Sinopse

O empresário Valdomiro Cerqueira atropelou Inês, que perdeu a memória após o acidente. Valdomiro, em dívida com a moça sozinha e sem passado, a leva para morar em sua casa até que sua situação se restabeleça. A família a recebe friamente e com desconfiança: a mulher Eleonor e as três filhas, Maria Regina, Maria Antônia e Márcia Eduarda.

O que todos temiam acaba acontecendo: o envolvimento entre Valdomiro e Inês, provocando a separação dele e Eleonor e a fúria de Maria Regina, que vê Inês como uma intrusa e uma ameaça à fortuna da família. Maria Regina bate de frente com o pai, em uma luta acirrada pelo poder na Marmoreal, a empresa que eles dirigem.

Entretanto, o amor por Inês custa caro a Valdomiro. Tudo fazia parte de um plano de vingança arquitetado pela advogada Clarisse Ribeiro, a filha bastarda que Valdomiro desconhecia. Inês desaparece e, com ela, valiosos diamantes. Por causa disso, Valdomiro perde a presidência da empresa para a filha Maria Regina.

Ocorrem então dois fatos que desencadeiam uma reviravolta na história: Clarisse, de posse dos diamantes do pai, é assassinada misteriosamente; e Valdomiro reencontra Inês, na pele de outra mulher, completamente diferente: Lavínia.

Globo – 20h
de 18 de janeiro a 18 de setembro de 1999
209 capítulos

novela de Aguinaldo Silva
escrita por Aguinaldo Silva, Ângela Carneiro, Maria Helena Nascimento, Filipe Miguez, Fernando Rebello e Marília Garcia
direção de Marcos Schechtman, Alexandre Avancini e Moacyr Góes
direção geral de Marcos Schechtman e Ricardo Waddington
núcleo Ricardo Waddington e Daniel Filho

Novela anterior no horário
Torre de Babel

Novela posterior
Terra Nostra

JOSÉ WILKER – Valdomiro Cerqueira
GLÓRIA PIRES – Lavínia (Inês)
IRENE RAVACHE – Eleonor Berganti Cerqueira
LETÍCIA SPILLER – Maria Regina Berganti Cerqueira, ex-Figueira
ÂNGELO ANTÔNIO – Adelmo
PATRÍCIA FRANÇA – Clarisse Ribeiro
BETTY FARIA – Carlota Valdez
DIOGO VILELA – Uálber Cañedo
FÚLVIO STEFANINI – Marcelo Barone
RODRIGO SANTORO – Eliseu
LUANA PIOVANI – Márcia Eduarda
KADU MOLITERNO – Álvaro Figueira
NÍVEA MARIA – Nana (Emiliana)
NUNO LEAL MAIA – Gato (Felisberto Morel)
NELSON XAVIER – Fortunato
ANA ROSA – Geninha
EVA TODOR – Maria do Carmo
JORGE DÓRIA – Genival
DEBORAH SECCO – Marina
RODRIGO FARO – Renildo
LUÍS CARLOS TOURINHO – Edilberto
DANIELA FARIA – Adriana
TARCÍSIO FILHO – Augusto Ivan
VANESSA LÓES – Maria Antônia
TUCA ANDRADA – Rúben
SAMARA FELIPPO – Gilvânia
HEITOR MARTINEZ – Claudionor
NÍVEA STELMANN – Eliete
MATHEUS ROCHA – Leonardo
SÍLVIA BANDEIRA – Consuelo
SÉRGIO VIOTTI – Alceste
ELIAS ANDREATTO – Clóvis
TOTIA MEIRELLES – Matilde
LEONARDO VIEIRA – Mauro
CASSIANO CARNEIRO – Josué
ÂNGELA REBELLO – Gladys
TÁCITO ROCHA – Dr. Faria
LUÍS ANTÔNIO PILLAR – Dr. Cláudio
IVAN CÂNDIDO – Sandoval
LAFAYETTE GALVÃO – Tide
ILVA NIÑO – Zezé
MARIAH DA PENHA – Lucilene
GUILHERME CORRÊA – Heitor
LÉA GARCIA – Selma
EDWIN LUISI – Desconhecido
RICARDO PAVÃO – Altair
LEONARDO MIRANDA – Brother
JOEL DA SILVA – Alfredo
NICA BONFIM – Wanda
EMÍLIA REI – Claraíde
ÉLCIO ROMAR – Oswaldo

