Sinopse

A jovem Tieta é escorraçada da pequena cidade de Santana do Agreste, no Nordeste brasileiro, pelo pai, o miserável Zé Esteves, irritado com seu comportamento liberal e influenciado pelas intrigas da outra filha, a invejosa Perpétua. Rejeitada e humilhada, Tieta foge do conservadorismo local indo se estabelecer em São Paulo. Lá, ela faz fortuna, mas a família não sabe como. A única notícia que chega é por meio de uma polpuda quantia em dinheiro enviada todo mês, religiosamente, para o pai e as duas irmãs, Perpétua, a mais velha, viúva com dois filhos, e Elisa, a mais nova, casada com o comerciante Timóteo.

Cerca de vinte anos depois, Tieta deixa de enviar dinheiro e reaparece na cidade decidida a se vingar do povo hipócrita que a julgou no passado. Ao chegar, encontra o comércio fechado por causa de uma missa que está sendo rezada em sua memória, já que todos achavam que tivesse morrido. Ela desfaz o mal entendido e altera a rotina da cidadezinha: os que a condenaram na juventude passam a cortejá-la, seja pela sua fortuna, pela exuberância de seus modos, ou pela generosidade. Tieta ainda seduz o sobrinho que não conhecia, o seminarista Ricardo, filho da rancorosa Perpétua.

Os habitantes de Santana do Agreste ainda se veem às voltas com a instalação de uma fábrica de dióxido de titânio, que, se por um lado trará desenvolvimento, por outro causará um forte impacto ambiental na região. A cidade estava parada no tempo até que Ascânio, amigo de juventude de Tieta que se mudara de lá para estudar, volta com o objetivo de trazer o progresso ao local. Ele se torna secretário da prefeitura e, com Tieta, promove a modernização de Santana do Agreste apoiado pelos poderosos da região, mais interessados nos benefícios próprios que esse progresso irá gerar.

Nunca se esquecendo do real motivo que a levou a Santana do Agreste, Tieta conta com a amizade de Tonha, mulher simplória, resignada e maltratada pela vida que casou-se com seu pai, um homem bruto e violento. E da companheira de juventude Carmosina, solteirona que sonha em conhecer o amor. Tieta ainda se depara com Osnar, um sedutor de mulheres que foi apaixonado por ela quando jovem. Com Ascânio, Timóteo e mais Amintas, Osnar forma o inseparável grupo de amigos que se autointitula Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, cujo lema é “Cachaça! Mulher! Sinuca! Progresso!“.

Globo – 20h
de 14 de agosto de 1989
a 31 de março de 1990
196 capítulos (exibidos em 197 dias)

novela de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares
baseada no romance “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado
direção de Reynaldo Boury, Ricardo Waddington e Luiz Fernando Carvalho
direção geral de Paulo Ubiratan

Novela anterior no horário
O Salvador da Pátria

Novela posterior
Rainha da Sucata

BETTY FARIA – Tieta (Antonieta Esteves)
JOANA FOMM – Perpétua Esteves Batista
JOSÉ MAYER – Osnar
REGINALDO FARIA – Ascânio Trindade
LÍDIA BRONDI – Leonora Cantarelli
YONÁ MAGALHÃES – Tonha (Maria Antônia Antunes Esteves)
MARCOS PAULO – Arturzinho (Mirko Stephano)
ARLETE SALLES – Carmosina
PAULO JOSÉ – Gladstone
CÁSSIO GABUS MENDES – Ricardo
LUCIANA BRAGA – Maria Imaculada
ARY FONTOURA – Coronel Artur da Tapitanga
PAULO BETTI – Timóteo D´Alamberti
TÁSSIA CAMARGO – Elisa
SEBASTIÃO VASCONCELOS – Zé Esteves
LUIZA TOMÉ – Carol
ARMANDO BÓGUS – Modesto Pires
BETE MENDES – Aída
LÍLIA CABRAL – Amorzinho
ROSANE GOFMAN – Cinira
ROBERTO BONFIM – Amintas
MIRIAN PIRES – Dona Milú
CLÁUDIO CORRÊA E CASTRO – Padre Mariano
FLÁVIO GALVÃO – Comandante Dário
CLÁUDIA ALENCAR – Laura
CLÁUDIA MAGNO – Silvana
OTÁVIO AUGUSTO – Marcolino Pitombo
ANA LÚCIA TÔRRE – Juraci
ELIAS GLEIZER – Jairo
RENATO CONSORTE – Chalita
BENVINDO SIQUEIRA – Bafo de Bode (falso Pocidônio Antunes)
FRANÇOISE FORTON – Helena
SIMONE CARVALHO – Bebê (Elizabeth)
PAULO CÉSAR GRANDE – Rosalvo
CRISTINA GALVÃO – Filó (Filomena)
MARIA HELENA DIAS – Zuleica Cinderela
PAULO NIGRI – Cosme
CIDINHA MILAN – Cora
ANDRÉA PAOLA – Araci
CHAGUINHA – Pirica
ROBERTO FROTA – Leôncio
LIANA DUVAL – Rafa
ÊNIO SANTOS – Terto

