criação pautada pelos valores, costumes e a cultura nipônica – a ponto dela ser fluente no idioma japonês. Melhor amiga de Mário desde a infância, os dois têm muitas afinidades, apesar de diferentes: ele é passional e ela, racional. Mário começa a amá-la quando ela decide passar uns anos no Japão. Lá, inicia um relacionamento amoroso com um homem misterioso:
o pai adotivo KAZUO TANAKA (Luís Mello), neto de um americano e de uma japonesa, chegou ao Brasil há mais de 50 anos. De família humilde, se estabeleceu em Arraial do Sol Nascente e com muito trabalho construiu a Arraial Pescados, empresa referência na área da pesca de sardinhas. No Brasil, também conheceu e se apaixonou pela mãe de Alice, então com 4 anos. Os dois se casaram, Tanaka assumiu Alice como filha mas a mãe dela logo faleceu. É grande amigo do casal De Angeli, desde a chegada dos três ao Brasil
a tia, irmã de Kazuo: MIEKO (Miwa Yanagizawa), veio para o Brasil com os filhos depois de ficar viúva no Japão. Todos foram morar com Tanaka e Alice em Arraial
os primos, filhos de Mieko: HIRÔ (Carolina Nakamura), ciumenta e um pouco invejosa da prima Alice, sonha em se casar seguindo as tradições japonesas,
YUMI (Jacqueline Sato), designer e artista plástica promissora. Melhor amiga e confidente de Alice. Descoberta por um marchand, trilha uma carreira profissional de sucesso. Busca um grande amor para realizar o sonho de ser mãe,
e HIDEO (Paulo Chun), nerd, expert em games e informática. Melhor amigo de Peppino e seu parceiro nas investidas para conquistar as garotas
o pretendente de Hirô, AKIRA (Fábio Yoshihara ), amigo de Kazuo Tanaka, dono de uma loja na cidade
o casamenteiro TAKESHI (Ken Kaneco), da comunidade japonesa. Acionado pela família Tanaka para encontrar candidatos a marido para Hirô.

– núcleo de CÉSAR (Rafael Cardoso), ganancioso, calculista e manipulador, é um tipo mal-caráter que se passa por bom moço. Vê em Alice o alvo perfeito para dar um grande golpe. Aproxima-se dela durante um curso que fazem no Japão e a envolve de maneira irresistível:
a avó DONA SINHÁ (Laura Cardoso), por trás do disfarce de velhinha indefesa, esconde-se uma grande golpista. É a mentora das armações e crimes do neto. Na realidade, o alvo em Alice é premeditado: faz parte de um plano de vingança de Sinhá contra Kazuo Tanaka
a tia MOCINHA (Nívea Maria), irmã mais nova de Sinhá. Infiltra-se na família de Kazuo Tanaka e o envolve romanticamente, como parte do plano de Sinhá. No decorrer, arrepende-se, por ficar realmente apaixonada por ele
o afilhado de Dona Sinhá, JOÃO AMARO (Rafael Zulu), comparsa nos planos de vingança. Também infiltra-se na família Tanaka, como enfermeiro
a ex-namorada SIRLENE (Renata Dominguez), foi abandonada por César quando ele partiu para o Japão. Sua mágoa maior, porém, é ele não ter dado importância quando ela anunciou que estava grávida de um filho dele
o aliado MASSAO (Marcos Tumura), empresário inescrupuloso, ligado ao ramo da exportação. Tenta convencer Kazuo Tanaka a enviar dinheiro ilegalmente para fora do país. Tanaka recusa e César se alia a ele.

– núcleo de LENITA (Leticia Spiller), proprietária do bar Rota 94, mulher forte e batalhadora, muito ligada ao irmão mais novo. De espírito livre, não nasceu para ficar presa a homem nenhum. Acaba apaixonando-se por Vittorio e enfrentará Loretta, a ex-mulher dele, quando ela retornar a Arraial do Sol Nascente:
o irmão RALF TATTOO (Henri Castelli), sujeito ciumento que já se envolveu em muitas brigas no passado. Seu estúdio de tatuagem, dentro do Rota 94, é referência local. Motociclista experiente, já viajou sobre duas rodas por toda a América Latina. É mulherengo assim como o melhor amigo, Mário. Apaixonado por Hirô, acaba envolvendo-se com Milena, na fase em que ela rebela-se contra a família
o namorado, no início, FELIPE (Marcelo Faria), amigo de Ralf. Amante à moda antiga, é romântico e gosta de compromisso tradicional, a contragosto de Lenita, cujos sonhos caminham na direção oposta. A relação não dura muito e logo ele se envolve com Sirlene, assumindo o filho dela
a funcionária KIKA (Flávia Guedes), seu braço direito no Rota 94. Além de atender os clientes, também é confidente de Lenita e tem uma queda pelos homens bonitos que frequentam o bar.