as crianças
VINÍCIUS DE OLIVEIRA – Júnior
CECÍLIA DASSI – Patty (Patrícia Elizabeth)
HERVAL SILVEIRA – Rafa

e
ALEXANDRA MARZO – Lili Carabina
ANTÔNIO CALLONI – Hanif
CACO MONTEIRO – dono do hotel
CÉLIA BIAR – freira
DAYSE BRAGA – namorada de jogador de futebol
DIEGO LARREA – Bruno
DILL COSTA – Cilene (presidiária que ameaça Maria Regina na cadeia)
ELIZÂNGELA – Nazaré Cañedo (segunda esposa de Genival, que ele também abandonara)
FRANCELY FREITAS – empregada de Fortunato
GIULIO LOPES – Valdecir (motorista da Eleonor)
GLÓRIA PORTELA – promoter
JAIRO MATTOS – Fausto
JARDEL MELLO – Dr. Joffily
JONAS MELLO – Aldálio da Silva
JORGE CHERQUES – dono de bar
LICURGO SPÍNDOLA – Vanderley
LUÍS MELLO – Delegado Ramalho
LUKA RIBEIRO – Duda
LUPE GIGLIOTTE – Josefina
MARCÉLIA CARTAXO – enfermeira
OTHON BASTOS – Elpídio
PITTY WEBO – Daniela
RICARDO REIS E SILVA
ROBERTO FROTA – presidente da Associação Comercial
TADEU DI PIETRO – Dr. Fernando
THELMA RESTON – Isaura
TOM CURTI – Marcelo Barone (o verdadeiro, italiano que se encanta por Eleonor, no final)

– núcleo de VALDOMIRO CERQUEIRA (José Wilker), nordestino de origem humilde que enriquecera ao fundar a Marmoreal, indústria de beneficiamento de mármore:
a ex-mulher ELEONOR (Irene Ravache), infeliz com o casamento fracassado
as filhas MARIA REGINA, mulher prepotente, braço direito de Valdomiro na empresa, que não hesita em passar a perna no pai;
a insegura MARIA ANTÔNIA (Vanessa Lóes);
e a romântica MÁRCIA EDUARDA (Luana Piovani)
as empregadas ZEZÉ (Ilva Niño) e ELIETE (Nívea Stellman).

– núcleo de Maria Regina, que mora numa casa ao lado da casa dos pais:
o marido ÁLVARO FIGUEIRA (Kadu Moliterno), também executivo na Marmoreal. Os dois separam-se no decorrer da trama e ele se apaixona pela jovem cunhada, Márcia
os filhos pequenos PATTY (Cecília Dassi) e RAFA (Herval Siqueira)
a empregada LUCILENE (Mariah da Penha).

– núcleo de Maria Antônia:
o marido AUGUSTO IVAN (Tarcísio Filho), executivo da Marmoreal e pau-mandado de Maria Regina – acaba morto no decorrer da trama
RÚBEN (Tuca Andrada), por quem se apaixona após ficar viúva de Augusto Ivan.

– núcleo de Eleonor:
a melhor amiga NANA (Nívea Maria)
o tio ALCESTE (Sérgio Viotti) que se apaixona por Nana e os dois quase casam.

– núcleo de LAVÍNIA (Glória Pires), que aparece na trama primeiro com outra identidade, INÊS, através de uma armação para enganar Valdomiro. Ele se apaixona por ela, mas ela desaparece, causando sua ruína. Valdomiro a reencontra agora como Lavínia, e os dois vivem uma paixão atribulada:
o irmão ADELMO (Ângelo Antônio), que vai trabalhar como motorista na Marmoreal e vive uma tórrida relação com Maria Regina
o sobrinho JÚNIOR (Vinícius de Oliveira), filho de Adelmo
a amiga MATILDE (Totia Meirelles)
MAURO (Leonardo Vieira), com quem envolve-se – aparece na fase final da novela.