os adolescentes
DANTON MELLO – Peto (Cupertino Batista Filho)
RENATA CASTRO BARBOSA – Letícia
GUGA COELHO – Bentinho
EDUARDO CARDOSO – Sabino
JONATHAN NOGUEIRA – Edmundo

primeira fase
CLÁUDIA OHANA – Tieta
ADRIANA CANABRAVA – Perpétua
INGRA LIBERATO – Tonha
THAÍS DE CAMPOS – Carmosina
MARCOS WINTER – Osnar
EDSON FIESCHI – Ascânio
LEONARDO BRÍCIO – Amintas
ROBERTO RÊGO PINHEIRO (ROBERTO ALVIM) – Timóteo
CHRISTIAN ESPOSITO – Arturzinho
HERSON CAPRI – Lucas (forasteiro que tem um caso com Tieta)
JOSÉ DE ABREU – Mascate (caixeiro-viajante que tira a virgindade de Tieta)
JOSÉ LEWGOY – Leovigildo Trindade (pai de Ascânio)

e
ADELAIDE PALETTE (ADELAIDE CONCEIÇÃO) – empregada na pousada de Dona Milú
ANA ROSA ABOIM – Nevinha (vendedora na loja tecidos de Timóteo)
AUGUSTO OLÍMPIO – morador de Esplanada na estação, quando Ascânio retorna, no início
CARLOS ZARA – Dr. Gama (executivo da Brastânio)
CONCY MADURO – Jussanã (uma das rolinhas do coronel Artur da Tapitanga)
DAVID PINHEIRO – Antônio Rezende (um dos engenheiros que avisam Tieta e Ascânio da liberação da luz para Santana do Agreste)
EMÍLIO DI BIASI – Dr. Henrique (médico de Arturzinho que o atende quando ele sofre um acidente de ultraleve)
EVANDRO LEANDRO – Trapizomba (capanga do coronel Artur da Tapitanga)
GENIVALDO DOS SANTOS – Jarro de Flor (atendente no bar de Chalita)
GERMANO FILHO – Jarde (criador de cabras, comprou as terras de Zé Esteves)
IARA JAMRA – Assuntinha Ferreira (apresentadora de programas de fofocas dos famosos de quem Elisa é fã)
ISADORA RIBEIRO – nova teúda e manteúda de Modesto Pires, no último capítulo
JOÃO SIGNORELLI – assedia Leonora na quermesse, no início
JORGE DÓRIA – Pastor Hilário (charlatão que ludibria a boa fé do povo)
JUSSARA CALMON – secretária de Perpétua
LINA FRÓES – mãe de Imaculada que a vende para o coronel Artur da Tapitanga, no início
LUCIANA CAMPOS – Coralina (uma das rolinhas do coronel Artur da Tapitanga)
LUÍS CARLOS ARUTIN – fiscal de trens da estação de Esplanada, quando Ascânio retorna, no início
MARIA DE MÉDICIS – Ritinha (uma das rolinhas do coronel Artur da Tapitanga)
MARIA ISABEL DE LIZANDRA – corretora que fez um seguro para Tieta em que os sobrinhos eram os beneficiários
MARIA ZENAIDE – empregada de Juraci
MARÍLIA BARBOSA – Cláudia Bruno (secretária da Brastânio)
MIGUEL FALABELLA – Miguel (amigo de Helena que dá o paradeiro dela para Ascânio, no Rio)
MORAES MOREIRA como ele mesmo
PATRÍCIA ALENCAR – Rosinha (uma das rolinhas do coronel Artur da Tapitanga)
PAULO PILLA – amante paulista de Helena
PAULO REIS – advogado de Ascânio
PAULO RESENDE – Bento
PAULO VILLANUEVA – Pedro (amante de Helena, no início)
PEPEU GOMES como ele mesmo
RICARDO FRÓES – capanga de Arturzinho
ROGÉRIA – Ninete (Valdemar, amiga de Tieta, de São Paulo)
ROGÉRIO ERLISCH como ele mesmo, fotógrafo que clica modelos de sandálias Djean em Mangue Seco
ROSANA SALLES – Dezinha (uma das rolinhas do coronel Artur da Tapitanga)
SÉRGIO MOX – Cleber (gerente da primeira agência bancária inaugurada em Santana do Agreste)
SILVANA BUGARELLI – Glorinha
SÔNIA BARBOSA – Manon (prostituta da Casa da Luz Vermelha)
SUZANNE SEIXAS – Maria do Céu (uma das rolinhas do coronel Artur da Tapitanga)
TARCÍSIO MEIRA como ele mesmo
TEREZA CRISTINA – Doroti (vendedora na loja materiais de construção de Amintas)
VANDA ALVES – Marilu (empregada de Aída)
YAÇANÃ MARTINS – recepcionista do hotel onde Helena esteve hospedada
Jorge Cunha (um dos engenheiros que avisam Tieta e Ascânio da liberação da luz para Santana do Agreste)
Júnior (filho de Carol e Modesto Pires)

