Sinopse

Carlos é um brilhante químico que, na infância, após ter auxiliado alienígenas, foi levado para o espaço e retornou com poderes especiais, como a habilidade de voar, a força descomunal e a velocidade. Sob a identidade do Capitão 7, os superpoderes só se manifestam quando ele veste seu uniforme especial, impecavelmente guardado em uma caixa de fósforos.

Seu principal inimigo é o vilão Caveira. Para combatê-lo, o Capitão 7 conta com a parceria de Silvana, a namorada, e o amigo Tenente.

Record
de 24 de outubro de 1954 a 1966

criação de Rubem Biáfora

AYRES CAMPOS – Capitão 7 / Carlos
IDALINA DE OLIVEIRA – Silvana
SILVIO SILVEIRA – Tenente
GILBERTO CHAGAS

Herói nacional

Capitão 7 é considerada a primeira série brasileira com um super-herói. Exibida pela TV Record durante 12 anos, entre 1954 e 1966, suas mais de 500 histórias apresentavam um herói nacional lutando contra o crime e a injustiça, na mesma época em que eram exibidas outras séries nacionais de aventura, como Falcão Negro e O Vigilante Rodoviário. O Capitão 7 era uma mistura de Super Homem com Capitão Marvel e uma pitada de Flash Gordon.

Tal qual o herói nipônico National Kid – famoso na época, batizado com este nome para divulgar seu patrocinador, a National -, Capitão 7 recebeu esse nome porque a TV Record era transmitida pelo canal 7 em São Paulo.

Criada por Rubem Biáfora, Capitão 7 estreou no dia 24/10/1954. A princípio era exibida três vezes por semana com episódios que variavam entre 30 e 40 minutos de duração. Porém, o sucesso de audiência fez com que fosse investido mais no programa, que se tornou diário.

Até 1960, a série era escrita por vários roteiristas. Depois, todos os episódios passaram a ser escritos, produzidos e dirigidos por Alice M. Miranda, mais conhecida no meio artístico por Maio Miranda. Ela ficou responsável pela série até o último mês de sua gravidez. Alguns meses depois, Capitão 7 saiu do ar.

Elenco

O herói era vivido pelo mineiro Ayres Campos, escolhido entre dezenas de outros candidatos (entre eles o ator Hélio Souto). Ayres ficou para sempre marcado pelo personagem.
“Tive que fazer vários testes. Além da interpretação fiz exibições de força e habilidade em várias modalidades de luta, inclusive boxe. Muito me favoreceu a excelente forma física que sempre procurei manter e a experiência, como ator, em vários filmes.”

No início, o ator ainda usava um capacete, máscara nos olhos e um bigodinho à la Clark Gable. Mais tarde, adotou a cara limpa.

Tal como demais super-heróis, o Capitão 7 (Ayres Campos) e seus parceiros Silvana (Idalina de Oliveira) e Tenente (Silvio Silveira) tinham uma identidade secreta, mas nunca foram reveladas. Eles eram super-heróis que lutavam contra o mal em uma espécie de “liga da justiça”. Suas vidas particulares jamais foram reveladas. Lutavam contra bandidos na Terra, no espaço sideral e no mundo subterrâneo.

A princípio ao vivo com transmissão direta, e mais tarde filmada em película cinematográfica, a produção contava com várias cenas de ação, muitas delas interpretadas pelo próprio Ayres Campos, que escapou, dezenas de vezes, de ser morto em ação.

A atriz Idalina de Oliveira relembrou em entrevista:
“Alguns figurantes tinham até medo porque ele se empolgava nas cenas de briga e, às vezes, colocava um pouco mais de força no movimento ou no soco.” (*)

Entre 1954 e 1966, período em que o seriado esteve no ar, muitas crianças foram batizadas como Carlos e Silvana, os protagonistas do programa. (*)

Ayres Campos faleceu aos 80 anos, em 11 de julho de 2003.

Abertura

Um momento marcante para a equipe do Capitão 7 foi a realização da vinheta da abertura, o único elemento gravado na época ao vivo. Foi utilizado filme de cinema e os diretores acharam melhor explorar cenas em externa. Uma delas era com o Capitão 7 saltando de uma ponte em um rio.

A sequência foi registrada na Marginal do Rio Pinheiros, São Paulo, que naquela época não era poluído, mas ninguém sabia exatamente a profundidade no ponto em que seria realizada a filmagem.
“Nosso herói se jogou sem ter essa informação. Por sorte não aconteceu um acidente!”, disse Idalina de Oliveira (*).

Repetecos

Por causa do sucesso do herói entre o público infantil, foi criado um Clube, apoiado pelo personagem e patrocinado pela Vigor, que incentivava crianças e jovens a manter um corpo sadio, ter amor aos estudos e não agir com violência.

Também foi lançada uma revista em quadrinhos com histórias vividas pelo Capitão 7, com um total aproximado de 60 edições.

Após o encerramento da série, o ator Ayres Campos abriu um negócio próprio: a Capitão 7 Indústria e Comércio de Roupas Ltda, uma fábrica de roupas de super-heróis, entre eles, o próprio Capitão 7, claro.

Os episódios gravados do Capitão 7 ficaram, durante anos, guardados nos arquivos da TV Record, que perdeu tudo nos incêndios dos quais foi vítima.

(*) “Biografia da Televisão Brasileira”, Flávio Ricco e José Armando Vannucci.

Tema do seriado: HINO DO CAPITÃO 7

Chegou o Capitão 7
Pra defender o bem
Chegou o Capitão 7
Valente como ninguém

Vim para defender a justiça e a liberdade
O mal não pode vencer o trabalho e a honestidade

Agora é hora do nosso herói chegar
Capitão 7 vem aí
Valente como ele
Eu nunca vi

Vim para defender a justiça e a liberdade
O mal não pode vencer o trabalho e a honestidade…

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