– núcleo de CLARISSE RIBEIRO (Patrícia França), advogada apaixonada por Adelmo. Usa Lavínia para envolvê-la numa vingança contra seu suposto pai, Valdomiro. Rouba diamantes dele e acaba assassinada misteriosamente:
a tia SELMA (Léa Garcia)
o DESCONHECIDO (Edwin Luisi), que a persegue por conta dos diamantes
o amigo advogado DR. CLÁUDIO (Luís Antônio Pillar).

– núcleo de ELISEU (Rodrigo Santoro), jovem pintor sem sorte que recebe o apoio de Eleonor, interessada em sua arte. Ela se apaixona pelo rapaz, mas ele está apaixonado por Márcia, a filha dela, sem saber que as duas são mãe e filha:
o marchand MARCELO BARONE (Fúlvio Stefanini), que o incita a falsificar quadros. Envolve Eleonor que acaba apaixonada por ele
a nova namorada GILVÂNIA (Samara Felippo), que aparece no meio da trama para fazer o contraponto de sua relação com Márcia. O ciúme faz com que Márcia se aproxime do cunhado Figueira, separado de sua irmã Maria Regina.

– núcleo do vidente UÁLBER CAÑEDO (Diogo Vilela):
a mãe MARIA DO CARMO (Eva Todor) que sonha em ver o filho casado
o pai GENIVAL (Jorge Dória), um boa-vida que abandonara a família e retorna para a surpresa de todos
o fiel secretário e escudeiro EDILBERTO (Luís Carlos Tourinho)
os sobrinhos interesseiros MARINA (Deborah Secco) e LEONARDO (Matheus Rocha)
CONSUÊLO (Silvia Bandeira), mulher rica que se envolve com Leonardo.

– núcleo de FORTUNATO (Nelson Xavier), velho amigo de Valdomiro e seu braço direito na Marmoreal:
a mulher GENINHA (Ana Rosa)
a filha ADRIANA (Daniela Faria), secretária na Marmoreal, tem um caso com Augusto Ivan – mais tarde envolve-se com Leonardo.

– núcleo dos moradores do edifício Bege Bahia, onde também moram Uálber, Fortunato e suas famílias:
CARLOTA VALDEZ (Betty Faria), mulher misteriosa de comportamento duplo – ex-amante de Figueira, acaba apaixonada por Valdomiro, disputando-o com Lavínia
o porteiro CLÓVIS (Elias Andreatto) e seu filho RENILDO (Rodrigo Faro) que se torna um famoso jogador de futebol, apaixonado por Marina
GATO (Nuno Leal Maia), dono do bar freqüentado pelos personagens – envolve-se com Carlota e depois com Nana
os funcionários do bar do Gato, JOSUÉ (Cassiano Carneiro);
e CLAUDIONOR (Heitor Martinez), namorado de Eliete – é alvo da paixão platônica de Uálber.

– núcleo da Marmoreal:
a secretária GLADYS (Ângela Rebello)
o office-boy BROTHER (Leonardo Miranda)
os operários SANDOVAL (Ivan Cândido) e TIDE (Lafayette Galvão), que seguem Valdomiro quando ele perde a Marmoreal para Maria Regina
o advogado da empresa DR. FARIA (Tácito Rocha).

Inspirações e alterações

Aguinaldo Silva iniciou a novela tendo como base “O Rei Lear”, de Shakespeare. Porém, teve de mudar muita coisa porque, a princípio, a trama não agradou. Suave Veneno, segundo anunciara o autor, seria amarrada por uma trama de suspense sustentada por uma virada a cada trinta capítulos.