– núcleo de TIETA (Cláudia Ohana / Betty Faria), bonita, sensual, passional e apaixonada pela vida. Foi expulsa da cidadezinha de Santana do Agreste pelo pai aos dezoito anos, quando era mais “cabritinha”, solta e rebelde. Antes de se tornar muito rica, supostamente graças à ajuda de um comendador, comeu o pão que o diabo amassou. Isso lhe deu muita experiência de vida e sabedoria. Volta vinte anos depois para se vingar de toda a hipocrisia da cidade. Mas esconde do povo que é uma conhecida cafetina em São Paulo:
o amigo OSNAR (Marcos Winter / José Mayer), dos tempos da juventude, por quem acaba se apaixonando. Dono de terras e criador de cabras. Desleixado, debochado, esperto, com boa lábia e, acima de tudo, um tipo sedutor
sua protegida LEONORA (Lídia Brondi), que ela traz para Santana do Agreste. Com ar angelical, é uma moça romântica e sonhadora. Para todos, ela é filha do falecido Comendador Felipe Cantarelli, suposto esposo de quem Tieta ficou viúva e rica. Na verdade, uma prostituta que trabalhou para ela em São Paulo
a empregada CORA (Cidinha Milan), indolente, reclamona e fofoqueira, mas boa gente e fiel à patroa.

– núcleo de PERPÉTUA (Adriana Canabrava / Joana Fomm), irmã mais velha de Tieta. Viúva, nunca tirou o luto, o que lhe confere uma aparência de bruxa. Invejosa, arrogante, amarga, frustrada, maledicente, hipócrita e falsa cristã. Odeia Tieta, a quem denunciou ao pai no passado, provocando a expulsão dela da cidade. No entanto, é capaz de bajulá-la ao saber que ela é muito rica:
os filhos RICARDO (Cássio Gabus Mendes), seminarista, tímido. Para não cair em tentação, tem medo do sexo e das mulheres. Ao mesmo tempo é romântico. Acaba seduzido pela tia e desperta para os prazeres da vida,
e PETO (Danton Mello), o caçula, moleque
o amigo de Ricardo, COSME (Paulo Nigri), colega de seminário que o vigia excessivamente
suas seguidoras AMORZINHO (Lília Cabral), enviuvou cedo, e CINIRA (Rosane Gofman), ainda solteira, tem ataques de tremedeira quando pensa em homens ou quando eles chegam perto. Carolas dominadas por ela, reprimidas sexualmente. Com Perpétua formam um trio esdrúxulo e risível
a empregada ARACI (Andréa Paola), chorona, morre de medo da patroa.

– núcleo de ASCÂNIO (Edson Fieschi / Reginaldo Faria), secretário da prefeitura de Santana do Agreste. Homem justo, honesto e idealista, sonha com o progresso de sua cidade e o bem comum da população. Juntamente com Osnar e mais dois amigos, formam os Cavaleiros do Apocalipse, um grupo inseparável desde a juventude. Apaixona-se por Leonora sem saber que ela foi uma prostituta em São Paulo:
a ex-mulher HELENA (Françoise Forton), que o abandonou por não suportar a vida em Santana do Agreste. Carioca, vaidosa, fria e calculista, regressa à cidadezinha disposta a reconquistar o ex-marido, mas com segundas intenções
a empregada RAFA (Liana Duval), senhora que foi empregada de seus pais e ajudou a criá-lo. Não gosta de Helena
o empregado da prefeitura LEÔNCIO (Roberto Frota).

– núcleo de CARMOSINA (Thaís de Campos / Arlete Salles), melhor amiga de Tieta, desde a juventude. Agente dos Correios, usa o método do bico da chaleira para abrir e ler as cartas que chegam ou saem da cidade. Embora saiba de todos os segredos de Santana do Agreste, é um “túmulo” quando necessário. Romântica, solteirona e virgem, ainda sonha com uma paixão:
a mãe DONA MILU (Mirian Pires), viúva há muitos anos. Sincera e muito correta, liberal e nada convencional. Transformou sua casa numa pousada onde recebe, além de visitantes, moradores solteiros da cidade para refeições e pouso eventual
o prestamista (pessoa que traz encomendas da cidade grande) GLADSTONE (Paulo José), chega a Santana do Agreste no caminhão Arca dos Sonhos, cheio de presentes para a população local. Foi pago por Tieta para “inaugurar” Carmosina, mas acabou se apaixonando por ela de verdade.

– núcleo de TONHA (Ingra Liberato / Yoná Magalhães), madrasta e amiga de Tieta, desde a juventude, já que é poucos anos mais velha que a enteada. Mulher submissa e dominada pelo marido, o pai de Tieta. Após a morte dele, transforma-se em uma nova mulher com a ajuda da enteada-amiga:
o marido ZÉ ESTEVES (Sebastião Vasconcelos), pai de Tieta e Perpétua, do casamento anterior dele. De idade avançada, se faz de doente para obter privilégios. Expulsou Tieta de casa quando descobriu que, novinha, ela já se deitava com homens. Mas a recebe bem quando ela retorna à cidade, graças ao seu dinheiro. Truculento e ignorante, é um patriarca que trata todas as mulheres da família como meras coisas
a filha ELISA (Tássia Camargo), meia irmã de Tieta e Perpétua. Deslumbrada, sonha com artistas da TV cujas vidas ouve as fofocas num programa de rádio. Leva com desgosto uma vida regrada e um casamento que caiu na banalidade. Sonha em conhecer São Paulo
o genro TIMÓTEO (Roberto Rêgo Pinheiro / Paulo Betti), marido de Elisa, dono de uma loja de tecidos, amigo de Ascânio e Osnar, um dos Cavaleiros do Apocalipse. Como a mulher, é vagamente infeliz. Nostálgico da boemia, a qual renunciou com o casamento. Ansioso e metódico, é uma figura engraçada.