– núcleo de CAROL (Maria Joana), interesseira e manipuladora, é movida a dinheiro. Conhece César em Arraial do Sol Nascente e se torna aliada do vilão para afastar Mário de Alice:
os pais: PATRICK LAMBERT (Jean Pierre Noher), mestre barqueiro da traineira de Tanaka na Arraial Pescados. Francês, trabalhou anos como comandante de transatlânticos. Ao apaixonar-se pela mulher, abandonou os cruzeiros e estabeleceu-se com ela em Arraial,
e ANA CLARA (Silvia Bandeira), mulher sofisticada, ex-socialite carioca, proprietária da pousada Marseille, em Arraial. Vive um casamento feliz com o marido
o assistente de Patrick, WAGNER (Felipe Mago), pescador, tem o desejo de estudar para subir na vida.

– núcleo dos caiçaras, que vivem em uma comunidade à beira da praia e tiram seu sustento do mar e do artesanato:
CHICA (Tatiana Tibúrcio), a líder. Tem um conhecimento intuitivo dos mistérios do mar. Sua sensibilidade, muito afinada com as forças da natureza, vez por outra a leva a ter visões sobre o caráter das pessoas e fatos que vão acontecer
QUIRINO (Val Perré), parceiro de Chica, pescador experiente. Estava longe mas veio estabelecer-se em Arraial para ficar perto dela
DORA (Juliana Alves), irmã mais nova de Chica. Apaixonada pelo marido, os dois vivem um clima de paixão. Mulher bonita, fogosa e muito alegre, além de hábil na pesca com arpão. Tem o sonho de engravidar
TIAGO (Marcello Melo Júnior), marido de Dora, por quem é apaixonado. Experiente pescador e um artesão autodidata que se dedica à fabricação de móveis de bambu. No início não quer ter filhos, mas acaba cedendo ao desejo da mulher e se enchendo de entusiasmo e expectativa quando Dora engravida
VANDA (Cinara Leal), casada com NUNO (Pablo Morais), pais do pequeno CAUÃ (Lucas Sapucahy)
JÚLIA (Érika Januza), irmã mais nova de Vanda. Teve um romance no passado com o cunhado, Nuno. Quando ele chega a Arraial, vindo do Sul, Júlia fica balançada.

– demais personagens:
DAMASCENO RIGHI SALOMÃO (Emilio Orciollo Netto) detetive enviado ao Brasil pelo filho de um chefão da máfia italiana para descobrir o paradeiro de Geppina. Ao encontrar a matriarca dos De Angeli, finge ser seu sobrinho italiano e é acolhido pela família
ELISA (Luma Costa), assistente de Damasceno na investigação sobre o paradeiro de Geppina. Ao chegar a Arraial, consegue um emprego na recepção da pousada Marseille em troca da hospedagem. Muito religiosa, não dá chance para as investidas de Damasceno
MIRANDA (João Carlos Barroso), delegado de Arraial. Investiga os crimes envolvendo César e sua quadrilha
PAULA (Anna Lima), descompromissada, curte a vida e os namorados. Já teve um casinho com Mário
BERNARDO (Marcio Kieling), bonito, requintado e sedutor. Marchand e empresário ligado ao mundo das artes. Descobre o talento e Yumi e a lança no mercado
PESCOÇO (Rick Garcia), barbeiro que trabalha no Rota 94, motociclista da turma de Ralf. Está sempre se metendo onde não é chamado – daí o apelido
NANDA (Roberta Piragibe), irmã de Pescoço, amiga de Milena. Da mesma turma de Hideo e Peppino na escola, é do tipo CDF
FLAVINHA (Marina Brandão), garçonete na hamburgueria da cidade
CIÇA (Caroline Verban), atendente da loja de roupas femininas em que Paula vai trabalhar.

Referências

Júlio Fischer, um dos autores (juntamente com Walther Negrão e Suzana Pires), declarou sobre as referências para construir a história da novela:

“Filmes da grande era do cinema italiano que surge no pós-guerra, as comédias românticas da dupla Katharine Hepburn e Spencer Tracy e, do lado japonês, a obra sensível e profundamente humana de cineastas como Mizoguchi e Yasujiro Ozu. A essas referências se juntaram outras tantas, da cultura pop, uma vez que a novela traz também o universo da praia, do motociclismo e do moderno.