Virou, mas de ponta-cabeça, depois de quatro meses. Primeira vítima: a advogada Clarisse (Patrícia França), uma das personagens principais na ideia original, deveria ir até o fim quando seria revelado que Valdomiro (José Wilker) era seu pai. Entretanto, a moça acabou morta misteriosamente.

A “mocinha” Inês/Lavínia (Glória Pires) teve de passar por mais dificuldades e virou camelô. O próprio Valdomiro, outrora um arrogante Rei do Mármore, sem a empresa (a Marmoreal) e família desfeita, abriu um negócio no subúrbio para começar do zero, valente, batalhador, como o povo gosta. Até o bom-moço Figueira (Kadu Moliterno) o acompanhou trocando o terno por um macacão. Maria Regina (Letícia Spiller), a filha malvada de Valdomiro, por sua vez, alimentou o ódio pelo pai até o fim.

O mistério da desmemoriada Inês (Glória Pires), que desaparece e ressurge na pele de outra mulher, Lavínia, é o mesmo mote do clássico filme Um Corpo que Cai (1958), de Alfred Hitchcock, com Kim Novak e James Stewart. A personagem de Betty Faria na novela tinha o nome de uma das personalidades da protagonista de Kim Novak no filme: Carlota Valdez.

Suave Curare e Doce Curare foram títulos cogitados para a novela. (“Almanaque da TV”, Bia Braune e Rixa)

Trama truncada

Os diretores gerais Daniel Filho e Ricardo Waddington modificaram o ritmo da narrativa já nos primeiros capítulos levados ao ar, condensando acontecimentos e suprimindo outros, o que truncou a compreensão da trama pelo público e o afugentou dela. Segundo o autor, o que havia escrito para os três primeiros capítulos foi condensado no material exibido na estreia. O beijo entre os protagonistas aconteceria no capítulo 12, mas para Daniel teria de acontecer no terceiro, e esse foi o motivo da condensação vista já no ar. Assim, Aguinaldo teve de reescrever diversos capítulos para incluir o que havia sido excluído e não comprometer o sentido da história.

Apenas do capítulo 70 em diante, com as devidas correções feitas e o público reconquistado aos poucos, foi que o autor conseguiu fazer a novela fluir melhor, depois de chegar a dizer à superintendente da Rede Globo na ocasião, Marluce Dias da Silva, que abandonaria o trabalho se não deixassem as interferências e alterações de lado. Os erros iniciais de direção e narrativa foram reconhecidos, especialmente por Daniel Filho, em seu livro “O Circo Eletrônico”. (“Novela, a Obra Aberta e Seus Problemas”, Fábio Costa)

Audiência em queda

Os defensores das pesquisas podem dizer que a novela só não naufragou de vez porque o telespectador foi consultado a tempo. O autor pôde argumentar que as pesquisas não lhe deram tempo de desenvolver sua trama original.
Suave Veneno derrubou o Ibope do horário para apenas 37,4 pontos, índice praticamente inaceitável pela direção da Globo para os anos 1990. A partir daí, com uma concorrência maior, as novelas da principal faixa da emissora iniciaram uma redução gradual de audiência, atingindo novo patamar de resultados, mas sempre na liderança. (“Biografia da Televisão Brasileira”, Flávio Ricco e José Armando Vannucci)

Sobre a concorrência direta com o Programa do Ratinho, no auge da popularidade no SBT, Aguinaldo Silva comentou a André Bernardo e Cíntia Lopes para o livro “A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo”:
“O Ratinho foi um verdadeiro tsunami na televisão brasileira. Aquilo foi dramático! Quando entrava o comercial na Globo, a audiência fugia toda para o SBT. A diferença é que, ao contrário do que o Ratinho apregoava, ele nunca conseguiu ganhar de Suave Veneno. O máximo que conseguiu foi chegar a 5 pontos de diferença na hora do intervalo comercial.”

Elenco

O personagem Valdomiro Cerqueira (José Wilker) foi criado por inspiração em uma história real: um nordestino que ficou milionário com uma empresa de mármore e era chamado de “Rei do Mármore” pelos jornais.
“A história do personagem real teve um final infeliz. Eu soube que ele faliu”, disse Aguinaldo Silva ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo.