– núcleo do CORONEL ARTUR DA TAPITANGA (Ary Fontoura), fazendeiro rico. Prefeito de Santana do Agreste, sempre delega poderes a Ascânio, secretário da Prefeitura. Acolhe meninas pobres em sua casa, às quais chama de Rolinhas, com a desculpa de tirá-las da miséria e alfabetizá-las. Na verdade as seduz. Viúvo há muitos anos, tem um filho que desapareceu no mundo, do qual não tem notícias há muito tempo:
a empregada FILÓ (Cristina Galvão), uma espécie de secretária e governanta, toma conta das rolinhas. Não questiona os métodos do patrão em relação às meninas
o capanga TAPIZOMBA (Evandro Leandro), seu pau-mandado, vigia as rolinhas para que elas não fujam
as rolinhas JUSSANÃ (Concy Maduro), CORALINA (Luciana Campos), RITINHA (Maria de Médicis), ROSINHA (Patrícia Alencar), DEZINHA (Rosana Salles) e MARIA DO CÉU (Suzanne Seixas)
a nova rolinha MARIA IMACULADA (Luciana Braga), vendida pelos pais ao coronel. Rebelde, se recusa a aceitar seu destino e se volta contra o velho. Foge da fazenda e vai parar na Casa da Luz Vermelha, um prostíbulo. Depois é acolhida por Dona Milu. Acaba apaixonando-se por Ricardo, a quem chama de Príncipe.

– núcleo de ARTURZINHO (Christian Esposito / Marcos Paulo), filho do Coronel Artur da Tapitanga que ele não via há anos. Inescrupuloso e ganancioso, retorna a Santana do Agreste sob a identidade do misterioso MIRKO STEPHANO com a intenção de instalar em Mangue Seco uma fábrica altamente poluente da empresa multinacional Brastânio. Seduz Ascânio com a promessa de progresso à região, mas esconde os estragos que sua empresa pode trazer ao meio-ambiente. Envolve Tonha, por quem foi apaixonado na juventude:
os empregados ROSALVO (Paulo César Grande), rapaz atlético, e BEBÊ (Simone Carvalho), bela e sedutora. A princípio misteriosos, chegam antes de Mirko a Santana do Agreste e despertam a curiosidade dos moradores da cidade. Rosalvo tenta seduzir Elisa, enquanto Bebê seduz Timóteo, em um momento em que o casal passa por uma crise na relação.

– núcleo de MODESTO PIRES (Armando Bógus), dono de um curtume e de muitas terras, é um dos que pensam em tirar proveito com a instalação da fábrica da Brastânio na região, não se importando com as consequências. Casado, leva uma vida dupla, pois mantém uma casa em Mangue Seco para a sua “teúda e manteúda”:
a mulher AÍDA (Bete Mendes), alegre, religiosa, boa esposa e mãe. A princípio submissa ao marido, fecha os olhos para sua infidelidade
a filha adolescente LETÍCIA (Renata Castro Barbosa)
a amante, ou “teúda e manteúda”, CAROL (Luiza Tomé), que ele mantem numa casa em Mangue Seco, proibindo-a de se relacionar com os vizinhos. Conhece acidentalmente Letícia e, depois, Aída e fica amiga delas, sem saber que são filha e esposa de Modesto. Apaixona-se por Osnar e os dois têm um caso
a empregada MARILU (Vanda Alves).

– núcleo do advogado MARCOLINO PITOMBO (Otávio Augusto), amigo de Modesto Pires. Em suas conversas, sempre usa jargões da profissão em latim. Envolve-se na questão sobre a posse das terras onde querem instalar a fábrica da Brastânio:
a mulher JURACI (Ana Lúcia Torre), amiga de Aída. Fofoqueira e hipocondríaca, tem verdadeira obsessão por proteção contra doenças
os filhos: SILVANA (Cláudia Magno), morava no Rio de Janeiro onde levava uma vida das mais liberais, longe dos olhos dos pais. Visita a família em Santana do Agreste e vai ficando,
e EDMUNDO (Jonathan Nogueira), adolescente, amigo de Peto e Letícia.

– núcleo do COMANDANTE DÁRIO (Flávio Galvão), oficial reformado da Marinha, tem uma propriedade em Mangue Seco. Atlético e atraente, leva uma vida privada com a mulher, regada de prazeres:
a mulher LAURA (Cláudia Alencar), bela, sensual e liberada. Fica amiga de Silvana, percebe o interesse dela pelo marido e incentiva a aproximação, desde que ela participe. Esconde um segredo só revelado no final: em noites de lua-cheia, se veste de branco para atacar sexualmente homens “indefesos” pela cidade, figura conhecida como a Mulher de Branco
o vizinho PIRICA (Chaguinha), pescador enxerido, dono da lancha que faz a travessia de Santana do Agreste a Mangue Seco.