Polêmica sobre whitewashing

Sol Nascente estreou sob uma polêmica que gerou uma propaganda negativa para a novela: a escolha do ator Luís Mello para interpretar o japonês Tanaka fez com que a produção fosse acusada de whitewashing, escalação de atores brancos para personagens não-brancos, ou, para ser mais específico, de yellow-face – uma correlação do black-face, em que atores brancos se pintam para viver personagens negros. No caso da novela, um ator branco (mestiço na realidade, já que Luís Mello tem ascendência indígena) que se caracterizou de japonês.

Pegou mal, ficou feio, e a novela teve de justificar várias vezes no texto que Tanaka era filho de um japonês com uma americana. Também Giovanna Antonelli, como Alice, a filha branca do japonês – na trama da novela, foi explicado que a personagem era sua filha de criação. Alvo de críticas de grupos de filiação oriental, a Globo foi questionada e cobrada por não ter escalado atores de origem nipônica para os personagens, em vez de remendar com explicações sobre suas ascendências.

Contudo, a polêmica voltou à tona em agosto de 2020, com a declaração da atriz Danni Suzuki (em uma live com a atriz Bruna Aiiso) de que o autor Walther Negrão criou a protagonista Alice para ela, baseada nela, e que a personagem deveria ter sido vivida por ela – o que foi confirmado por Negrão ao jornalista Flávio Ricco. A princípio, Suzuki não teria sido aprovada para o papel principal e ficaria com uma coadjuvante, que também lhe foi negado. A atriz preferiu então não fazer a novela.

A Suzuki foi explicado que a personagem Alice teria de ser interpretada por uma atriz mais jovem. Porém, quem ficou com o papel foi Giovanna Antonelli, mais velha que Danni Suzuki. Walther Negrão foi obrigado a mudar seu roteiro para ajustar a nova protagonista à intérprete e justificar na trama porque a personagem não lembrava uma japonesa, o que leva a crer que na ideia original do autor, além da protagonista ter traços nipônicos, também Tanaka deveria ter e na ausência da escalação de um ator de ascendência oriental, optou-se por Luís Mello. Pesa ainda sobre a escolha de Giovanna Antonelli o fato de ela ser mulher do diretor da novela, Leonardo Nogueira.

Certamente Sol Nascente teria sido uma novela bem mais simpática ao público se tivesse se guiado pelo básico e elementar: uma trama sobre personagens de ascendência japonesa vividos por atores, no mínimo, com traços japoneses.

Trama preguiçosa

Sol Nascente fechou com uma audiência de 21 pontos no Ibope da Grande São Paulo, a maior entre as produções do horário das seis desde Flor do Caribe, em 2013 – excluindo a anterior, Eta Mundo Bom!, tida como fenômeno para os padrões daquele momento.

Porém, por mais de sua metade (até o fim de 2016), a novela patinou em uma história mal alinhavada e preguiçosa, em um texto piegas. Na ausência de um fio condutor consistente, a trama reuniu, sem a menor cerimônia e sutileza, um amontoado de estereótipos humanos em clichês novelísticos: a família italiana, a família japonesa, motoqueiros tatuados e um núcleo de pescadores caiçaras em personagens pouco atraentes, algumas escalações equivocadas (como Bruno Gagliasso e Giovanna Antonelli para o par romântico central) e a total ausência de grandes personagens que pudessem fazer bons atores renderem – a única exceção foi Laura Cardoso, o ponto fora da curva da novela.

Afastamentos

Para piorar, Sol Nascente sofreu dois desfalques importantes. O autor principal, Walther Negrão, foi internado por problemas de saúde quatro vezes ao longo da produção, o que o afastou da redação dos capítulos. A trama ficou a cargo dos coautores, Suzana Pires e Júlio Fischer. Negrão começou o ano internado vítima de um AVC. No final de maio de 2016, a três meses da estreia da novela, sofreu novo derrame, e permaneceu hospitalizado durante quase 40 dias. No início de novembro, Negrão voltou para o hospital, dessa vez por causa de uma apneia do sono. No final de novembro, uma nova internação, para se recuperar de uma anemia, consequência dos dois AVCs anteriores.