No último capítulo, Aguinaldo mandou o seguinte recado a José Wilker:
“(…) Aquele que, durante a novela, ganhou o direito de falar por todos, homens e mulheres de boa vontade. Obrigado pela paciência, sinceridade, dedicação.”
Durante a novela, Wilker teria circulado nos estúdios com uma camiseta em que se lia: “Suave Veneno: eu sobrevivi!”

Letícia Spiller – com visual à la Isabella Rosselinni – interpretou uma das mais caricatas vilãs de nossa Teledramaturgia. Tão caricata que sua maldade e suas atitudes eram risíveis. Por causa de sua interpretação, Letícia recebeu toda sorte de elogios e críticas.

Na trama, o bom moço Eliseu (Rodrigo Santoro) enveredou pelo caminho do mal e passou a falsificar quadros, a pedido de Marcelo Barone (Fúlvio Stefanini). Colecionador de obras de arte nacionais, Aguinaldo Silva abordou oportunamente a falsificação de quadros no momento em que as estatísticas mostravam um aumento desse tipo de crime. Porém, Eliseu se arrependeu, denunciou o seu mentor, cumpriu pena de dezoito meses e terminou nos braços de Márcia Eduarda (Luana Piovani). Para viver seu personagem pintor, Rodrigo Santoro fez laboratório no ateliê do artista plástico Otávio Avancini.

O personagem de Fúlvio Stefanini entrou na trama para aumentar o mistério. A luta maniqueísta do bem contra o mal ganhou tom superlativo ao defrontar os personagens Marcelo Barone e Uálber (Diogo Vilela), o diabo contra o ser de espírito elevado, a força do mal contra a força do bem.

Estreia na Globo do veterano ator Elias Andreatto.
Primeiro trabalho na televisão do então garoto Vinícius de Oliveira (na época com 13 anos), depois do sucesso no filme Central do Brasil (1998), de Wálter Salles, no qual viveu o menino Josué, contracenando com Fernanda Montenegro.

Os bastidores de um fictício concurso de dança promovido pelo Domingão do Faustão foram apresentados na novela. A personagem Eliete (Nívea Stelmann) ganhava o concurso Garota do Bumbum Dourado.

Protestos

O grande destaque do elenco foi a dupla interpretada por Diogo Vilela, o guru Uálber, e Luís Carlos Tourinho, seu secretário Edilberto.

Grupos gays não gostaram do tratamento recebido por Edilberto, verdadeiro saco de pancada dos outros personagens. Em uma gravação, Luís Carlos Tourinho levou um tombo, motivo de risos no set. Aproveitou-se a cena e a partir de então Edilberto tornou-se um personagem extremamente desajeitado, que vivia caindo e esbarrando nas coisas.

O Grupo Gay da Bahia chegou a entrar com uma representação no Ministério Público e outra na Secretaria Nacional dos Direitos Humanos contra o autor e a emissora, alegando atitude discriminatória da classe.
“O Aguinaldo errou a mão completamente”, avaliou o presidente do GGB, Luiz Mott, à época professor de antropologia da Universidade Federal da Bahia. “O Edilberto foi exposto ao ridículo e vítima de agressões físicas.”

Campanha antifumo

O diretor artístico Daniel Filho liderou na época uma campanha antitabagismo em suas novelas, em meio ao empenho do Ministério da Saúde em advertir o consumidor sobre os malefícios do cigarro.

Em Suave Veneno, Nana, personagem de Nívea Maria, uma fumante inveterada, deixou o tabagismo após aparecer fumando em várias cenas. Ao mesmo tempo, na novela das sete contemporânea, Andando nas Nuvens, foi o personagem Chico Mota (Marcos Palmeira) que largou o vício. (pesquisa: Duh Secco)

Locações

A equipe de produção optou por utilizar pouco os recursos de uma cidade cenográfica, preferindo cenas externas. A estratégia conferia maior realismo.