– outros personagens:
AMINTAS (Leonardo Brício / Roberto Bonfim), dono de uma loja de materiais de construção. Amigo de Osnar, Ascânio e Timóteo, é o quarto e último Cavaleiro do Apocalipse. Ao final da trama, envolve-se com Amorzinho, que livrou-se do julgo de Perpétua e tornou-se uma mulher liberada
CHALITA (Renato Consorte), turco, dono do bar e do único cinema da cidade. Nutre uma paixão por Amorzinho, com quem sonha em se casar, mas não é correspondido
JAIRO (Elias Gleizer), motorista do único ônibus que faz a ligação de Esplanada, que tem uma estação de trem, a Santana do Agreste – o qual ele chama carinhosamente de Marinete. Envolve-se com Cinira
PADRE MARIANO (Cláudio Corrêa e Castro), conservador e tradicionalista. Severo e exigente com o povo, vive repreendendo Perpétua, com quem sempre entra em atrito
BAFO DE BODE (Benvindo Siqueira), mendigo bêbado que perambula pela cidade. Atrevido, desbocado e sujo, fala o que pensa
ZULEICA CINDERELA (Maria Helena Dias), cafetina da Casa da Luz Vermelha, prostíbulo frequentado pelos homens da região. Acolhe Imaculada quando ela foge da fazenda do coronel Artur da Tapitanga
TERTO (Ênio Santos), dono de uma mercearia
e os moleques BENTINHO (Guga Coelho) e SABINO (Eduardo Cardoso), amigos de Peto e Edmundo.

Adaptação

Livre adaptação do romance “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado (publicado em 1977), pelo trio Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. A novela proporcionou momentos hilariantes e agradáveis ao público, em um excelente exercício de dramaturgia. Da obra original subtraiu-se apenas o mote inicial e o perfil dos personagens. Os 196 capítulos foram recheados por entrechos cômicos e dramáticos em competente criação dos roteiristas.

Ricardo Linhares explicou em depoimento ao livro “Autores, Histórias da Teledramaturgia”, do Projeto Memória Globo:
“O livro, apesar de grosso, não tinha história suficiente para uma telenovela. Nós precisávamos de vários núcleos e fomos criando a partir do universo de Jorge Amado, que é muito rico. (..) Era um trabalho prazeroso e, em certo sentido, descomprometido, porque a novela era quase um programa de humor. Havia muita comédia, confusão, correria, furdunços na praça.

Antecedentes

A TV Globo, ao adquirir os direitos sobre o livro “Tieta do Agreste” para a televisão, tinha como ideia inicial adaptar o romance para uma minissérie, já com um adaptador: Doc Comparato.

Em 1989, Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, então superintendente da TV Globo), ante a dificuldade em encontrar uma novela substituta para O Salvador da Pátria no horário das oito (ele havia vetado Barriga de Aluguel, de Glória Perez, que entrou no ano seguinte, no horário das seis), sugeriu fazer do livro de Jorge Amado uma novela. O diretor convocou o trio de roteiristas Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares e a produção iniciou-se imediatamente.

De acordo com o diretor Reynaldo Boury, em depoimento a Flávio Ricco e José Armando Vannucci, para o livro “Biografia da Televisão Brasileira”:
“Pegamos parte do elenco que estava separado para Barriga de Aluguel e passamos para Tieta. Viajei imediatamente para Mangue Seco para ver as locações externas e a cidade cenográfica foi erguida a toque de caixa. Quando começamos a gravar no Rio de Janeiro, só havia o bar e o correio. O restante foi surgindo com o tempo, inclusive a praça redonda e o coreto, fundamentais para muitas ações.”.

Metáfora

Em Tieta, Aguinaldo Silva fez uma metáfora sobre a volta da liberdade de expressão na telenovela brasileira. A censura do Governo Federal às produções de TV havia sido extinta menos de um ano antes.

No primeiro capítulo, a jovem Tieta (Cláudia Ohana, na primeira fase) é expulsa de casa pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos). Depois do ato desarvorado em praça pública, o velho volta para casa e arranca a página do calendário dizendo: “Faz de conta que esse dia nunca existiu!” O dia marcado na folhinha é 13 de dezembro de 1968, data em que, na vida real, o governo do Regime Militar promulgou o AI-5 (Ato Institucional Nº 5), que endurecia a repressão sobre o povo e os opositores do regime. (*)

O autor voltou a usar a data como metáfora na novela Senhora do Destino (2004), na primeira fase da trama: 13 de dezembro de 1968 foi o dia em que a jovem Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) chegou ao Rio de Janeiro e teve sua bebê Lindalva roubada por Nazaré Tedesco (Adriana Esteves).

Elenco

O grandioso elenco escalado, a maioria atores veteranos ou experientes, foi outro fator para o sucesso, com muitos personagens carismáticos. Alguns, pequenos no romance de Jorge Amado, acabaram ganhando força e se destacaram na adaptação, cada qual com suas características próprias.