Também a atriz Laura Cardoso, então com 89 anos, intérprete da vilã Dona Sinhá, uma das principais personagens da novela, foi afastada em outubro de 2016, quando teve uma infecção urinária, e só retornou em dezembro. No período da ausência da atriz, Dona Sinhá continuou a ser citada na história, principalmente por meio de conversas telefônicas. Nívea Maria acabou escalada para assumir a função dramática de Laura Cardoso.

Força-tarefa

Uma força-tarefa foi deflagrada para dar um rumo a Sol Nascente. O próprio chefão da dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu, passou a orientar os destinos dos personagens. Também o experiente Sérgio Marques foi acionado para contribuir com Suzana Pires e Júlio Fischer, os autores titulares, que já estavam sem Negrão.

Finalmente, a partir de janeiro de 2017, ficou claro para o público do que se tratava a história: uma vingança de Dona Sinhá contra Tanaka. As tramas paralelas também ganharam força, o que ajudou a encorpar a novela. E a audiência subiu. Faltando pouco mais de dois meses para acabar, Sol Nascente disse a que veio. Mas tudo isso ao custo de um amontoado de clichês. Alguns atores cresceram, como Letícia Spiller, Claudia Ohana e Giovanna Lancelotti.

Laura Cardoso brilhou com o tom caricato de Dona Sinhá. Aracy Balabanian, após as modificações, saiu da zona de conforto da nonna italiana bonachona e até rendeu melhor. Porém, os sussurrantes Francisco Cuoco e Luís Mello, já sem fôlego, quase ficaram sem voz no final.

Locações e cenografia

As gravações de Sol Nascente começaram na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Ilha Grande, Arraial do Cabo e Búzios foram as locações escolhidas, envolvendo cerca de cem profissionais, entre elenco, direção, produção e figurantes. Em vinte dias de viagem, as Lagoas Verde e Azul, além das praias do Pontal, em Arraial do Cabo, do Forno, Azeda e Azedinha, Foca, Brava, Manguinhos e Tucuns, em Búzios, serviram de cenário para as primeiras cenas da novela. Dois caminhões com figurinos, dois caiaques, doze pranchas de surfe, quatro de stand up paddle, sete motos, redes e cestos de pesca foram levados para a região.

Em seguida, três caminhões repletos de material de cenografia, figurino e arte partiram do Rio rumo à capital paulista, mobilizando uma equipe de sessenta pessoas entre produção, elenco e figuração. A Avenida Paulista, o Masp, o Museu da Imigração, o bairro do Bixiga e ruas do centro foram algumas das locações escolhidas. A produção também viajou para Guararema, no interior de São Paulo, para captar imagens e fazer gravações.

O Rota 94 era o bar gerenciado por Lenita (Letícia Spiller) que reunia ainda o estúdio de tatuagem de seu irmão, Ralf Tattoo (Henri Castelli), e um palco para apresentações musicais. Lenita, inclusive, soltou a voz ao longo da trama, cantando clássicos do rock. Ponto de encontro de jovens e moradores da cidade da história, o Rota 94 mesclava uma estrutura de demolição com a modernidade da decoração inspirada nos bares temáticos americanos de motociclistas.

Caracterizações

Ralf, o tatuador vivido por Henri Castelli, ostentou nada menos que 22 tattoos espalhadas pelo corpo.
“O processo de aplicação das tatuagens leva cerca de três horas e os desenhos chegam a permanecer por cinco a sete dias no corpo”, explicou a caracterizadora Gilvete Santos, que utilizou uma película de silicone e caneta própria para tatuagem para fixar os desenhos.

Outros personagens tatuados foram Lenita (Leticia Spiller), Felipe (Marcelo Faria), e Mário (Bruno Gagliasso). Gagliasso, inclusive, assumiu na novela todas as suas verdadeiras tattoos. Seu personagem adotava o estilo despojado. “Ele é o nosso James Dean”, definiu a figurinista Labibe Simão. Jeans, camisetas, coturnos, jaqueta de couro e acessórios como pulseiras e anéis deram o tom do personagem, que também era motociclista.

Personagem recorrente

Emílio Orciollo Netto interpretou o detetive Damasceno Righi Salomão, um personagem recorrente na obra de Walther Negrão, que já apareceu em três novelas anteriores: Fera Radical (1988), interpretado por Milton Gonçalves, e A Próxima Atração e Editora Mayo, Bom Dia (exibidas entre 1970 e 1971), em que o personagem foi vivido em ambas por Silvio de Abreu (o novelista, que na época era ator).

De acordo com depoimento de Walther Negrão ao programa Persona em Foco, da TV Cultura, Damasceno Righi Salomão era o nome de um amigo de sua família, um fotógrafo em Avaré (SP), sua cidade natal.