A produção chegou a fazer uma parceria com os moradores de uma rua no bairro de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde muitas cenas da novela foram gravadas. Suave Veneno teve apenas uma fachada cenográfica. (Site Memória Globo)

E mais

“O Rei Lear”, de Shakespeare, já havia sido o ponto de partida de outra novela, anteriormente: Roda de Fogo, escrita por Sérgio Jockyman e Walther Negrão para a TV Tupi, em 1978. Voltou a ser em 2010, em Tempos Modernos, de Bosco Brasil, na Globo.

Aguinaldo Silva demonstrou interesse em recontar a sua versão de “O Rei Lear”. E assim o fez, na novela Império (2014-2015), em que o Comendador José Alfredo (Alexandre Nero) tem o seu império empresarial ameaçado por disputas familiares. Porém, essa novela nada teve a ver com Suave Veneno: trata-se de outra trama com outros personagens.

Trilha sonora nacional

01. SUAVE VENENO – Nana Caymmi (tema de abertura)
02. MAIS FELIZ – Adriana Calcanhoto (tema de Maria Regina)
03. PELA VIDA INTEIRA – Kiloucura (tema de Eliete)
04. É O AMOR – Maria Bethânia (tema de Lavínia)
05. FRISSON – Banda Eva (tema de Marina)
06. SOZINHO – Caetano Veloso (tema de Eliseo)
07. GOSTOSO VENENO – Alcione (participação de Djavan) (tema de Renildo)
08. CANZONE PER TE – Zizi Possi (tema de Eleonor)
09. BEM MAIOR – Roupa Nova (tema de Uálber)
10. NASCENTE – Flávio Venturini (participação de Ed Motta) (tema de Clarice e Adelmo)
11. FIRMAMENTO – Orlando Morais (tema de Márcia Eduarda)
12. XERETA – Claudinho e Buchecha (tema de Claudionor)
13. CASA, COMIDA E PAIXÃO – Elba Ramalho (tema de Valdomiro)
14. TU ME ACOSTUMBRASTE – Joanna (tema de Carlota)

Produção musical: Alberto Rosenblit
Direção musical: Mariozinho Rocha

Trilha sonora internacional

01. DO YOU KNOW WHERE YOU’RE GOING TO – Mariah Carey (tema de Carlota)
02. Y ¿SI FUERA ELLA? – Alejandro Sanz (tema de Valdomiro e Lavínia)
03. TO LOVE YOU MORE – Celine Dion (tema de Márcia Eduarda)
04. BELIEVE – Cher
05. SAILING – ‘N Sync (tema de Adriana)
06. CANTO DELLA TERRA (radio version) – Andrea Bocelli (tema de Eleonor)
07. THAT I WOULD BE GOOD – Alanis Morissette (tema de Maria Regina)
08. YOU GET WHAT YOU GIVE – New Radicals
09. BIG BIG WORLD – Emilia (tema de Marina)
10. AS – George Michael (tema de Gilvânia)
11. UNA HISTORIA DE AMOR – La Sociedad (tema de Nana)
12. EVERYTHING I DO (I DO IT FOR YOU) – Brandy
13. DOO WOP (THAT THING) – Lauryn Hill
14. YO SE QUE ES MENTIRA – Amaury Gutierrez

Seleção de repertório: André Werneck e Hélio Costa Manso

Tema de abertura: SUAVE VENENO – Nana Caymmi

Vivo encantado de amor
Inebriado em você
Suave veneno
Que pode curar ou matar
Sem querer, por querer sem querer
Essa paixão tão intensa
Também é meio doença
Sinto no ar que respiro
Os suspiros de amor com você
Suave veneno, você
Que soube impregnar
Até a luz de outros olhos
Que busquem nas noites
Prá me consolar
Se eu me curar desse amor
Não volto a te procurar
Minto que tudo mudou
Que eu pude me libertar
Apenas te peço um favor
Não lance nos meus estes olhos de mar
Que eu desisto do adeus
Pra me envenenar…

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