Muitos personagens permanecem na memória do público: Tonha (Yoná Magalhães), Carmosina (Arlete Salles), Imaculada (Luciana Braga), Timóteo (Paulo Betti), Coronel Artur da Tapitanga (Ary Fontoura), Modesto Pires (Armando Bógus), Dona Milu (Mirian Pires), Amorzinho (Lília Cabral), Cinira (Rosane Gofman), Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), Jairo (Elias Gleizer), Bafo de Bode (Benvindo Siqueira) e outros.
Porém, os grandes destaques foram mesmo a protagonista Tieta (Betty Faria) e o “tribufu” Perpétua (Joana Fomm).

Como Betty Faria – a atriz a protagonista – estava no ar em O Salvador da Pátria, a solução encontrada para dar um descanso à imagem da atriz foi contar a história em duas fases, com a escalação de Cláudia Ohana para viver Tieta jovem. Assim, Betty ficou longe do vídeo até entrar na nova novela, no capítulo 18.

Com a repercussão da novela, Betty Faria lançou a grife Tieta by Betty Faria, com biquíni, óleo bronzeador e batom em tons de dourado e laranja.

Joana Fomm optou por uma linguagem circense na interpretação da moralista viúva Perpétua. O que, a princípio, pareceu uma temeridade – alguns achavam que ela deveria mudar o tom –, revelou-se um achado. A personagem foi um dos grandes sucessos da novela. Segundo a atriz, as situações propostas pela trama e a harmonia entre os atores resultavam em muitas gargalhadas nas gravações. (*)

Joana Fomm foi premiada com o Troféu Imprensa de melhor atriz de 1989 (juntamente com Tereza Rachel, pela novela Que Rei Sou Eu?). José Mayer levou o troféu de melhor ator (com Lima Duarte, por O Salvador da Pátria). Luciana Braga o prêmio de “pessoa do ano”.

Primeira novela dos atores Benvindo Siqueira, Leonardo Brício (da primeira fase) e Guga Coelho (filho de Ana Maria Moretzsohn, coautora da novela, então com 14 anos).

Ingra Liberato, iniciando sua carreira de atriz na televisão, foi escalada para viver Tonha na primeira fase da novela. Assim que terminou as gravações, Ingra foi chamada para um teste na TV Manchete e aprovada. Mesmo com contrato assinado para gravar Pantanal, voltou à Globo posteriormente para fazer cenas de flashback para a fase final de Tieta. (“Biografia da Televisão Brasileira”, Flávio Ricco e José Armando Vannucci)

Os atores tiveram a assessoria da pesquisadora Íris Gomes da Costa, que aplicou no trabalho expressões citadas nas obras de Jorge Amado e os termos coloquiais usados na região nordestina. (*)

Bordões e cenas marcantes

A personagem Dona Milú (Mirian Pires), fixou na cabeça de todos o bordão “Mistééério!”.
Tonha (Yoná Magalhães) se despedia com um engraçado “Te-chau!”.
Timóteo (Paulo Betti) usava a expressão “Nos trinques!” para salientar que algo estava bom, ou havia sido bem feito.
Amorzinho (Lília Cabral) censurava a amiga Cinira (Rosane Gofman) cada vez que esta pensava em sexo e tinha um ataque de tremedeira: “Ciniiiiiiira!”
Tieta, vez ou outra, exclamava “Eta lelê!”, como uma interjeição.
E Modesto Pires (Armando Bógus) soltava um “U-u!” cada vez que queria a amante Carol (Luiza Tomé) em seu colo.

A novela teve várias cenas marcantes. Talvez as que mais permanecem na memória do público sejam:
– a do retorno de Tieta a Santana do Agreste, no capítulo 16, quando ela é recebida por Bafo de Bode (“Isso não é mais uma mulher. Isso é uma plantação inteirinha de xibiu!”);
– e no último capítulo, quando Perpétua tenta desmascarar Tieta para o povo da cidade, na igreja, e Tieta arranca-lhe a peruca revelando a sua careca.

Temas polêmicos

A novela teve problemas com a Justiça e com a Igreja Católica, que enquadraram a polêmica relação amorosa entre tia e sobrinho – Tieta e Ricardo (Betty Faria e Cássio Gabus Mendes) – como um caso incestuoso.

Outro tema polêmico abordado foi a pedofilia, porém de forma que não chocasse o público. Ary Fontoura interpretou o coronel Artur da Tapitanga, que seduzia menores (que ele chamava de “rolinhas”) em troca de lar, comida e alfabetização (momento em que – sugestivamente – ele as molestava). A única indomável foi Maria Imaculada (Luciana Braga), que se recusou a ceder às vontades do velho coronel.

Mistééério!

Dois mistérios movimentaram a trama de Tieta. Perpétua (Joana Fomm) agarrava-se a uma caixa escondida em seu guarda-roupa. O conteúdo da caixa aguçou a curiosidade de todos, mas nunca foi revelado. Especulava-se que seria o órgão genital do falecido marido da megera. No final, depois de Perpétua desmoralizada, o povo da cidade fez fila para ver o que havia dentro da tal caixa. Porém, a novela apenas exibiu a reação dos personagens, surpresa, assustada, enojada ou divertida.