Trilha sonora volume 1

01. MINHA FELICIDADE – Roberta Campos (tema de abertura)
02. UM TANTO – Suricato (tema de Alice e Mário)
03. COISA LINDA – Tiago Iorc (tema de Milena)
04. LITTLE BIT OF LOVE – Eric Silver (tema de locação: Arraial do Sol Nascente)
05. GET YOU BACK – Mayer Hawthorne (tema de César)
06. MUITO ESTRANHO (CUIDA BEM DE MIM) – Nando Reis (tema de Lenita e Vittório)
07. COME PRIMA – Caetano Veloso e Gilberto Gil (tema de Kazuo)
08. LAMPEJO – Samuel Rosa e Lô Borges (tema geral)
09. FAZ TEMPO – Banda do Mar (tema geral)
10. KOBUNE (O BARQUINHO) – Fernanda Takai (tema de Alice)
11. ADVENTURE OF A LIFETIME – Coldplay (tema geral)
12. DON´T LOVE ME – Moby featuring Inyang Bassey (tema de Milena)
13. UMA VIDA SÓ – O Rappa (tema de Ralf)
14. NÓS VAMOS INVADIR SUA PRAIA – Raimundos (tema de locação: Arraial do Sol Nascente)

Trilha sonora volume 2

01. ERA DOMINGO – Zeca Baleiro (tema de Tiago e Yumi)
02. SE NAMORAR – Ivo Mozart (tema de Ralf e Milena)
03. I MOMENTI FELICE – Nicola Lama (tema de Gaetano e Geppina)
04. ANYWHERE – Passenger
05. O SOLE MIO – Paolo (tema de Lenita e Vittório)
06. CAN´T TAKE MY EYES OFF YOU – Jamz (tema de Alice e Mário)
07. SUBLIME – Jammil (tema de Alice e Mário)
08. ESTRADA AFORA – Tiago Abravanel
09. ILUSÃO (ILUSION) – Marisa Monte
10. CHANGES – Charles Bradley (tema de Mário)
11. WAY DOWN WE GO – Kaleo
12. JAMBURANA – Dona Onete (tema de Dona Sinhá)
13. DESCOBRIDOR DE SETE MARES – Ryandro Campos
14. JAILHOUSE ROCK – Elvis Presley (tema de Lenita)
15. LANTERNA DOS AFOGADOS – Cássia Eller (tema de Lenita e Vittório)
16. SÓ EU E VOCÊ – Illy
17. VIVI – Gigi D’Alessio
18. UNKNOWN – Little Nation
19. HOLD BACK THE RIVER – James Bay (tema de locação: Arraial do Sol Nascente)

Trilha sonora instrumental: música original de Victor Pozas e Rafael Langoni

01. SOL NASCE NO MAR
02. A ITALIANADA
03. TEMA DE ALICE
04. TEMA DE MÁRIO
05. FAMÍLIA TANAKA
06. DETETIVE FAREJANDO
07. TEMA DA MÁFIA
08. MAMMA MIA
09. FILME ANTIGO
10. GEMINI
11. SONHO DE ALICE
12. DONA SINHÁ 2
13. SEXY LENITA
14. BAD CAROL
15. HONRA JAPONESA
16. TOKYO
17. TRISTEZA DE ALICE
18. VIDA NOVA
19. GAETANO E GEPPINA
20. GAETANO E GEPPINA TRISTE
21. DETETIVE DAMASCENO
22. BEACH BUMS
23. ROTA 94
24. ATITUDE
15. ESTOURA RALF
26. TECHNOROCK

Tema de abertura: MINHA FELICIDADE – Roberta Campos

Quero ver o sol nascer
De novo aqui pra despertar
Tudo aquilo que senti
Guardei por nós nesse lugar

Você é um pedaço em mim
Eu quero viver em teus braços pra sempre
Pra sempre

Lembra aquele tempo, amor?
Onde a gente se encontrou
Foi ali que começou minha felicidade

Lembra aquele beijo, amor?
Quando a gente se encontrou
Foi assim que começou minha felicidade

Eu, você, o sol, o mar
E mais de mil paisagens pra testemunhar
Que eu seguiria muito bem a vida inteira
Sem me preocupar com a felicidade

Toda paisagem fica cinza sem você
Qualquer declaração de amor tão sem por que
Hoje é por isso que agradeço ao céu
Estar com você, estar com você
Hoje é por isso que agradeço ao céu
A felicidade…