Também especulou-se quem seria a Mulher de Branco, uma misteriosa figura feminina que assombrava a cidade em noites de lua cheia e atacava sexualmente homens “indefesos”. Depois de várias vítimas, a identidade da assombração veio à tona: Laura (Cláudia Alencar), a fogosa esposa do Comandante Dário (Flávio Galvão) – que já havia aceitado com naturalidade dividir os carinhos de seu marido com a jovem Silvana (Cláudia Magno).
Para aguçar ainda mais o mistério e a curiosidade do telespectador, foram gravados outros oito desfechos para a Mulher de Branco, com as personagens Perpétua (Joana Fomm), Carmosina (Arlete Saltes), Amorzinho (Lília Cabral), Aída (Bete Mendes), Juraci (Ana Lucia Torre), Cora (Cidinha Milan), Araci (Andréa Paola) e Manon (Sônia Barbosa). (jornal O Dia, 18/03/1990)

Aguinaldo Silva usou um mistério semelhante em outra novela, A Indomada (1997), em que as mulheres eram as vítimas de um tarado nas noites de lua cheia. A figura era conhecida como Cadeirudo, por sua silhueta estranha e andar peculiar.

Locações e cenografia

Com o sucesso de Tieta, as dunas de Mangue Seco, no litoral da Bahia, ganharam repercussão e o povoado virou ponto turístico. As paisagens que serviram como cenário são lembradas até hoje por quem visita o local.

A cidade cenográfica da fictícia Santana do Agreste, construída em uma área de 10 mil metros quadrados em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, era formada por 46 prédios, 2 igrejas, 8 ruas, 2 praças, 1 circo abandonado e 15 ruínas. Destacou-se na obra a reprodução do calçamento das ruas de Laranjeiras, em Sergipe, feita em fibra de vidro por artesãos locais. (*)

Trilha Sonora

Tal qual Roque Santeiro, três anos antes, a trilha sonora de Tieta foi lançada em dois volumes, separados, o disco 1 e o disco 2, só com temas nacionais – que cabiam como uma luva para as ambientações e personagens da novela. E, da mesma forma, discos de grande vendagem e sucesso, de onde saíram músicas que marcaram a época, como “Tieta” (Luiz Caldas), o tema da abertura, “Meia Lua Inteira” (Caetano Veloso), “Tudo o que se Quer” (Emílio Santiago e Verônica Sabino), “No Rancho Fundo” (Chitãozinho e Xororó), “Coração do Agreste” (Fafá de Belém), “Tenha Calma” (Maria Bethânia), “Imaculada” (Elba Ramalho), “Uma Nova Mulher” (Simone), “A Lua e o Mar” (Moraes Moreira e Pepeu Gomes), “Luar do Sertão” (Roberta Miranda) e outras.

O primeiro disco da novela (com a foto de Isadora Ribeiro na capa) foi um sucesso de vendas – 1.100.097 cópias -, ocupando a nona posição entre as trilhas de novelas mais vendidas da história.

Em 1994, por ocasião da reprise da novela, a Som Livre lançou a trilha sonora de Tieta em CD com as melhores músicas dos dois discos originalmente lançados em vinil. A capa era a mesma do segundo LP, com a foto de Betty Faria.

Abertura

Embalada pela música “Tieta”, gravada por Luiz Caldas, a abertura da novela integrou beleza feminina e elementos da natureza. Para isso, o designer gráfico Hans Donner e sua equipe fotografaram o litoral de Mangue Seco, norte da Bahia. As fotos viraram slides projetados no fundo da cena onde a modelo Isadora Ribeiro aparecia nua e coberta por uma penumbra. Usando o efeito especial slip cam, que distorce imagens, pedras, árvores e folhas contorciam-se, dando origem ao corpo da modelo.

Isadora Ribeiro, então modelo e mulher de Hans Donner (já havia aparecido também na abertura do Fantástico, de 1987), fez uma participação no último capítulo da novela, como a nova amante de Modesto Pires (Armando Bógus), e seguiu a carreira de atriz.

Hans Donner foi acusado de ter plagiado o vídeo “The Fourth Dimension”, de Zbigniew Rybczynski (1988), que também usava o efeito slip cam (que distorce imagens). Donner defendeu-se alegando que apenas inspirou-se no vídeo para apresentar Isadora Ribeiro e elementos da natureza contorcendo-se na abertura. Ele chegou a convidar Rybczynski para auxiliá-lo no projeto da novela, mas não se acertaram. (O Globo, 19/08/1989, pesquisa: Sebastião Uellington Pereira)

Repetecos

A novela foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo entre 19/09/1994 e 07/04/1995. Esta reprise apresentou uma alteração até então nunca vista nas aberturas de novelas globais. A nudez de Isadora Ribeiro foi censurada e, para disfarçar o corpo da modelo, a imagem foi escurecida e os créditos apareciam subindo a tela (como nos créditos de encerramento).
Outro problema na abertura da reprise foi a grafia errada de alguns atores creditados: “Lílian” Cabral (Lília), “Dalton” Mello (Danton), “Renato Barbosa” (Renata Castro Barbosa), “Rosana Goffmann” (Rosane Gofman) e Ana Lúcia “Torres” (Torre).

Reapresentada também no Viva (canal de TV por assinatura pertencente ao Grupo Globo), entre 01/05 e 16/12/2017.

Em 2012, em homenagem ao centenário de Jorge Amado, a Globo Marcas lançou o box do DVD da novela.

Tieta foi disponibilizada no Globoplay (plataforma streaming do Grupo Globo) em 08/06/2020.

E mais

Tieta foi adaptada para o cinema, em 1996, no filme de Cacá Diegues com roteiro assinado por Antônio Calmon. Betty Faria foi preterida na versão cinematográfica. Sônia Braga – também coprodutora – viveu a personagem-título. Assim como acontecera com a versão cinematográfica de Gabriela (filme de Bruno Barreto, de 1983), optou-se por Sônia pensando no potencial internacional de vendas do filme. Por esse mesmo motivo, Marília Pêra ficou com o papel de Perpétua. Caetano Veloso – também um artista de prestígio internacional – fez a trilha sonora. Ainda no elenco, Chico Anysio (Zé Esteves), Cláudia Abreu (Leonora), Heitor Martinez (Ricardo) e outros.

Jorge Amado foi autor mais adaptado para a televisão. Além de Tieta: Gabriela (1975 e 2012), Terras do Sem Fim (1981), Tenda dos Milagres (1985), Capitães de Areia (1989), Tereza Batista (1992), Tocaia Grande (1995), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Porto dos Milagres (2001 – adaptação dos romances Mar Morto e A Descoberta da América pelos Turcos), Pastores da Noite (2002) e alguns casos especiais inspirados em sua obra.

(*) Site Memória Globo.

Trilha sonora volume 1

01. MEIA LUA INTEIRA – Caetano Veloso (tema de locação)
02. TUDO O QUE SE QUER (ALL I ASK OF YOU) – Emílio Santiago e Verônica Sabino (tema de Ascânio e Leonora)
03. NO RANCHO FUNDO – Chitãozinho e Xororó (tema de Osnar)
04. PAIXÃO ANTIGA – Tim Maia (tema de Helena)
05. PAIXÃO DE BEATA (NENÉM DE MULHER) – Pinto do Acordeon (tema de Amorzinho e Cinira)
06. TIETA – Luiz Caldas (tema de abertura)
07. SEGREDOS DA NOITE – Instrumental (tema da Mulher de Branco)
08. CORAÇÃO DO AGRESTE – Fafá de Belém (tema de Tieta)
09. EU E VOCÊ – José Augusto (participação Roupa Nova) (tema de Elisa)
10. CADÊ O MEU AMOR – Quinteto Violado (tema de Carmosina)
11. AMOR ESCONDIDO – Fagner (tema de Carol)
12. POR VOCÊ, COM VOCÊ – Guilherme Arantes
13. TENHA CALMA – Maria Bethânia (tema de Tieta e Ricardo)
14. IMACULADA – Instrumental (tema de Imaculada)

Sonoplastia: Aroldo Barros
Supervisão musical: Walter D’Avilla Filho
Produção musical: Mariozinho Rocha

Trilha sonora volume 2

01. IMACULADA – Elba Ramalho (tema de Imaculada)
02. UMA NOVA MULHER – Simone (tema de Tonha)
03. DANCEI – Martinho da Vila (tema de Modesto Pires)
04. ALGUÉM ME DISSE – Gal Costa (tema de Elisa)
05. A LUA E O MAR – Moraes Moreira e Pepeu Gomes (tema de locação)
06. ÁGUA NA BOCA – 3 do Nordeste (tema de Artur da Tapitanga)
07. URBANA – Ary Sperling (tema de Arturzinho)
08. LUAR DO SERTÃO – Roberta Miranda (tema de Laura)
09. INDO E VINDO (ONE FOR THE ROAD) – Paulo Ricardo (tema de Rosalvo)
10. VEM MORENA – Nana Caymmi (tema de Carol)
11. DOIDA PRA TE AMAR – Nando Cordel (participação especial de Amelinha) (tema de Carmosina)
12. SINCERIDADE (SINCERIDAD) – João Bosco (tema de Silvana)
13. TOUCAN’S DANCE – Sérgio Mendes
14. O COMANDANTE (STAR SPLANGLED BANNER) / O BÊBADO – Banda de Santana do Agreste (tema de Dário / tema de Bafo-de-Bode)

Produção musical: Mariozinho Rocha

Tema de abertura: TIETA – Luiz Caldas

Vem meu amor
Vem com calor
No meu corpo se enroscar
Vem minha flor
Vem sem pudor
Em seus braços me matar

Tieta não foi feita da costela de Adão
É mulher-diabo
É a própria tentação
Tieta é a serpente que encantava o Paraíso
Ela veio ao mundo pra pirar nosso juizo

Tieta, Tieta
Pelos olhos de Tieta me deixei guiar
Tieta, Tieta
No ventre de Tieta encontrei o meu lugar
Tieta, Tieta
Nos seios de Tieta construi meu ninho
Na boca de Tieta morri como um passarinho

Tieta do Agreste
Lua cheia de tesão
É lua, estrela, nuvem
Carregada de paixão
Tieta é fogo ardente
Queimando o coração
Seu amor mata a gente
Mais que o sol do meu sertão…

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